sábado, 25 de agosto de 2012

213. BIRDS IN THE SPRING, de David Hand

A estação mais esperada do ano interpretada pelos que melhor a conhecem e aproveitam.
Nota: 9,2

Direção: David Hand
Produção: Walt Disney
Roteiro: Webb Smith e Ted Sears
Ano: 1933
Duração: 7 min.
Gênero: Curta Metragem / Animação / Comédia

CONFIRA O CURTA:


É sabido, não há estação do ano que mais agrade aos pássaros que a primavera. Aliás, é essa a estação do ano que costuma agradar mais a todos (com exceção aos alérgicos), o fato é que, visualmente, não há passagem do ano mais agradável e bela. Para os pássaros ela é sinônimo de diversão, aprendizagem e inovação, é nesse contexto que vemos um pequeno e jovem pássaro se metendo nas mais diversas confusões enquanto aprende a se virar sozinho na vida.


David Hand não dirigiu muitos títulos, apesar de ter grande destaque na série “Silly Symphony” (para saber mais sobre a coletânea produzida pela Disney, acesse as postagens anteriores do blog). Dentre seus mais conhecidos títulos temos “A Branca de Neve e os Sete Anões” (1937) e “Bambi” (1942), o primeiro foi a primeira história de princesas Disney e o primeiro longa de animação, o segundo foi a primeira adaptação de um príncipe da Disney e conquistou a todos, ambos contam histórias de nobres órfãos. Apesar de não possuir fala, temos a impressão de que durante todo o filme os animais conversam como se fossem humanos e se comunicam perfeitamente, e é isso que faz a beleza desse filme, em meio a novidade da inserção de falas na série, voltamos para a natureza, de certa forma muda, mas que tem muito mais a falar e consegue se expressar de forma bem mais eficiente que o esperado. Destaque para os roteiristas: Webb Smith roteirizou “A Branca de Neve e os Sete Anões”, “Pinóquio” (1940), “Fantasia” (1940), “Dumbo” (1941) e diversos curtas metragens, e Ted Sears, responsável por dezenas de curtas e por longas como, “A Branca de Neve e os Sete Anões”, “ Pinóquio”, “Cinderela” (1950), “Alice no País das Maravilhas” (1951), “As Aventuras de Peter Pan” (1953) e “A Bela Adormecida” (1959).


“Pássaros na Primavera” tem o poder de revelar exatamente o que o título sugere: é o perfeito retrato de como se espera que os pássaros se portem durante a estação do ano mais esperada por todos. Com muita diversão e animação, esse curta propõe a reflexão de como a vida pode ser fantástica quando temos de assumir certas responsabilidades, claro que assumi-las jamais é algo fácil, mas após algum tempo nos acostumamos e acolhemos dúvidas e escolhas como ótimas amigas para nosso amadurecimento.


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214. FATHER NOAH’S ARK, de Wilfred Jackson


A história da bíblia como jamais se viu.
Nota: 8,5



Direção e Roteiro: Wilfred Jackson
Produção: Walt Disney
Ano: 1933
Duração: 8 min.
Gênero: Curta Metragem / Animação / Comédia

CONFIRA O CURTA:


Noé, seus filhos, noras e esposa estão construindo uma enorme arca para abrigar todos os animais possíveis do maior dilúvio que o planeta terra jamais viu, ou verá. Enquanto eles finalizam a construção da arca, a chuva começa e os animais correm para dentro do abrigo, enquanto eles morrem e medo e correm de um lado para o outro, Noé e sua família fazem aquilo que todo ser humano resolve fazer quando se encontra em perigo, rezam.


É sempre um prazer enorme falar a respeito do diretor Wilfred Jackson, sua carreira no gênero de animação é, provavelmente, a mais fantástica da história do cinema. Dirigiu filmes como: o primeiro longa de animação, “A Branca de Neve e os Sete Anões” (1937), o clássico masculino repleto de lições e ensinamentos, “Pinóquio” (1940), o trunfo da Disney em inovar unindo animação e música erudita, “Fantasia” (1940), a bela adaptação do conto da Gata Borralheira, “Cinderela” (1950), o clássico para garotos, “As Aventuras de Peter Pan” (1953), e um dos maiores romances da sétima arte, “A Dama e o Vagabundo” (1955). Além disso, é o responsável por vários dos filmes da “Silly Symphony” (para saber mais sobre a coletânea homenageada esse mês no blog, confira as últimas publicações). Nesse curta, onde ele traz uma das histórias mais famosas e maravilhosas citadas na bíblia, ele consegue criticar o fanatismo de forma inteligente e concisa, mas ao mesmo tempo tem a capacidade de trazer comédia a uma história triste e desesperadora, amenizando seus efeitos para que qualquer pessoa possa assistir ao filme.


Claro que, como em qualquer outro filme produzido pelo mestre Walt Disney, os curtas da “Silly Symphony” sempre trazem ironia e várias interpretações distintas. Em “A Arca de Noé”, como ficou conhecida a história aqui no Brasil, as personagens são alegres, cantam e se divertem, entretanto, elas também são vistas como as responsáveis por toda a sobrevivência na Terra. Pode até ser que adaptar uma história da bíblia para um filme Disney seja algo arriscado e muito provocante, mas que deu certo, deu.


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215. BABES IN THE WOOD, de Bert Gillett


Uma adaptação singela do conto “João e Maria” que inova trazendo a cor e a fala para o cinema.
Nota: 8,8


Direção e Roteiro: Bert Gillett
Produção: Walt Disney
Ano: 1932
Duração: 7 min.
Gênero: Curta Metragem / Animação / Comédia

CONFIRA O CURTA:


Essa é mais uma adaptação de um clássico da literatura infantil. Aqui temos a conhecida história dos irmãos João e Maria que, ao se perderam na floresta, acabam encontrando vários anões e, num descuido dos pequenos, são atraídos pela bruxa má e se envolvem em sua casa feita de doces. Lá eles terão de enfrentar os maiores perigos para se verem livres dela e libertarem as outras crianças que ela aprisionou.


Bert Gillett é, mais uma vez, diretor de um curta da “Silly Symphony”. Bem como em seus outros filmes, nesse ele se torna o enredo algo bem mais divertido e interessante do que se espera após o início do filme. A história é bem diferente da conhecida pela maioria das pessoas, mas, mesmo assim, o filme não perde sua qualidade e, finalmente, as falas se tornam algo essencial para a trama, agora, além de coloridos, os filmes deixaram de ser mudos! Quem realmente devemos destacar na produção é o animador Les Clark, ele foi o responsável por grandes títulos como “A Branca de Neve e os Sete Anões” (1937), o primeiro longa metragem de animação do cinema, “Pinóquio” (1940), “Fantasia” (1940) um dos maiores clássicos da Disney, “Dumbo” (1941), “Você Já Foi à Bahia?” (1944), protagonizado pela personagem genuinamente brasileira Zé Carioca, “Cinderela” (1950), “A Dama e o Vagabundo” (1955) e “101 Dálmatas” (1961). A trilha sonora volta a ser do sempre ótimo Bert Lewis.


“Bebês na Floresta”, como poderia ser traduzido, livremente, o título, nos traz uma fantasia extremamente real. A bruxa nos revela representar aquelas pessoas terríveis que fazem mal às crianças, os irmãos são os jovens iludidos com o que as pessoas más tem a oferecer, os anões, as pessoas boas e preocupadas com as crianças e, por fim, a casa de doces é todo o mundo que as bruxas da vida real oferecem às crianças para iludi-las e enredá-las em suas teias de mentiras, trapaças e obscenidades. A história “João e Maria” acompanha gerações há muitos anos, essa adaptação deixa o enredo um pouco menos tenebroso e acessível para as crianças de hoje tentarem ver que o mundo não é, e não pode ser, esse conto de fadas repleto de alegrias e doces.


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sábado, 18 de agosto de 2012

216. FLOWERS AND TREES, de Bert Gillett


A natureza em cores nunca foi tão real e crítica.
Nota: 9,5


Direção e Roteiro: Bert Gillett
Produção: Walt Disney
Ano: 1932
Duração: 7 min.
Gênero: Curta Metragem / Animação / Drama / Comédia

CONFIRA O CURTA:


O sol raiou e o pássaro cantou, é mais que hora de toda a floresta despertar de seu descanso para um novo dia. Em meio a tanta alegria pelo dia que nasceu, “um” árvore se apaixona por “uma” árvore e os dois ficam felizes juntos até “um velho” árvore decidir por fim com a alegria de todos e provoca um incêndio na floresta.


Bert Gillett já havia dirigido ótimos curtas metragens, dentre eles “Cannibal Capers” (1930) e “Monkey Melodies” (1930), ambos pertencentes a coletânea “Silly Symphony”, nos dois casos ele possuía a ironia e o sarcasmo semelhantes ao próprio Wlt Disney, que deixavam a história ainda mais divertida, aqui o que mais surpreende é a forma como o diretor inova ao nos trazer o primeiro filme animação colorido da história do cinema. Claro que, para tal tarefa, nenhum tema poderia ser melhor que a natureza, Gillett a trata como algo realmente fantástico e faz o que qualquer criança imagina que realmente aconteça nas florestas, dá vida a flores e árvores de forma ora pura, ora maléfica, trazendo várias comparações com o mundo real. Nesse filme vemos, ainda, a continuidade do que vimos anteriormente na série, cada vez mais as personagens dão sinal de que, dentro em breve, a fala será inserida no contexto da coletânea. A trilha sonora ficou a cargo dos também experientes Bert Lewis e Frank Churchill, o primeiro também já havia participado da “Silly Symphony”.


Mais que apenas a primeira animação colorida da história do cinema, “Flores e Árvores” é um filme que reflete um problema que todos teríamos de enfrentar no futuro, que, por sinal, é agora: o desmatamento e o incêndio causado pelo homem. No filme, as árvores apaixonadas fazem o papel daqueles homens e mulheres que vivem em harmonia com a natureza, ocorrendo um natural respeito mútuo, já a árvore velha representa os homens que destroem a natureza em prol do capitalismo. Ao contrário de muitos filmes, esse é um alerta que deveria ser apresentado a todas as crianças para mostrar a cada uma delas o que acontecerá com nosso planeta se não cuidarmos dele, em tempos que todos se mobilizam por um futuro sustentável, nada mais propício que assistir a esse filme fantástico e histórico.



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217. THE CAT’S OUT, de Wilfrid Jackson

O perfeito retrato dos felines.
Nota: 9,8


Direção, Roteiro e Produção: Wilfred Jackson
Ano: 1931
Duração: 7 min.
Gênero: Curta Metragem / Animação / Comédia

CONFIRA O CURTA:


Felinos são, definitivamente, seres incríveis, não há nada mais agradável do que observar cada um deles. Gatos, por sua vez, possuem uma mania extremamente engraçada: eles acreditam, ou melhor, tem certeza, que são grandes animais como onças, panteras e, até mesmo, leões. No filme, vemos um gatinho que está para o lado de fora de casa, em plena noite e, apesar de a noite ser, sem sombra de dúvidas, dos gatos, ele está perdido em meio a pássaros, morcegos, corujas, árvores e todos os perigos que somente ele poderá enfrentar. O melhor de tudo mesmo fica para o final: além de tudo, gatos são orgulhosos.


A partir daqui a coletânea da Disney, “Silly Symphony”, já havia tomado seu rumo e estava indo de vento em popa (para saber mais sobre essa reunião de 75 curtas metragens sobre as mais diversas estórias, leia os últimos posts do blog). Wilfred Jackson dirigiu vários filmes dessa série, mas, como se não bastasse dizer que foi o responsável pelo mais que clássico “A Branca de Neve e os Sete Anões” (1937), ainda possui em seu currículo títulos como “Pinóquio” (1940), “Fantasia” (1940), “Dumbo” (1941), “Cinderela” (1950), “Alice no País das Maravilhas” (1951), “As Aventuras de Peter Pan” (1953) e “A Dama e o Vagabundo” (1955). Convenhamos, se você não assistiu ao menos dois ou três desses oito filmes em sua infância é por que você simplesmente não teve infância, e se realmente ainda não assistiu, assista. Apesar de todos terem sido feitos posteriormente ao seu maravilhoso trabalho em “Silly Symphony”, pode-se ter uma grande idéia do quanto Jackson foi importante para a evolução do cinema de animação e como ele era incrível em seu trabalho. Aqui sua responsabilidade é muito bem cumprida ao mostrar um gatinho, como qualquer outro, perdido em meio à noite, com medo e assustado, e parece que o diretor compreende as aflições do pobre felino.

“O Gato está Fora”, em uma tradução livre e ao pé da letra, é um curta engraçado que divertirá a qualquer um. Ver as reações do gato é como imaginar aquele animalzinho que você tem em casa, ou seu vizinho, ou algum parente seu, que acredita ser o maior animal do mundo, mas que teme de todas as formas sair de casa e enfrentar o perigoso mundo lá fora. Na bem da verdade, eles é que estão certos, por que enfrentar todas as desventuras que o mundo pode revelar, se no conforto de casa eles não são menos que Deuses?


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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

218. MONKEY MELODIES, de Bert Gillett


Macacos nunca foram tão semelhantes aos humanos como nesse filme.
Nota: 9,7


Direção, Roteiro e Produção: Bert Gillet
Ano: 1930
Duração: 7 min.
Gênero: Curta Metragem / Animação / Comédia

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Se os duendes estão no topo das listas das criaturas ficcionais mais fascinantes da história, os macacos ocupam posição semelhante entre os animais mais curiosos e fantásticos da história da humanidade. Aqui eles estão em seu lugar natural, nas matas, e são obrigados a convier com jacarés, cobras, onças e todos os animais típicos desses lugares, e pior: são obrigados a conviver com o amor e suas consequências.


Novamente Bert Gillett e Bert Lewis estão juntos em um curta animado da coletânea “Silly Symphony” (para saber mais sobre a série criada por Walt Disney, leia as postagens mais recentes do blog), o primeiro como diretor e o segundo como o responsável pela trilha sonora. Dessa vez eles repetem a excelência de seus trabalhos anteriores, mas superam todas as expectativas ao mostrar a vida dos macacos bem como a vida do ser humano pode ser. Gillett explora cada canto da selva como se ele fosse uma das personagens e, mesmo sem nenhuma cor, possibilita uma infinidade de belezas. Outro ponto forte, referente ao trabalho da dupla como um todo, é a aparição de “espécies” de falas no filme, a princípio elas são apenas ruídos vindos das personagens, mas podem ser vistas como a forma de comunicação mais eficiente para eles, além disso, vemos “referências” a nomes como Fred Astaire e Gene Kelly na composição das personagens e de suas coreografias (o engraçado é que até agora nenhum dos dois havia entrado para o cinema, o que nos faz ver mais uma prévia do que o cinema viria a se tornar, algo bem típico da coletânea)


Como disse, os macacos são fascinantes, talvez devamos isso ao fato de eles serem parecidos com os seres humanos em diversos sentidos, e é aí que o filme acerta em todos os ângulos: ele mostra, após muito contexto no início do filme, dois macaquinhos apaixonados que enfrentam as mais perigosas aventuras até poderem ficar juntos. Se isso não é uma alusão ao amor que acontece entre os seres humanos, ou seja, a dificuldade em se relacionar sendo comparada com a vida na sela, realmente não sei o que o filme significa.



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219. CANNIBAL CAPERS, de Bert Gillett


Uma representação cômica e debochada do canibalismo
Nota: 8,7


Direção, Roteiro e Produção: Burt Gillett
Ano: 1930
Duração: 6 min.
Gênero: Curta Metragem / Animação / Comédia

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O canibalismo é algo presente em nosso mundo desde sempre. No filme, vemos uma tribo, aparentemente indígena, que está prestes a cozinhar um de seus componentes. Além da típica fogueira e do caldeirão, temos dezenas de crânios espalhados pelo chão, o que sugere que eles vem fazendo isso há muito tempo. Claro que, em meio a tudo isso, as personagens dançam e cometem dezenas de graças, até que um leão parece e muda todo o destino do futuro jantar.


Burt Gillett dirigiu cerca de 90 trabalhos durante sua carreira, que durou entre os anos de 1920 e 1957. Nesse filme sua responsabilidade é continuar a excelência de tudo o que já havia sido feito por Walt Disney e Ub Iwerks nos demais filmes da “Silly Symphony” (para saber mais sobre a maravilhosa coletânea desses curtas da Disney leia as postagens mais recentes do blog). Gillett nos expõe com certa exatidão o que todos costumam acreditar sobre a realidade de tribos canibais. Após esse filme, dezenas de outras representações da mesma prática foram feitas de forma muito semelhante. O diretor ainda possui o auxilio do compositor Bert Lewis, afinal, em filmes mudos, independente de serem curtas ou longas, a trilha deve ser tão excelente quanto qualquer outra coisa.


“Cannibal Capers” nos propõe, de um lado, a analisar o canibalismo como uma forma cultural, mas de outro, trata essa cultura da forma mais cômica possível. Além do tema, vemos várias atitudes que viriam a se tornar clichês em filmes de diferentes gêneros e destinados para os mais diversos públicos, como a sal e a pimenta serem os únicos temperos presentes, a briga entre a personagem principal e o leão e o culto a membros de tribos que destruíssem os seres que tanto assolavam a mesma. 



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terça-feira, 14 de agosto de 2012

220. THE MERRY DWARFS, de Walt Disney


Duendes, definitivamente, são os melhores modelos de vida para qualquer ser humano.
Nota: 9,1


Direção, Roteiro e Produção: Walt Disney
Ano: 1929
Duração: 6,5 min.
Gênero: Curta Metragem / Animação / Comédia

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Os duendes são, indiscutivelmente, uma das criaturas mais fascinantes criadas para iludir as pessoas. Aqui eles são bem típicos: beberrões que só querem saber de farra e, apesar de trabalharem, conseguem transformar tudo em diversão, com muitas bebidas e danças bem apropriadas para esses seres literalmente fantásticos.


Em 1929 Walt Disney iniciou a série “Silly Symphony”, que se estendeu até 1939, durante o mês de agosto, quando ela completa 83 anos, a homenagens era para esse mestre da animação e para a coletânea de filmes experimentais que deram origem a todas as técnicas que vemos hoje no cinema (para saber mais sobre a “Silly Symphony” leia as duas últimas publicações do blog). Walt Disney, como já disse, ficou conhecido por sua criatividade e excelência, mas também por trazer ao cinema de animação situações típicas da sociedade, mas a forma como ele o fez foi a mais fantástica: a animação faz parte de sua técnica para iludir e fazer com que cada espectador reflita e pense um pouco a respeito do que está assistindo, somente dessa forma poderá discernir se o que está vendo é pura inocência ou a vida real, nua e crua, travestida de palhaçadas e de uma vida bela e, aparentemente, perfeita. Outra coisa que volta a chamar a atenção é a trilha sonora de Carl W. Stalling, totalmente animada, nos remete ao tradicional sapateado que os duendes sempre são associados.


“A Diversão dos Duendes”, como poderia ser traduzido livremente o filme (a palavra “Merry” ainda faz referência à cerveja, mas isso é apenas mais uma dica), é mais um filme divertido, engraçado e recheado de sacadas que Walt Disney dirigiu, roteirizou e produziu em sua carreira, mas bem mais que isso, ele é original e não necessita de personagens conhecidas para se tornar algo maravilhoso. Em uma cena pra lá de sugestiva, dois duendes dançam juntos e demonstram a forma ridícula como os típicos príncipe e princesa Disney se portam, ou seria apenas a forma estúpida como qualquer bêbado reage quando está com os amigos? Bom, isso aqui é Disney, podemos esperar qualquer coisa.



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221. SPRIGTIME, de Walt Disney

Apesar de preto e branco, poucas vezes a primavera foi tão agradável.
Nota: 9,2


Direção, Roteiro e Produção: Walt Disney
Ano: 1929
Duração: 6 min.
Gênero: Curta Metragem / Animação / Comédia

CONFIRA O CURTA:


A primavera chegou, e com ela a felicidade de toda fauna e flora da mata: os animais e plantas dançam e se divertem como nunca. Temos a oportunidade de ver todos os ciclos naturais da vida em apenas seis minutos, alguns animais nascem, as flores florescem, todos vivem de forma alegre, são presenteados com a chuva e, por fim, muitos morrem.


Em 1929 Walt Disney começou a lançar sua coletânea “Silly Symphony”, com 75 curtas de animação, esse nos proporciona inúmeros filmes experimentais que deram origem às técnicas utilizadas até hoje (para saber mais sobre a série leia a crítica 222), no mês de agosto o primeiro filme lançado completa 83 anos, e nada mais digno que homenagear todos fazendo críticas de 31 filmes da série, minha proposta é bem simples: para os leitores que não tem tempo para assistir a filmes de longa metragem, eis uma ótima oportunidade de se distrair com qualidade e diversão. “Springtime” foi um dos últimos filmes dirigidos oficialmente pelo mestre Walt Disney, aqui ele nos presenteia com tudo o que esperamos de uma das estações mais agradáveis e esperadas por todos, mas também nos traz a realidade de como ela se manifesta para que toda a naturalidade da vida faça com que cada ciclo não pare e, dessa forma, continuemos vivos. Bem como no primeiro filme da série, a música acompanha as personagens, entretanto aqui temos um ritmo mais alegre e descontraído, ambas as trilhas sonoras são compostas por Carl W. Stalling.


“Primavera” é a tradução livre desse filme, bem como em nossa vida, ela está representada de forma nítida e real, claro que com um toque todo de Walt Disney, o qual o deixa mais simples e acessível para as crianças, e mais irônico para os adultos. Devo destacar as inúmeras vezes que o diretor optou mostrar o ciclo alimentar no filme, claro que ele é preciso para a continuidade de cada ser vivo, mas também devemos admitir que somente um homem consegue demonstrar essa atitude de forma tão natural e não se importar com o que as crianças pensarão, esse homem é, definitivamente, Walt Disney.



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