sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

039. 8 E ½, de Federico Fellini

Vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro, o longa a borda as frustrações de um diretor de cinema e é uma das maiores obras da Sétima Arte.

Nota: DEZ


Título Original: 8½
Direção: Federico Fellini
Elenco: Marcello Mastroianni, Anouk Aimée, Claudia Cardinale, Sandra Milo, Rossella Falk, Barbara Steele, Madeleine Lebeau, Cateterina Boratto, Eddra Gale, Guido Alberti, Mario Conocchia, Bruno Agostini, Cesarino Miceli Picardi, Jean Rougeul, Mario Pisu
Produção: Angelo Rizzoli
Roteiro: Federico Fellini, Ennio Flaiano, Tullio Pinelli e Brunello Rondi
Ano: 1963
Duração: 138 min.
Gênero: Drama

Guido Anselmi é um grande diretor italiano que está em confusão com sua nova criação. Apesar de todos acreditarem que o gênio está com toda sua obra pronta na cabeça, Guido ainda nem tem ideia de que seu novo filme trata. Em meio as cobranças dos produtores, do roteirista e dos atores, o diretor relembra seu passado, desde sua infância, revelando suas experiências. Além disso, para tentar encontrar alguma inspiração, Guido viaja em seu próprio mundo onde mulheres e alucinações estão sempre presentes.


O italiano Fedrico Fellini é, até hoje, um dos maiores diretores da história do cinema, e, sem dúvida, um dos mais importantes do cinema europeu. O mestre foi indicado ao Oscar 12 vezes (duas por “8 e ½”), três ao BAFTA (venceu duas) uma ao Sindicato dos Diretores da América (por “8 e ½”) e recebeu homenagens honrosas por seu trabalho pelas mesmas premiações. Não é uma novidade Fellini se basear em sua própria vida para realizar um filme, e aqui não seria diferente. “8 e ½” é a realização mais autobiográfica que o diretor nos apresentou durante toda sua carreira. Para começar, temos a criase do protagonista: Guido está com 43 anos e isso começa a pesar em suas costas. O protagonista tem medo do que pode acontecer dali por diante e esse medo acaba refletindo em suas criações, ou melhor, na falta delas. Além disso, um tema recorrente nesse filme e em outros do diretor, as mulheres recebem um destaque realmente especial. Elas são parte integrante, necessária e insubstituível nas obras de Fellini. A cena de Anita Ekberg em “A Doce Vida” (1960), onde a atriz se banha na Fontana di Trevi em Roma imortalizou a dita fonte e tornou Anita uma das mulheres mais cobiçadas no mundo. Em “8 e ½” , Fellini expõe um literal harém de mulheres na telona. Em uma cena antológica, Guido chega em um local onde encontra todas as mulheres que algum dia desejou sexualmente. Entretanto, só é permitido ficar ao lado do gênio até uma determinada idade, passado o tempo deve-se contentar em permanecer apenas na memória. Revoltada com o regulamento, uma vedete inicia uma espécie de motim contra Guido, mas, rapidamente, o diretor controla toda a emoção com um chicote e “coloca as mulheres em seu devido lugar”, obrigando-as a aceitar a situação em que vivem. Guido, nesse contexto, acaba revelando que uma mulher apenas não é suficiente para satisfazer suas necessidades.


A intenção de Guido, ao realizar seu novo filme, era iniciar uma nova fase em sua carreira, deixando de lado suas perturbações, angútias e dúvidas em relação à vida profissional e à pessoal. “8 e ½” foi um marco para o cinema e para a carreira de Fellini. Apartir desse filme, o diretor passou a realizar grandes produções, onde a fantasia, o surreal e a imaginação se fundem com a realidade trazida de seus antigos filmes, apresentando ao espectador a perfeita definição da realidade fantástica subjetiva. A grandiosidade dos cenários expostos são uma ode à estética e nos relembram o barroco onde importantes obras da história italiana foram construídas. Além disso, tais monumentos e a construção da tal espaçonave para o novo filme que nem existe nos fazem questionar sobre até onde o ego do protagonista pode ir, mesmo quando ele se encontra em uma crise de inspiração. A trilha sonora composta por Nito Rota é uma das mais brilhantes de sua carreira. Parece que as músicas do filme se entrelaçam com as cenas, tornando a trilha pontual e bem marcada em relação aos movimentos e até mesmo aos sentimentos que os personagens expressam. Em especial, Rota não deixa o espectador esquecer da confusão que se encontra a cabeça de Guido, os sonhos se tornam cada vez mais reais e as lembranças ganham espaço em um presente perturbador e angustiante.


Não sei se o motivo é o talento ou a afinidade com o diretor, mas jamais fui capaz de imaginar outro ator para interpreta Guido que não fosse Marcello Mastroianni. O italiano possui uma invejável lista de 144 títulos em 72 anos de vida (58 de carreira), com três indicações ao Oscar, seis ao Globo de Ouro (venceu duas ) e mais de vinte prêmios recebidos em seu país natal. O ator é intenso do começo ao fim do drama e conquista a proeza de fazer com que o espectador se sinta como Guido em determinadas cenas. Se Guido se sente sufocado, também nos sentimos sufocados, se Guido sente vontade de gritar pela confusão que virou sua vida, sentimos a mesma vontade por qualquer motivo inexplicável, se Guido se distrái e não escuta o que os outros estão ouvindo por estar pensando em alguma coisa, distraímo-nos imaginando o que se passa pela cabeça do gênio. Em resumo, Mastroianni apresenta a representação da dúvida, do medo da indignação, da estagnação e da frustração vivenciadas por Guido Anselmi.


As mulheres de Guido, pelas quais o diretor está tão dividido são interpretadas por excelentes atrizes. Anouk Aimée é a esposa Luisa, a única pessoa capaz de inspirar Guido e deixá-lo sóbrio; Aimée é a esposa traída que ama o marido demais para deixá-lo, a esposa inconformada que finge satisfação, é a mulher sóbrea que carrega nas costas os problemas do marido e, apesar de infeliz na maior parte do tempo, vive pelo marido. Carla, a fuga do diretor representada pela amante, é vivida por Sandra Milo, a atriz nos traz uma personagem bela, fogosa e intensa, mas um pouco apagada para uma amante sensual. Saraghina, a prostituda da infância de Guido, é interpretada por Eddra Gale, a atriz, com sua sensualidade e naturalidade, faz a personagem representar a descoberta da masculinidade e inicialização do homem. Por fim, Claudia Cardinale é a atriz Claudia, a musa de Guido, a idealização da mulher perfeita para o diretor, Claudia, a atriz, como sempre, é sensual de forma natural, ou seja, não é vulgar, mas conquista a todos.


Um homem dentro de um carro consome o oxigênio disponível de forma gradual e começa a se contorcer, tentando abrir os vidros e sair do automóvel. Ao seu redor estão outros carros com homens e mulheres que assistem ao fim do indivíduo. Essa é a cena incial de “8 e ½” e com ela já podemos imaginar o que está por vir. O homem dentro do carro é Guido, e o carro é a vida de Guido. O desespero toma conta do homem em um dos filmes mais artísticos e expressivos do cinema nos revelando as dificuldade de se realizar um filme. No desfecho do longa, entretanto, outra surpresa. No auge do fracasso de Guido, em mais uma cena antológica, bela e, por que não, inspiradora, Guido sente novamente o prazer inigualável de ver o suposto elenco do longa ao seu lado e poder sentir que ainda é o diretor de seu filme. Mais que isso, Guido ve personagens do passado e do presente do próprio eu, revelando-nos uma certeza: Guido ainda é e sempre será o diretor de sua vida.



VENCEDORES DO PRÊMIO DOS CRÍTICOS DE FILME DE CHICAGO
Melhor Filme: 12 Anos de Escravidão
Melhor Direção: Steve McQueen, por 12 Anos de Escravidão
Melhor Ator: Chiwetel Ejiofor, por 12 Anos de Escravidão
Melhor Atriz:  Cate Blanchett, por Blue Jasmine

Melhor Ator Coadjuvante: Jared Leto, por Dallas Buyers Club
Melhor Atriz Coadjuvante: Lupita Nyong'o, por 12 Anos de Escravidão
Melhor Roteiro Original: Spike Jonze, por Her
Melhor Roteiro Adaptado: John Ridley, por 12 Anos de Escravidão
Melhor Documentário: The Act of Killing
Melhor Filme de animação: The Wind Rises
Melhor Trilha Sonora: Arcade Fire, por Her
Melhor Fotografia: Emmanuel Lubezki, por Gravidade
Melhor Edição: Alfonso Cuaron & Mark Sanger, por Gravidade
Melhor Direção de Arte: Mark Scruton/Andy Nicolson, por Gravidade
Melhor Atuação Promissora: Adele Exarchopoulos, por Blue is the Warmest Color

Melhor Direção Promissora: Destin Cretton, por Short Term 12

VENCEDORES DO PRÊMIO DOS CRÍTICOS DE FILMES DE AUSTIN
Melhor Filme: Ela (Spike Jonze)
Melhor Direção: Alfonso Cuaron, por Gravidade
Melhor Ator: Chiwetel Ejiofor, por 12 Anos de Escravidão
Melhor Atriz: Brie Larson, por Short Term 12
Melhor Ator Coadjuvante: Jared Leto, por Dallas Buyers Club
Melhor Atriz Coadjuvante: Lupita Nyong’o, por 12 Anos de Escravidão
Melhor Roteiro Original: Spike Jonze, por Ela

Melhor Roteiro Adaptado: John Ridley, por 12 Anos de Escravidão
Melhor Fotografia: Emmanuel Lubezki, por Gravidade
Melhor Trilha Sonora: Arcade Fire, por Ela
Melhor Filme Estrangeiro: Azul é a Cor Mais Quente
Melhor Documentário: The Act of Killing
Melhor Filme de Animação: Frozen
Melhor Primeiro Filme: Ryan Coogle, por Fruitvale Station
Revelação: Brie Larson, por Short Term 12
Prêmio Honorário Especial: Scarlett Johansson, por sua interpretação de voz em Ela

Top 10 AFCA 2013:
1. Ela; 2. 12 Anos de Escravidão; 3. Gravidade; 4. O Lobo de Wall Street; 5. Inside Llewyn Davis; 6. ; Short Term 12; 7. Mud; 8. Depois da Meia Noite; 9. Clube de Compras Dallas; 10. Capitão Phillips
ACESSE NOSSA PÁGINA NO YOUTUBE:
 http://www.youtube.com/user/projeto399filmes
E CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK:

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

040. MARNIE, CONFISSÕES DE UMA LADRA, de Alfred Hitchcock

A última obra do mestre do cinema foi um dos melhores filmes de seu ano.
Nota: 9,6


Título Original: Marnie
Direção e Produção: Alfred Hitchcock
Elenco: Tippi Hedren, Sean Connery, Diana Baker, Martin Gabel, Louse Latham, Bob Sweeney, Milton Selzer, Alan Napier, Hanry Beckman, Edith Evanson, Mariette Harltey, Bruce Dern, S. John Launer, Meg Wyllie
Roteiro: Jay Presson Allen e Wiston Graham (romance)
Ano: 1965
Duração: 130 min.
Gênero: Thriller / Drama

Marnie é uma bela jovem que possui uma estranha mania: ela rouba, e o faz de forma perfeita. Entretanto, após passar a perna em seu patrão e fugir, Marnie começa a trabalhar para Mark Rutland, um rico empresário. É claro que Marnie está decidida a roubar o novo patrão, mas Mark acaba descobrindo as intenções da bela e, para tentar descobrir o que aconteceu em sua vida, a convence a se casar com ele. Após o casamento, Marnie apresenta estranhos quadros de saúde mental, e Mark decide descobrir o que aconteceu com essa ladra que se tornou o amor de sua vida.


Alfred Hitchcock foi um dos diretores de maior destaque na história do cinema. Poucos mestres da Sétima Arte foram tão perfeitos em representar os medos na telona. Famoso por uma das cenas mais interessantes o cinema, aquela em que Marion Crane é assassinada no chuveiro do enigmático Motel Bates, em sua fase americana, Hitch explorou diversos temas, dois dos principais foram os medos e traumas e confusão da identidade. Em “Marnie”, a protagonista junta tudo isso. É, claramente, perturbada por algum episódio que lhe ocorreu na infância, algum trauma inimaginável que nos será revelado com o passar do tempo. Além disso, a protagonista mescla seu lado ladra com seu lado apaixonada; ela está louca de amores pelo homem que virá a ser seu marido, porém, ao mesmo tempo, não consegue deixar seu vício de lado e insiste em roubá-lo. Existem poucos diretores que conseguem contrastar cores em cenas improváveis e fazer com que o efeito seja positivo para o propósito pretendido. Hitchcock é um deles. Em uma cena inesquecível, Marnie relembra o que ocorreu, e o diretor nos mostra, mais uma vez, como se faz uma cena de revelação que deixe o espectador na ponta da poltrona e que não o deixe esquecer jamais do que viu.
Por fim, a trilha sonora é do fantástico Bernard Herrmann, mesmo compositor de “Psicose” (1960), “Um Corpo que Cai” (1958) e “O Homem que Sabia Demais” (1956), ambos de Hitchcoock. Herrmann trabalhou em cinema e televisão e em nenhum de seus trabalhos decepicinou, aqui não é diferente: cada composição é perfeita e parece caber na cena como uma mão em sua luva. É, também, a trilha sonora da cena das revelações do passado de Marnie que constrói a cena e a torna tão bela, enigmática, inesperada e antológica. Vale destacar a primeira cena do longa: a câmera foca em um objeto amarelo que para uns tem aspecto de uma boca, para outros de uma vagina, a câmera vai se afastando a medida que a personagem segue em frente. Marnie está em uma estação, segurando apenas a controvérsia bolsa e uma mala e está morena, não loira. A cena se tornou um marco no cinema e chega a ser citada como uma das mais importantes na carreira do diretor, e, sem dúvida, diz muito sobre o que veremos durante todo o filme.



A primeira escolha do diretor para viver a protagonista foi a atriz Grace Kelly, que recusou pois o principado de Mônaco não achava digno ver sua princesa interpretando uma ladra, a Paramount sugeriu a Hitch que ele chamasse a americana Lee Remick, Eva Marie Saint e Susan Hampshire perseguiram o papel, mas não obtiveram sucesso. Foi escolhida, então, a estrela do longa “Os Pássaros” (1962), também de Hitchcock, para viver o papel. Tippi Hedren ficou, dessa forma, eternizada no cinema por esse dois trabalhos com o mestre do suspense. Como Marnie, Tippi está fantástica, uma verdadeira diva da era de ouro de Hollywood: classuda, sexy, inteligente e bela. A personagem construída e apresentada pela atriz condiz com os atributos físicos da diva, mas ocorre algo ainda mais belo: sentimos pena de Marnie e torcemos por ela. O clássico anti herói vivido por personagens como Macunaíma no Brasil e outros ladrões no restante do mundo é transferido para uma mulher, Hedren nos faz torcer por ela o tempo todo, queremos que ocorra tudo bem com ela em qualquer situação. Por fim, Tippi atinge a perfeição ao fazer o que Alfred Hitchcock fez toda a vida: nos deixa curiosos, atentos e loucos por saber quais são os segredos de sua personagem. Sean Connery foi um dos atores mais sexys e belos de sua época no cinema, além disso foi um dos grandes atores de seu tempo. Como Mark Rutland ele é firme e não deixa que a moça por quem se apaixona vá embora apenas por ser misteriosa e ter seus defeitos. Talvez essa seja, em meio a tanto terror dos filmes de Hitchcock, a maior representação do amor no cinema. Connery nos traz um homem apaixonado que não se torna cego: Mark quer saber por que Marnie se tornou tão traumatizada, e a beleza está exatamente nisto, ele vai até o fundo para que sua amada esposa vença seus medos.

“Marnie” é, como a maioria dos filmes do mestre Alfred Hitchcock, uma lição para qualquer cineasta e um louvor a qualquer crítico. Além disso, é um longa que, mais uma vez, inova o cinema da época. Marnie, a protagonista, quebra tabus trazendo uma mulher como ladra e trazendo um homem que corre atrás do passado da eposa para resolver seus traumas e problemas psicológicos. A direção de Hitch, a perfeição do roteiro (escrito com grandes diálogos e grandes cenas), a trilha de Herrmann, as interpretações e os experimentos técnicos do diretor são os ingredientes dos principais longas de Alfred Hitchcock. “Marnie” foi, sem dúvida, a última grande obra do mestre do suspense e não é apenas por isso que merece ser assistido, merece ser visto pois, em uma arte como o cinema, que possui pouco mais de cem anos, é, sem dúvida, um dos melhores filmes do ano de 1964.


VENCEDORES DO PRÊMIO DA ASSOCIAÇÃO DE CRÍTICOS DE FILMES DE WASHINTON D.C.
Melhor Filme: 12 Years A Slave
Melhor Direção: Alfonso Cuarón, por Gravidade
Melhor Ator: Chiwetel Ejiofor, por 12 Years A Slave
Melhor Atriz: Cate Blanchett, por Blue Jasmine
Melhor Ator Coadjuvante: Jared Leto, por Dallas Buyers Club
Melhor Atriz Coadjuvante: Lupita Nyong’o, por 12 Years A Slave
Melhor Elenco: 12 Years A Slave
Melhor Jovem Intérprete: Tye Sheridan, por Mud
Melhor Argumento Adaptado: John Ridley, por 12 Years A Slave
Melhor Argumento Original: Spike Jonze, por Her
Melhor Filme de Animação: Frozen
Melhor Documentário: Blackfish
Melhor Filme Estrangeiro: The Broken Circle Breakdown (Bélgica)
Melhor Direção de Arte: O Grande Gatsby
Melhor Fotografia: Gravidade
Melhor Montagem: Gravidade
Melhor Banda Sonora Original: Hans Zimmer, por 12 Years A Slave
Prémio Joe Barber para o Melhor Retrato de Washington DC: The Butler

VENCEDORES DA SOCIEDADE DE CRÍTICOS DE FILME DE BOSTON
Melhor Filme: 12 Years a Slave
Melhor Direção: Steve McQueen, 12 Years a Slave
Melhor Ator: Chiwetel Ejiofor, por 12 Years a Slave
Melhor Atriz: Cate Blanchett, por Blue Jasmine
Melhor Ator Coadjuvante: James Gandolfini, por Enough Said
Melhor Atriz Coadjuvante: June Squibb, por Nebraska
Melhor Roteiro: Nicole Holofcener, por Enough Said
Melhor Fotografia: Emmanuel Lubezki, por Gravidade
Melhor Documentário: The Act of Killing
Melhor Filme Estrangeiro: Wadjda
Melhor Filme de Animação: The Wind Rises
Melhor Edição: Daniel P. Hanley e Mike Hill, por Rush
Melhor Primeiro Filme: Ryan Coogler, por Fruit Station
Melhor Elenco: Nebraska
Melhor Canção: Iside: Llewyn Davis

ACESSE NOSSA PÁGINA NO YOUTUBE:
 http://www.youtube.com/user/projeto399filmes

Poderá gostar também de: