Aconteceu entre os dias 22 e 27 de julho o 6º Festival de Cinema de Paulínia. Sediado no estado de São Paulo, o Theatro Municipal de Paulínia recebeu cerca de 24 mil espectadores que lotaram as sessões gratuitas dos filmes selecionados pelo festival. Confira, abaixo, um balanço geral sobre o evento e os vencedores da premiação do mesmo!
Localizada a 120 quilômetros da capital
paulista e com pouco menos de 90 mil habitantes, Paulínia é um grande polo
petroquímico e vista como uma importante cidade na rota São Paulo-Rio de
Janeiro. Emancipada da cidade de Campinas em 1964, a cidade sediou na última
semana um dos festivais cinematográficos nacionais que mais cresce com o passar
dos anos. Segundo os especialistas que estiveram no evento, os nove filmes
selecionados para a mostra competitiva estavam entre o bom e o ótimo.
Destacaram-se, dentre esses, “A História da Eternidade”, de Camilo Cavalcante e
protagonizado por Irandhir Santos e que conta uma história muito triste e
melancólica no serão nordestino devastado pela seca, e “Inocência”, de Domingos
Oliveira, que tem Fernanda Montenegro como uma matriarca que domina o mundo da
aristocracia carioca. Além desses, outros filmes foram: “Necrópole”, “Sangue
Azul”, “Aprendi a Jogar com Você”, “Castanha” e “Boa Sorte”. Os curtas, ainda
segundo especialistas, foram um pouco decepcionantes.
Este ano, foi, também, um bom momento
para as estrelas brasileiras que passaram pelo imenso tapete vermelho (100
metros) do festival. Marcos Caruso e Vera Holtz foram os apresentadores da
cerimônia de abertura do evento. Além deles, Paulínia viu passarem grandes
nomes pelo tapete, como: Paulo Betti, José de Abreu, Oscar Magrini, Bianca
Comparato, Hector Babenco, Bruna Lombardi, Marinho da Vila, Cao Hamburger,
Flavio Tambellini e, um dos maiores destaques do evento deste ano, Fernanda
Montenegro. Além desses, dois importantes nomes do cinema mundial compareceram:
Michael Madsen (conhecido por seus trabalhos com Quentin Tarantino) e Danny
Glover (ator de clássicos como “Máquina Mortífera” e “A Cor Púrpura”). Este
último, casado com uma brasileira, assoprou velinhas na terça-feira e recebeu
como presente a Medalha Regina Moura.
Além de Glover, o diretor da
distribuidora Imovision, Jean Thomas Bernardini, também foi homenageado.
Acompanhado de uma seleção internacional composta pela atriz Jacqueline Bisset,
pelos diretores Abel Ferreira e Georges Gachot e pelo jovem Mathéo Boisselier,
por exemplo, o empresário foi homenageado com direito a música cantada por Martinho
da Vila, que entoou “Devagar, Devagarinho”. Mas sobrou tempo e homenagens a um
dos maiores diretores do cinema nacional. Cacá Diegues foi o grande homenageado
do Festival. Diretor de clássicos do cinema brasileiro como “Bye, Bye Brazil”, “Xica
da Silva” e “Tieta do Agreste”, Cacá recebeu das mãos de Rubens Ewald Filho o
Troféu Menina de Ouro na noite de encerramento. “É muito bom receber esta
homenagem noano que marca a Retomada do Polo Cinematográfico na cidade.
Agradeço ao Prefeiro Edson Moura pela Retomada deste Polo. Este festival
demonstrou a fora, a qualidade e a diversidade do cinema nacional”, declarou
Cacá no placo do Theatro Municipal Paulo Gracindo. “Essa sala sempre lotada prova que o público voltou a se interessar pelo
cinema nacional. E este ano tivemos uma forte leva de primeiros filmes de
jovens cineastas, o que comprova a nossa renovação”, disse, antes de arrancar
risos da plateia: “Quando a gente recebe um prêmio desses, é porque está muito
velho. Mas vou decepcionar todo esse pessoal, porque não vou pedir
aposentadoria tão cedo. O que me alimenta sempre é meu grande amor pelo
cinema”, declarou o cineasta.
O Festival causou polêmica este ano por
ter excluído a categoria regional de filmes curtas-metragens, que englobava os
produtores de cinema de Paulínia e da região de Campinas. Tais filmes,
portanto, poderiam se inscrever na categoria de melhor curta e concorrerem com
os curtas do restante do país. 193 filmes se inscreveram nessa categoria, sendo
26 da região de Campinas, 6 produzidos em Paulínia. Segundo o próprio diretor
da mostra, Ivan Melo, “Com a decisão de parar o polo de cinema no governo
anterior, a cidade ficou um tempo sem produzir. Achei arriscado fazer a
premiação regional e não ter filmes feitos em Paulínia para diminuir esse
problema, todos os curtas foram colocados juntos. Se houvesse filmes da região
aprovados pelo curador, estariam junto. Foi uma decisão conceitual.” A
secretária de Cultura de Paulínia, Mônica Trigo, alegou que essa “foi uma
decisão momentânea para esse festival” e os organizadores confirmaram que os
curtas regionais voltarão a ter seu espaço no próximo ano.
Abaixo, confira os vencedores da edição:
Filmes de longa-metragem
Melhor Filme: R$ 300.000: A História da Eternidade, de Camilo Cavalcante
Melhor Direção: R$ 50.000: Camilo Cavalcante, por A História da Eternidade
Melhor Ator: R$ 30.000: Irandhir Santos, por A História da Eternidade
Melhor Atriz: R$ 30.000: Marcélia Cartaxo, Zezita Matos e Debora Ingrid, por A História da Eternidade
Melhor Ator coadjuvante: R$ 15.000: Marcello Novaes, por Casa Grande
Melhor Atriz coadjuvante: R$ 15.000: Clarissa Pinheiro, por Casa Grande
Melhor Roteiro: R$ 15.000: FELLIPE Barbosa E Karen Sztajnberg, por Casa Grande
Melhor Fotografia: R$ 15.000: Mauro Pinheiro Júnior, por Sangue Azul
Melhor Montagem: R$ 15.000: Eva Randolph, por Aprendi a Jogar com Você
Melhor Som: R$ 15.000: Thiago Bello por Castanha
Melhor Direção de arte: R$ 15.000: Claudio Amaral Peixoto, por Boa Sorte
Melhor Trilha Sonora: R$ 15.000: Juliana Rojas, Marco Dutra e Ramiro Murilo, por Sinfonia da Necropole
Melhor Figurino : R$ 15.000: Juliana Prysthon, por Sangue Azul
Especial Júri: R$ 100.000: Fellipe Barbosa, por Casa Grande
Filmes de curta-metragem
Melhor filme: R$ 30.000: O Clube, de Allan Ribeiro
Melhor Direção: R$ 20.000: Allan Ribeiro, por O Clube
Melhor Roteiro: R$ 15.000: Carolina Markowicz e Fernanda Salloum, por Edifício Tatuapé Mahal
Especial Júri: R$ 20.000: O Bom Comportamento, de Eva Randolph
Prêmio do Público
Melhor longa-metragem: R$ 50.000: Boa Sorte, de Carolina Jabor
Melhor curta-metragem : R$ 20.000: O Clube, de Allan Ribeiro
Melhor Filme: R$ 300.000: A História da Eternidade, de Camilo Cavalcante
Melhor Direção: R$ 50.000: Camilo Cavalcante, por A História da Eternidade
Melhor Ator: R$ 30.000: Irandhir Santos, por A História da Eternidade
Melhor Atriz: R$ 30.000: Marcélia Cartaxo, Zezita Matos e Debora Ingrid, por A História da Eternidade
Melhor Ator coadjuvante: R$ 15.000: Marcello Novaes, por Casa Grande
Melhor Atriz coadjuvante: R$ 15.000: Clarissa Pinheiro, por Casa Grande
Melhor Roteiro: R$ 15.000: FELLIPE Barbosa E Karen Sztajnberg, por Casa Grande
Melhor Fotografia: R$ 15.000: Mauro Pinheiro Júnior, por Sangue Azul
Melhor Montagem: R$ 15.000: Eva Randolph, por Aprendi a Jogar com Você
Melhor Som: R$ 15.000: Thiago Bello por Castanha
Melhor Direção de arte: R$ 15.000: Claudio Amaral Peixoto, por Boa Sorte
Melhor Trilha Sonora: R$ 15.000: Juliana Rojas, Marco Dutra e Ramiro Murilo, por Sinfonia da Necropole
Melhor Figurino : R$ 15.000: Juliana Prysthon, por Sangue Azul
Especial Júri: R$ 100.000: Fellipe Barbosa, por Casa Grande
Filmes de curta-metragem
Melhor filme: R$ 30.000: O Clube, de Allan Ribeiro
Melhor Direção: R$ 20.000: Allan Ribeiro, por O Clube
Melhor Roteiro: R$ 15.000: Carolina Markowicz e Fernanda Salloum, por Edifício Tatuapé Mahal
Especial Júri: R$ 20.000: O Bom Comportamento, de Eva Randolph
Prêmio do Público
Melhor longa-metragem: R$ 50.000: Boa Sorte, de Carolina Jabor
Melhor curta-metragem : R$ 20.000: O Clube, de Allan Ribeiro
Júri Abraccine -
Associação Brasileira de Críticos de Cinema
Melhor longa-metragem: A História Da Eternidade, de Camilo Cavalcante
Melhor curta-metragem: O Clube, de Allan Ribeiro
Melhor longa-metragem: A História Da Eternidade, de Camilo Cavalcante
Melhor curta-metragem: O Clube, de Allan Ribeiro
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