quinta-feira, 31 de maio de 2012

291. SHREK, de Andrew Adamson e Vicky Janson

Uma animação feita para adultos que não terá problemas com público infantil. Poderia ser melhor?
Nota: 9,0


Título Original: Shrek
Direção: Andrew Adamson e Vicky Janson
Elenco (dublagem): Mike Myers, Eddie Murphy, Cameron Diaz, John Ligthgow, Vincent Cassel, Peter Dennis, Clive Pearse, Jim Cummings
Produção: Jeffrey Katzenberg, Aron Warner, John H. Williams
Roteiro: Ted Elliott, Terry Rossio, Joe Stillman, Roger S. H. Schulman, Cody Cameron, Chris Miller, Conrad Vernon e William Steig (livro)
Ano: 2001
Duração: 90 min.
Gênero: Animação / Comédia

Shrek vive feliz da vida em seu horroroso pântano, em uma espécie de toca feita em meio a raízes de uma grande árvore, banhando-se na lama e comendo ratos e outros animais nojentos. Eis que, em uma bela noite, seu querido e tão amado lar é invadido inexplicavelmente por seres de contos de fadas: o lobo mal, os porquinhos, fadas, bruxas, a Sininho, dentre vários outros seres estranhos. Quando Shrek vai até a cidade de Duloc para tirar satisfações com o Lord Farquaat, eles concordam em Shrek ter seu lar novamente contanto que traga a jovem que Farquaat deseja despojar, obviamente ela está em um castelo guardado por um dragão, no quarto da torre mais alta esperando o beijo de seu príncipe encantado que a levará para casa. O problema é que Shrek não é nada principesco, ele é um ogro.


Tanto para Adamson quanto para Janson, “Shrek” é o primeiro filme em suas carreiras, e pode-se dizer que não é uma forma ruim de começar no cinema: Oscar de melhor animação e indicação para o roteiro; oito Annie’s (o Oscar da animação); melhor roteiro adaptado e mais quatro indicações no BAFTA (o Oscar inglês); indicado no Globo de Ouro por melhor filme comédia ou musical, na época não existia a categoria de melhor filme animação; e uma indicação no Sindicato dos Produtores de Hollywood, além de uma indicação de melhor filme no AFI (Instituto de Filmes Americanos, que concede prêmios todos os anos aos melhores filmes do ano, bem como homenageia alguém que esteja relacionado com a área do cinema). O que os diretores fazem aqui não chega a ser algo inimaginável ou surpreendente, pelo contrário, é simples e previsível, e bem por isso é tão agradável. Obviamente, quanto aos roteiristas o filme também não vai nada mal: Ted Elliot e Terry Rossio viriam a assumir a franquia “Piratas do Caribe”, Joe Stillman já havia feito várias séries televisivas, o mesmo já havia acontecido com Roger S. H. Schulman que chegou a escrever para o divertido “Alf, o Eteimoso” em 1989 e Adamson viria a dirigir “Shrek Terceiro” (2007) e os dois primeiros filmes de “As Crônicas de Nárnia”.


Durante todos os filmes do ogro Shrek, veremos ótimas sacadas relacionadas a contos de fadas e coisas da vida real, nessa primeira trama o que nos é dado é bem simples: a ilusão de jovens que acreditam que um dia serão salvas por um príncipe encantado, a Fiona do início do filme representa essas moças, o dragão e o castelo em que está aprisionada os graves anseios que elas são obrigadas a passar por conta dos pais, da escola e de não saber que roupa colocar, mas Shrek, definitivamente, não é o príncipe encantado, e é aí que a história se torna tão irônica. Shrek é o homem comum, o qual costuma aparecer para essas meninas iludidas: grosso, não sabe bem como se portar muito menos como expressar seus sentimentos, apesar disso, é um homem amável e muito bom quando lidado com cautela e atenção.


“Shrek”, acaba sendo, portanto, uma crítica muito bem feita aos filmes de princesas normais aos quais estamos acostumados. É claro que esse filme não é feito para crianças, elas provavelmente verão e rirão com as trapalhadas de Shrek, do Burro (o novo amiguinho desagradável do ogro que o acompanhará em sua aventura) e todas as outras personagens, mas jamais conseguirão ver o que está por trás de toda essa beleza de um conto de fadas atrapalhado, e é aí que o filme acerta mais uma vez: animações são feitas para adultos capazes de compreendê-las e respeitá-las, mas algum dia alguém disse que elas eram destinadas a crianças e o mundo acreditou, sendo assim, resta para roteiristas e diretores do gênero disfarçarem todas as mensagens mais complicadas e indecentes. Nesse filme tudo é disfarçado, mas se fizermos uma força conseguiremos analisá-lo como ele verdadeiramente é: um retrato de uma vida real que pode sim ser satisfatória.


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quarta-feira, 30 de maio de 2012

292. ALEXANDRE, de Oliver Stone

O filme se perde em mostrar as guerras e os amores do imperador, e não consegue atingir nem um décimo da grandeza de Alexandre.
Nota: 6,5


Título Original: Alexander
Direção: Oliver Stone
Elenco: Colin Farrell, Angelina Jolie, Val Kilmer, Anthony Hopkins, Jared Leto, Rosario Dawson, Jonathan Rhys Meyers, Rory McCann, Christopher Plummer
Produção: Oliver Stone, Iain Smith, Thomas Schühly, Moritz Borman, Jon Kilik
Roteiro: Oliver Stone, Christopher Kyle e Laeta Kalogridis
Ano: 2004
Duração: 175 min.
Gênero: Biografia / Drama / Épico

Alexandre, O Grande, como ficou conhecido, foi soberano do maior império visto na terra: indo dos Bálcãs à Índia, incluindo Egito e Báctria. Alexandre era um homem inteligente, culto e esperto, respeitava as várias formas de culturas de todo o mundo e desejava que todas formassem uma só, também era um tanto instável e um homem louco por guerras, as quais sempre liderava. Lutou contra regiões na Europa, na Ásia e na África afim de expandir cada vez mais seu território, esse, por sinal, era o maior objetivo do imperador, conquistar territórios se tornou uma obsessão que o levou a morte, com sua morte veio a separação de seu Império e a dominação Romana. Alexandre casou três vezes, teve dois filhos e levou uma vida regada a muitos prazeres, dizem que não tinha vergonha em deixar claro que mantinha relações com homens e mulheres, o que na época era algo normal. Ele morreu um mês antes de completar 33 anos, a causa exata de sua morte nunca foi descoberta, alguns dizem ter sido envenenamento, outros doença, assassinato brutal, conseqüência do alcoolismo. O que realmente interessa para a história e a sociedade é que Alexandre foi um grande conquistador e uniu diversas culturas na Antiguidade e influenciou centenas de políticos, incluindo o romano Júlio César.


O filme inicia com Alexandre criança, sendo superprotegido por a mãe; depois passamos à sua adolescência, quando é ensinado por Aristóteles sobre as coisas da vida, dos astros e das culturas (dentre elas, vemos o filósofo deixando claro que é permitido homens se relacionarem sexualmente, com tanto que não seja um mero prazer carnal); depois vemos o início de sua vida adulta, em uma lembrança mais para frente do filme acompanharemos o assassinato do pai, a briga com a mãe e sua coroação definitiva como Imperador. Assistimos também à suas maiores batalhas e conquistas, seu casamento, suas relações com as esposas e o amante, Heféstion, seus medos e problemas em relação a todo o poder que conquistou. Em paralelo à sua história podemos descobrir um pouco sobre sua mãe, Olímpia de Épiro, uma mulher arrogante e vingativa, que dizia a todos que Alexandre era filho de Zeus. Amargurada por Filipe II, pai de Alexandre, ter se casado com outra mulher, ela foi ligada por vários historiadores como mandante da morte do marido para que seu filho pudesse se tornar o imperador, mandou matar ainda a esposa de Filipe e seus dois filho. A quem diga que ela manteve um forte relacionamento incestuoso com Alexandre, o qual ela acreditava e dizia ser a personificação de um Deus, havia quem acreditasse que o rapaz era filho de Dionísiso, o qual Olímpia venereva.


Stone é diretor e roteirista de uma lista invejável de filmes bem cults, dentre eles: “Salvador – O Martírio de um Povo” (1986), “Platoon” (1986), “Wall Street – Poder e Cobiça” (1987), “Nascidos em 2 de Julho” (1989), “JFK – A Pergunta que Não quer Calar” (1991), “Assassinos por Natureza” (1994), “Nixon” (1995) e “Um Domingo Qualquer” (1999), ele venceu 3 Oscar e foi indicado para mais 7, e não, “Alexandre” não está entre esses filmes, por um simples motivo: é um filme de qualidade muito, mas muito baixa. Historicamente falando pode até ser algo positivo, sua fotografia e a edição das cenas de guerra também são boas, mas é apenas isso que vale a pena no filme todo, nem mesmo a trilha sonora do filme, composta por Vangelis (que também compôs para o filme “Carruagens de Fogo” de 1981, pelo qual ganhou um Oscar) é merecedora da magnitude de Alexandre.


Existem atores que, sabe-se Deus por que, nós simpatizamos, Colin Farrell e Jonathan Rhys Meyers são dois dos que eu simpatizo. Não sei se é por que eles são irlandeses, e de lá vieram alguns bons nomes da indústria cinematográfica ou porque vejo neles dois ótimos atores em potencial, e realmente eles mostram ser isso mesmo, mas não nesse filme. Farrell interpreta Alexandre, no filme é mais ou menos tudo aquilo o que se espera da personagem histórica, existem momento em que o ator é excelente, mas são muito raros, e na maior parte do filme ele é muito fraco. Meyers é um dos oficiais do Imperador, Cassander, um homem que faz de tudo pelo poder e passa por cima de todos por sua ganância, o ator consegue um ou outro momento de boa interpretação, mas só não é de todo ruim por que aparece pouco. Angelina Jolie está em uma de suas atuações mais deprimentes, Olímpia é uma das personagens mais ricas (em termos técnicos) da trama, isso se não for a mais rica, a atriz podia explorá-la de forma magnífica e ter uma de suas maiores atuações, mas o que ela faz aqui é péssimo, nem mesmo as grandes cenas de discussões com seu filho salvam Jolie. O resto do elenco segue essa linha: grandes personagens, pouca qualidade nos atores. Quem salva o filme são os hiper veteranos Anthony Hopkins e Chistopher Plummer, respectivamente o velho Ptolomeu e o filósofo Aristóteles, o problema de ambos é que eles aparecem pouco, mas o pouco que fazem chega a nos arrepiar pela veracidade aparente desses mestres da sétima arte, por que eles estão aqui eu realmente não sei.


            Em sua tentativa de mostrar várias conquistas estendendo-se em cenas de batalhas, “Alexandre” se torna um filme frustrado sobre a vida de um dos homens mais admiráveis da história. Um homem que conquistou todas as suas ambições, teve tudo o que sonhou, conquistou o maior império do mundo, deixou herdeiros, disseminou e misturou culturas maravilhosas, tornou-se o homem mais poderoso de seu tempo, e conquistou literalmente a glória eterna: até hoje, quase dois milênios e meio depois de tudo o que fez, seu nome ainda é associado à sua figura poderosa de um inconfundível líder. Alexandre foi excepcional em tudo o que fez, obteve êxito em todas as suas tentativas de conquistar territórios e nunca foi totalmente derrotado, se há nomes que o Alexandre desse filme não pode receber é de Alexandre, o Magno, ou Alexandre da Macedônia, muito menos Alexandre, o Grande.

Colin Farrell caracterizado como Alexandre,
e a representação mais famosa do imperador.
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terça-feira, 29 de maio de 2012

293. ASSASSINATO EM GOSFORD PARK, de Robert Altman

Não é apenas mais uma das ótimas comédias negras de Altman, é o seu triunfo em fim de carreira.
Nota: 8,8

(Chá às quatro. Jantar às oito. Morte à meia-noite)
Título Original: Gosford Park
Direção: Robert Altman
Elenco: Maggie Smith, Michael Gambon, Kristin Scott Thomas, Camilla Rutherford, Charles Dance, Geraldine Somerville, Tom Hollander, Jeremy Northam, Bob Balaban, Ryan Phillippe, Stephen Fry, Kelly Macdonald, Clive Owen, Helen Mirren, Eillen Atkins, Emily Watson, Alan Bates, Richard E. Grant, Derek Jacobi, Jeremy Swift
Produção:  Robert Altman, Bob Balaban, Julian Fellows, David Levy
Roteiro: Julian Fellowes, Robert Altman e Bob Balaban
Ano: 2001
Duração: 137 min.
Gênero: Drama / Suspense

Durante muito tempo a Inglaterra soube dividir suas casas familiares entre o andar de cima e o andar de baixo (ou no sótão), no primeiro viviam os nobres, homens e mulheres ricos com suas lindas famílias compostas por filhas e filhos maravilhosos que herdariam todo esse luxo, riqueza e títulos, o segundo era habitado pelos empregados da casa, mordomos, governantas, arrumadeiras, cozinheiras, valetes e outras pessoas filhas de pequenos fazendeiros, empregados ou comerciantes, que desejavam uma vida mais segura e digna para seus filhos, afinal, ser empregado em uma grande casa de um nobre importante era o máximo que pobres conseguiriam. Muitos filmes e séries retratam essa convivência e dependência entre um ou outro: tanto os empregados necessitam de seus patrões para serem pagos, quanto os proprietários das casas (ou melhor, mansões), ruiriam se fossem abandonados pela criadagem.


Gosford Park está totalmente preparada para receber inúmeros hóspedes para uns dias de caçada na propriedade de Sir William McGordle e sua esposa Lady Sylvia. No entanto, essa caçada irá agitar muito mais do que se pensava, e não apenas o andar destinado aos convidados, mas também o destinado aos empregados. Cada casal convidado traz, consigo um ou dois empregados para lhe servirem durante a estadia na casa. Dentre eles temos a excêntrica Constance, Condessa de Trenthan, com sua criada Mary; o astro de Hollywood Ivor Novello, seu produtor Morris Weissman e o conquistador criado deles Henry Denton; o orgulhoso e impotente Lord Raymond Stockbridge e sua esposa Louisa Stockbridge, com seu criado Robert Parks; e o confuso Anthony Meredith e sua esposa Lavinia Meredith. Em meio a tanta diversão, libertinagem, falcatruas e conspirações, eis que ocorre o assassinato de ninguém mais ninguém menos que o anfitrião da palhaçada, Sir William McGordle. Quem planejou o assassinato? Quem é o assassino? O que acontecerá com Gosford Park? E quanto ao destino dos criados? Essas são apenas algumas das perguntas a serem respondidas ao longo da trama.


A união de um mestre do cinema satírico, o diretor Robert Altman, e de um roteirista de mãos cheias, Julian Fellowes, não poderia ser melhor. Altman, que fez apenas mais dois filmes antes de morrer (nenhum superior a esse), ficou conhecido e eternizado por seu estilo totalmente próprio em ironizar todos os acontecimentos mais inusitados possíveis. Com muito humor, faz desse filme algo maravilhoso, claro que o local das filmagens é lindo, mas fazer com que um filme de mais de duas horas ocorra em apenas essa casa e, basicamente, dentro dela, e fazer com tanta qualidade e categoria não é para qualquer um. Fellowes, por suas vez, nos proporciona um ensinamento sobre o que era a sociedade inglesa há menos de cem anos, mostrando como os empregados eram tratados, o fato de a criadagem mal ser chamada pelo nome para ser reconhecida, como os ricos tratam uns aos outros escada acima e como ele desejam ser livres dos compromissos sociais. Fellowes é, também, o roteirista de uma minissérie inglesa maravilhosa que acabou virando uma série, “Downton Abbey” (2010 – 2012), ambientada na Primeira Guerra Mundial, aborda essa mesma relação entre os nobres e seus criados, mas é menos denso em relação ao tratamento dos empregados e bem mais profundo nos sentimentos de todas as personagens, uma série simplesmente maravilhosa que eu recomendo para todos. Para completar essa dupla ótima, ainda temos o sempre excelente compositor Patrick Doyle para deixar cada cena ainda mais bela ou intrigante.


No mundo todo ingleses são censurados por alguns de seus comportamentos, mas é sempre um alívio saber que um elenco é composto basicamente por ingleses: são eles que compõem no mínimo 85% desse elenco perfeito, e garanto que todos já viram vários deles, mas não se recordam. Maggie Smith é Constance Trentham, uma mulher cheia de si, arrogante ao extremo, que sabe o que quer, preocupa-se apenas consigo mesma e seu futuro, o curioso de assistir a interpretação de Smith, é que essa sua personagem e a que ela dá vida em “Downton Abbey” são muito parecidas: inglesas perfeitas que mantêm todos os costumes possíveis, mas ela é uma atriz tão fantástica que compõe cada personagem a seu modo e as deixa totalmente diferentes. Outro ator inconfundível, Michael Gambon, apesar de não ser inglês, interpreta William McCordle, um homem que fez muitas coisas erradas na vida, despreza a tudo e todos, menos seu cachorrinho de estimação odiado por toda a família, preferindo ficar sozinho se não pode ter o controle de tudo a sua volta, Gambon tem a mesma avaliação de Smith, perfeito no papel, a dupla trabalhou junto nos filmes da saga “Harry Potter”, ela como Minerva McGonagoll e ele como Alvo Dumbledore. Kristin Scott Thomas, de “O Paciente Inglês” (1996), é uma Lady McCordle que já não aguenta mais o marido e deseja apenas viver ao seu lado pelo conforto e luxo, ainda é orgulhosa e despudorada. Charles Dance, o Tywin Lannister de “Game of Thrones” (2011-2012), é o Lord Stockbridge, severo, frio, aparentemente sem sentimentos, outro ator que tem em suas mãos uma personagem parecida com a da série, mas que a leva de forma magnífica e diferenciada em ambos os casos. Tom Hollander, que na franquia “Piratas dos Caribe” é Cutler Beckett, aqui é o Sr. Meredith, com quem McCordle pretende desfazer alguns negócios que podem arruiná-lo; Jeremy Norton, oriundo da série “The Tudors” (2007-2008), onde dá vida ao lendário Sir Thomas More, vive o astro bonito, gentil e de voz mansa Ivor Novello; Kelly MacDonald, a Margaret Schroeder de Boardwalk Empire (2010-2011) é a iniciante Mary, criada da Condessa Trentham; Clive Owen, o Larry do cultuado “Closer – Perto Demais” (2004), é o criado Parks; Emily Watson, vinda do ótimo “Dragão Vermelho” (2002), é umas das empregadas mais familiarizadas com o emprego e a família a qual serve, Elsie; por fim, a fantástica Helen Mirren, vencedora do Oscar por “A Rainha” (2006), é a governanta Sra. Wilson, uma mulher fechada, mas excelente servente, em suas palavras, por saber o que seus patrões desejam mesmo antes deles terem certeza.


Falar sobre um filme com tanta qualidade em uma crítica pequena é impossível, portanto me estendo mais um pouco para salientar como essa análise sobre as relações humanas é precisa, nos afirmando o que já sabíamos: não há como exigir que todos os costumes de um povo mude, afinal, eles foram criados com eles e para mantê-los o mais firme possível. Esse filme não é apenas uma crítica à sociedade da época e seus costumes ultrapassados, que somente viriam a acabar por completo na Segunda Grande Guerra, é uma obra de arte onde Fellowes, como fará em “Downton Abbey” dez anos depois, revela o quanto os ingleses eram preparados para as desventuras da vida, pelo simples motivo de que dezenas de coisas acontecem durante poucos dias, mas, como em todas as grandes casas das ricas famílias inglesas da época, tudo volta ao normal, por que é assim que os ingleses serão para toda a eternidade: inexplicáveis e dignos de cópia, por seu imenso e milenar tradicionalismo.


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segunda-feira, 28 de maio de 2012

294. SPIELZEUGLAND, de Jochen Alexander Freydank

Um filme de amor, esperança, tristeza, saudade e fraternidade que mostra que nada pode ser mais forte que o sentimento materno.
Nota: 8,7


Título Original: Spielzeugland
Direção: Jochen Alexander Freydank
Elenco: Julia Jäger, Cedric Eich, Tamay Bulut Özvatan, Torste Hübschmann, David C. Bunners, Gregor Weber, Jürgen Trott, Klaus-Jürgen Steinmann, Heike Reichenwallner, Matthias Paul e William Woigk
Produção: Jochen Alexander Freydank, David C. Bunners e Chistoph-Cico Nicolaisen
Roteiro: Jochen Alexander Freydank e Johann A. Brunners
Ano: 2007
Duração: 13 min.
Gênero: Drama
Em plena Segunda Guerra Mundial o pequeno alemão Heinrich se entristece ao saber que seu melhor amigo fará uma viajem para um parque de diversões e ele terá de ficar em casa, o único detalhe é que seu amigo é um judeu. Na manha que a tal família vizinha é levada, Marianne, mãe de Heinrich e quem contou a ele sobre a viajem ao “parque”, vai acordar o filho e o garoto não está. Heinrich sumiu, desapareceu, como diriam aqui no Brasil, escafedeu-se. Se Marianne conseguirá encontrar o filho, se ele estará vivo ou morto e o que irá acontecer com todos nessa história surpreendente eu não contarei.


Bem, continuando, o filme é dirigido por um veterano dos curtas alemães, nesse filme Freydank é vivo, inesperado, surpreendente, talentoso e muito eficaz ao passar sua mensagem. Com um estilo cronológico bem diferente, enquanto a mãe procura pelo filho, vemos os passos do filho durante as primeiras horas do dia, o filme se torna algo diferente, belo e nos prende em cada um de seus 720 segundos. O roteiro do filme também não é nada mal, em momento algum a história se perde ou fica naquela típica enrolação de quando alguém está perdido e está sendo procurado. A trilha sonora muito penetrante é do também alemão Ingo Frenzel.


Como eu disse, o que acontecerá com as personagens não contarei, mas posso adiantar que teremos momentos de pura adrenalina, por exemplo quando Marianne, espera que a menino agarrado aos vizinhos vire-se para ela quando ela está procurando o filho em algum vagão judeu que tem destino o inferno. Do demais que acontecerá no filme apenas digo que é algo surpreendente, algo que apenas mães fazem por seus filhos, e é esse sentimento que move Marianne a realizar algo digno de aplausos. Se qualquer mãe faria o que ela fez eu não sei, mas o que ela fez torna esse filme simplesmente genial!


Não posso falar muito sobre o filme dessa vez, se não estragarei as melhores surpresas da trama, portanto assistam ao filme e se deliciem com o vencedor do Oscar 2008 de melhor Curta-Metragem acessando: http://www.youtube.com/watch?v=51kkhCDiTZw

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domingo, 27 de maio de 2012

295. SIMPLESMENTE COMPLICADO, de Nancy Meyers

Meryl Streep sendo disputada por Alec Baldwin e Steve Martin em uma comédia nada clichê? Bette Davis, sem dúvida alguma, revirou-se bastante em seu túmulo.
Nota: 8,3


Título Original: It’s Complicated
Direção e Roteiro: Nancymeyers
Elenco: Meryl Streep, Alec Baldwin, Steve Martin, John Krasinski, Lake Bell, Hunter Parrish, Rita Wilson, Mary Kay Place, Alexandra Wentworth, Zoe Kazan
Produção: Nancy Meyers e Scott Rudin
Ano: 2009
Duração:
Gênero: Comédia

Jane e Jake são separados há dez anos, ao mesmo tempo em que Jane faz planos para reformar sua casa e conhece o arquiteto Adam, ela vai à formatura do filho e revê o marido, em meio a muitas bebidas, comida e dança, o ex-casal Adler dorme junto e começa a ter um caso extra-conjugal (Jake está casado com sua antiga amante, o pivô da separação dele e de Jane). Jane se vê, então, entre Jake e Adam, dois homens completamente diferentes que mexem com seus sentimentos.



Meyers não era nenhuma principiante quando dirigiu esse filme, antes dele vieram: “Operação Cupido” (1998), uma comédia bem chata de sessão da tarde, destinada a crianças; “Do que as Mulheres Gostam” (2000), romance de tela quente destinado a adultos com Helen Hunt e Mel Gibson; “Álguem Tem Que Ceder” (2003), finalmente um filme feito para cinema para o público adulto e de meia idade se divertir e ter esperanças amorosas, no elenco as feras Diane Keaton e Jake Nicholson; “O Amor Não Tira Férias” (2006), comédia romântica popular que conquistou o público adulto e jovem, com um elenco bem conhecido, Kate Winslet, Cameron Diaz, Jude Law e Jack Black, uma comédia deliciosa. Sim, a diretora fez poucos filmes, mas todos são comédias românticas de qualidade que não se perdem em mostrar a garota inteligente apaixonada pelo capitão do time de rugby da escola que serão separados pela líder de torcida, mas acabarão juntos no final do filme. Muito pelo contrário, aqui os problemas são as próprias dúvidas e anseios dos protagonistas, problemas reais, nada de contos de fadas, em “Simplesmente Complicado” Jane não sabe o que ela realmente quer, Jake nunca foi capaz de se satisfazer com sua vida e Adam ainda não se recuperou de seu divórcio ocorrido há dois anos. Aqui tudo acaba bem, o que não significa que a princesa adormecida encontra seu príncipe, pelo simples motivo de que aqui eles não existem, são ser humanos reais tentando ter uma vida real, o que deixa o filme muito mais saboroso.



Steve Martin é um dos comediantes mais conceituados entre o público que gosta do gênero mais engraçado. Já alguns críticos e intelectuais vêem seu trabalho como algo um tanto exagerado, mas são todos unânimes: ele é engraçado. Como Adam ele é inesperado, digo isso porque não vemos esse Steve com piadas chatas, ele é um homem que está sofrendo, mas que quer seguir a vida e vê em Jane uma pessoa com quem dividir seus bons momentos. Alec Baldwin já teve seus momentos complicados, mas jamais decepcionou na série “30 Rock”, aqui ele é um Jack insuportavelmente pretensioso e que acha que pode ter tudo o que deseja, Baldwin parece dar o seu máximo em interpretar o tipo masculino machista e arrogante, e o faz com qualidade. Mas o que interessa no filme não são as interpretações de Martin ou Baldwin, e se você está pensando que direi que é a atuação de Meryl Streep está enganado. O que interessa é a química que esses dois atores tem com a protagonista, vivida por Streep. É claro que a dama do drama está fantástica nesse papel, é uma Jane bela, de bem com a vida, mas que está com seus sentimentos todos embolados sem saber para que lado ir. Essa química consiste em que em todos os momentos os olhares de Streep com Martin ou de Streep com Baldwin são sinceros e esse triângulo amoroso se torna algo surpreendente.



Vemos dezenas de filmes, até centenas deles, que são destinados ao público jovem (inevitavelmente, meninas que sonham com o príncipe encantado) em que temos a mesma história chata e sem originalidade, onde garotas entre 14 a 25 anos, que ainda frequentam a escola ou a faculdade, pensam saber o que é o amor. Ver, portanto, o amor e confusões sentimentais de pessoas mais velhas, que já passaram por diversos problemas na vida e estão aptas a falar sobre o que é o amor, o que é amar e o que é sofrer por tudo isso é maravilhoso. Esse filme possui um enredo nada complicado sobre mulheres e homens na meia idade, mas na verdade é uma história sobre todos os sentimentos acerca dos seres humanos, e somente uma coisa os define, seja entre crianças, adultos ou velhos: simplesmente complicados.



Aproveitando o fato de "Simplesmente Complicado" ser distribuído pela Universal resolvi postar uma foto muito interessante que encontrei sobre a evolução do logo da produtora:



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296. DEPOIS DE HORAS, de Martin Scorsese

Sim, isso é uma comédia, mas estamos falando de Martin Scorsese, em uma fase pra lá de animada, portanto o que prevalece é a completa comédia negra. Deliciosamente macabro!
Nota: 8,3 


Título Original: After Hours
Direção: Martin Scorsese
Elenco: Griffin Dunne, Rosanna Arquette, Verna Bloom, Tommy Chong, Linda Fiorentino, Teri Garr, John Heatd
Produção: Robert F. Colesberry, Griffin Dunne, Amy Robinson e Deborah Schindler
Roteiro: Joseph Minion
Ano: 1985
Duração: 97 min.
Gênero: Comédia

Paul está satisfeito com sua simples vida, em uma bela noite ele conhece Marcy em um bar qualquer. A garota loira e simpática, o convida, então para conhecer uma amiga que faz esculturas para servirem de peso para papel. Paul pega o número de Marcy e quando chega em casa liga para ela, a jovem o chama para ir até seu apartamento, o problema é que Paul aceita e vai. Só para começar, o rapaz tem apenas vinte dólares, os quais voam pela janela do taxi. Bom, daqui para frente a noite de Paul será imprevisível, detestável, perigosa e inesquecível.


Scorsese, volto a dizer pela quarta ou quinta vez, é um dos melhores diretores de sua época. Confesso que quando meu pai disse que passaria um filme dele na televisão logo me animei para uma daquelas bombásticas histórias repletas de assassinos, violência e sacanagem. Bom, não que nesse filme não exista tudo isso, existe, mas Martin trata tudo com muita ironia e sempre de forma escrachante e engraçada. Como dizia, eis que sento no sofá e vejo que o filme mais parece uma comédia de sessão da tarde que qualquer outra coisa, “mas muito bem, é um Scorsese”, eu disse a mim mesmo, “vamos em frente”. E não é que realmente o cara faz todo jus à sua fama? Nesse filme vemos claramente seu estilo sarcástico e negro de ser, como o filme todo se passa durante uma noite, tudo parece escuro, principalmente o futuro do protagonista. A idéia de fazer a história em Nova York, onde acontece a maior parte dos filmes do mestre, é fantástica, já que a capital do mundo é conhecida como a cidade que nunca dorme. Durante todo o filme pensei, “que trilha sonora fantástica, parece Howard Shore, mas acho que 1985 é cedo para ele estar em um filme de Martin Scorsese”, pois não é que a divertidíssima trilha sonora é do próprio Shore? Sempre excelente e com a química inigualável com Martin, ele faz seu trabalho com muita competência, como de costume.


Griffin Dunne, que havia atuado até então em filmes como “Uma Janela Para o Céu” (1975), “O Fã - Obsessão Cega” (1981) e “Um Lobisomem Americano em Londres” (1981), vive o coitado Paul, um jovem rapaz que deseja apenas se divertir, mas vê a ruína de sua vida em uma noite que deveria ser pra lá de agradável. Dunne é um ótimo comediante, e consegue nos transmitir os anseios e desejos de sua personagem como poucos comediantes fazem. Com uma vasta carreira em filmes e séries para televisão, Rosanna Arquette é a confusa Marcy, uma bela mulher que enfrenta dezenas de problemas ao mesmo tempo e não consegue decidir que vida deseja realmente levar. A bela Linda Fiorentino é a escultora Kiki Bridges, mais uma personagem repleta de obscuridade e uma vida regada a coisas estranhas.


Comédias geralmente não me atraem, entretanto o que se faz nesse filme é semelhante com o que foi feito em 1992 com o ótimo “A Morte Lhe Cai Bem”. Em ambos os filmes a comédia se torna algo muito mais saboroso e palpável por ser algo bem mais real, ou seja, trata-se de problemas da vida com mais naturalidade e nos faz rir de situações totalmente desagradáveis ou loucas, simplesmente por tratar tudo da forma mais irônica possível. Mais um grande filme de Martin Scorsese, que respeita seu estilo obscuro, sarcástico e, claro, muito bem feito.

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sexta-feira, 25 de maio de 2012

297. COCO ANTES DE CHANEL, de Anne Fontaine

Na tentativa de deixar o filme mais interessante e não mostrar a vida glamorosa da estilista, o filme se perde um pouco e vira um belo romance real.
Nota: 8,0


Título Original: Coco Avant Chanel
Direção: Anne Fontaine
Elenco: Audrey Tautou, Benoît Poelvoorde, Alessandro Nivola, Marie Gillain, Emmanuelle Devos, Régia Royer, Etienne Bartholomeus
Produção: Simone Arnal, Caroline Benjo, Phileppe Carcassome, Carole Scotta
Roteiro: Anne Fontaine, Camille Fontaine e Edmond Charles-Roux (biografia)
Ano: 2009
Duração: 105 min.
Gênero: Drama / Biografia

Coco Chanel, nascida Gabrielle Bonheur Chanel, é, indiscutivelmente, o maior nome feminino da história da moda, provavelmente o maior entre homens e mulheres. Foi ela quem recriou todo um conceito de moda e introduziu calças e outros acessórios tipicamente masculinos no dia a dia das mulheres. Talvez suas maiores criações tenham sido o tailleur, aquele conjunto muito comum hoje composto por casaco e saia, e o típico terninho feminino, uma adaptação do masculino. Durante sua vida passou por diversas dificuldades: foi deixada pelo pai em um orfanato, tentou emprego como cantora e atriz, foi sustentada por um homem que a tratava como um belo prêmio a ser mostrado, conheceu e perdeu o provável amor de sua vida, abriu e fechou suas lojas por motivos particulares, mas fez sucesso e fortuna e se tornou uma das maiores personalidade da história. Com personalidade forte, suas roupas, jóias, sapatos, bolsas são usadas até hoje por mulheres do mundo todo, como atrizes, modelos, políticas, esposas de políticos e empresárias de todos os segmentos, Coco Chanel foi eternizada nos armários e corpos mais bonitos do mundo. Em 1955, a estrela Marilyn Monroe chegou a afirmar que dormia apenas com duas gotinhas do Chanel Nº5, a criação mais famosa da estilista que, considerava o 5 seu número da sorte. Coco Chanel morreu em 1971, com inacreditáveis 87 anos e ainda na ativa, desenhado sua próxima coleção.


“Coco Antes de Chanel” nos revela exatamente isso: a vida da estilista antes de se tornar a grande Coco Chanel. O filme, portanto, busca suas origens desde criança e nos mostra a vida dela passo a passo, sua relação com a irmã Adrienne Chanel, sua história bem estranha com o empresário francês Étienne Balson, seu romance com o bastardo Arthur Capel, suas tentativas de se introduzir na sociedade francesa como uma mulher diferente, o início de suas criações com chapéus, seus primeiro trabalhos, seus momentos de inspiração, seus sofrimentos e suas alegrias. Durante todo o filme, devo advertir, não espere ver a grande Coco Chanel com suas várias lojas e fãs, vemos simplesmente, o que veio antes disso tudo, e, em um desfecho perfeito, Coco sorri, feliz pelo sucesso de seu primeiro desfile.


Anne Fontaine é oriunda de Luxemburgo (sim, esse país existe e existe alguém que veio de lá), dirigiu filmes como “Lavagem a Seco” (1997), “Como Matei meu Pai” (2001), “Em Suas Mãos” (2005) e “A Garota de Mônaco”. Fontaine não faz muito por Chanel, apesar de fazer seu trabalho, ele se prende demais a esse roteiro romântico e acaba não tendo muitas cenas relevantes para mostrar se tem competência ou não, restando apenas belas cenas românticas em que os apaixonados pela estilista a acariciam e fazem promessas a ela. O que novamente se sobre sai é o compositor Alexander Desplat, volto a repetir: um dos melhores compositores atualmente, seu problema está em fazer vários filmes em um curto período de tempo e em ser um francês, esse segundo acaba lhe rendendo poucos prêmios fora do país, já o primeiro o torna apenas um bom compositor. Para se ter uma idéia, em 2009, além desse esteve em mais seis lançamentos. Dentre seus principais trabalhos estão, “A Rainha” (2006), “O Curioso Caso de Benjamin Button” (2008), “O Fantástico Sr. Raposo” (2009), “O Profeta” (2009) e, mais recentemente, “O Discurso do Rei” (2010).


A duplamente indicada ao BAFTA, Audrey Tautou é uma das mais belas atrizes do cinema hoje, seu sucesso se deu por conta do cultuado “O Fabuloso Destino de Amelie Poulain” (2001), daí por diante sua carreira não foi aquele sucesso estrondoso, mas todas suas interpretações valem a pena. Como Chanel ela é brilhante, perfeita, com muita dificuldade diria que em algum momento ela vacila em sua interpretação, é tudo o que se espera de sua personagem, talvez um pouco romântica demais, mas isso é mais uma exigência e falha do roteiro do que da atriz. Seu trabalho talvez somente não seja comparado com o de Marion Cotillard em “Piaf - Um Hino ao Amor” (2007) por que bem no momento em que a história realmente se tornaria digna das criações de Chanel, o filme chega ao seu fim. Tautou está muito bem amparada pelos bons Benoît Poelvoorde, Alessandro Nivola e Marie Gilliain, que vivem, respectivamente, Étienne, Arthur e Adrienne.


Esse filme não mostra com tanta perfeição a vida da estilista Coco Chanel como outras grandes biografias do cinema já mostraram a de outras personalidades, prefere focar na vida romântica da estilista e dar um ar mais belo ao filme do que mostrar as conquistas, aprovações e sacrifícios que fizeram de Gabrielle “Coco” Chanel, a maior estilista de todos os tempos. Tendo em vista, o filme não é nenhuma grande biografia, não é nada digno da grandeza da vida da estilista, mas saborear-se com a belíssima atuação de Tautou é maravilhoso, ela sim, é digna de usar, criar e ser Chanel, afinal, como diria a própria Coco, Chanel é um estilo, estilos não saem de moda, Chanel não sai de moda.

A verdadeira Coco Chanel, e a caracterização minuciosa de Audrey Tautou

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