terça-feira, 10 de abril de 2012

337. BRUNA SURFISTINHA, de Marcus Baldini

Histórias reais sobre meninas que se perdem em meio à vida não desejada da prostituição rendem tristes filmes, aqui a protagonista escolheu essa vida, portanto temos algo bem diferente.
Nota: 6,5



Título Original: Bruna Surfistinha
Direção: Marcus Baldini
Elenco: Deborah Secco, Cássio Gabus Mendes, Drica Moraes, Cristina Lago, Fabiula Nascimento, Guta Ruiz, Luciano Chirolli
Produção: Rodrigo Letier, Marcus Baldini e Roberto Berliner
Roteiro: José Carvalho, Homero Olivetto, Antônia Pellegrino e Raquel Pacheco (romance)
Ano: 2011
Duração: 109 min.
Gênero: Drama

Raquel é inteligente, mas não é muito bonita nem popular no colégio, sua vida anda terrível e a gota d’gua para ela se chatear de vez consigo mesma e jogar tudo pro alto acontece quando ela vai à casa de um colega bonitinho e acaba fazendo sexo oral com ele, ele filma tudo e por ela não terminar o serviço o cara fica revoltado e posta o vídeo na internet. Ao invés da menina conversar com os pais ela rouba as jóias da mãe, vai para uma casa de prostituição, lá a menina descobre como dar prazer a qualquer tipo de homem. Um tempo depois ela é obrigada a deixar o lugar, e é aí que surge a famosa Bruna Surfistinha.


A verdadeira Raquel Pacheco ficou famosa por escrever um blog onde postava todas as suas aventuras sexuais. Nele a profissional atribuía notas a seus clientes (sem falar o nome deles), dizia o que eles haviam feito e fazia mais comentários a cerca de seus programas. Raquel chegou a cobrar trezentos reais para passar a hora com um homem, não é difícil imaginar quanto ela ganhava, afinal imposto sobre a mercadoria não era cobrado e ela chegava a fazer vários programas por dia. Pacheco escreveu um livro, no qual o filme foi baseado, onde conta mais sobre sua vida, “O Doce veneno do Escorpião -  O Diário de uma Garota de Programa” vendeu mais de 250 mil cópias, com base nas histórias de sua vida como prostituta ela lanço mais dois livros. Diretor de nada, além de um documentário, Marcus Baldini nos proporciona um filme abaixo da média do que se consideraria uma boa realização. Claro que o filme nos prende por mostrar “ascensão e queda” da protagonista, além de seu desfecho que particularmente achei totalmente propício para a ideia central da trama, a de que Raquel Pacheco se tornou Bruna Surfistinha por um simples motivo, ela gostava do que fazia, claro que em alguns momentos ela se sentia ultrajada e humilhada, mas no final das contas ela gostava mesmo da vida que levava.
Escolher Deborah Secco para viver a protagonista foi um erro por ela ser muito mais bela e desejável que a real Bruna, e um acerto, pois ela se entrega totalmente a personagem e nos mostra que ela pode fazer qualquer personagem, lembro-me de certo episódio em que a atriz reclamou de apenas oferecerem personagens nesse estilo para ela, mas acredito que ela seja uma boa atriz justo pelo fato de ela interpretar personagens com tanto em comum e fazê-las tão diferentemente umas das outras. Cenas como a com o policial, as que ela se droga e fica “loucona”, os primeiros programas da garota e a passagem menina de colégio para mulher de “puteiro” são pontos fortíssimos papa a atriz. Drica Moraes é a nada agressiva “puta mãe”, a dona do prostíbulo em que Bruna começa a trabalhar, apesar de ela ser muito boa e controlada acho que ela fez aquilo que queriam que ela fizesse, uma das melhores cenas é feita por ela e Secco, onde a personagem de Moraes satiriza dizendo que a menina terá carteira assinada. Cássio Gabus Mendes é o homem gentil por quem Bruna se apaixona no filme, como sempre ele está bem na personagem.
Bruna Surfistinha ficou conhecida por suas habilidades e sua irreverência ao inovar criando um blog para falar sobre seus relacionamentos sexuais, que não eram poucos. Aqui temos uma biografia nada real levando em conta a beleza de Deborah Secco e a amabilidade de Drica Moraes, o filme não é de todo um lixo, mas também pode desagradar muitas pessoas que não gostam do estilo, portanto, à essas pessoas, apenas aconselho que façam como eu faço com comédias juvenis americanas: não assistam a esse filme. Aqueles que não se importam com muita sacanagem, palavrão, obscenidade e que estão curiosos para saber um pouco sobre a vida da maior prostituta brasileira dos últimos anos, vale a pena assisti-lo ao menos uma vez na vida.


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