domingo, 28 de junho de 2015

O GRANDE HOTEL BUDAPESTE, de Wes Anderson

A alegoria de Wes Anderson em um filme de  perseguição e revelações familiares


O lendário Gustave H. trabalha como concierge no famoso Grande Hotel Budapeste. Charmoso e simpático, o concierge tem uma vida agitada, envolvendo-se sexualmente com as hóspedes mais estimadas e distintas, idosas ricas, inseguras, vaidosas, superficiais, carentes e louras. Sempre louras. Eis que sua vida muda com a chegada do jovem Zero Moustafa, o novo garoto de recados. Mas a mudança não vem pela chegada do empregado, e sim pela morte de uma de suas amantes. Milionária e cercada de invejosos e interesseiros, Madame D. é assassinada e o acusado é o próprio Gustave, que recebeu um quadro de valor inestimável como herança.
A aventura escrita e dirigida por Wes Anderson (que teve os escritos de Stefan Zweig como inspiração e a ajuda de Hugo Guinness) é repleta de mistério e confusões. A diferença com outros filmes que segue essa linha é que Anderson e Guinniss criaram uma história metafórica muito concisa. Tudo é contado por Zero Moustafa que, por algum motivo, se tornou o dono do Grande Hotel Budapeste. Décadas depois de conhecer Gustave, Moustafa está hospedado no hotel, quase uma ruína que está prestes a ser demolida. Os anos de grandiosidade do Budapeste já passaram, e ele se tornou apenas um hotel grande demais, com histórias demais, funcionários demais e hóspedes de menos. Um jovem escritor, assim sendo, acaba por ouvir as histórias do rico Zero Moustafa sobre como ele chegou até ali. A narrativa poderia ser cansativa, repetitiva, sem graça e surreal demais. Mas não é. Anderson satiriza filmes de perseguição e mistério com uma sutileza ímpar, sem perder a essência da curiosidade provocada no espectador. Personagens sempre muito diferentes são inseridos e todos parecem ter um espaço necessário na trama que envolve Gustave e Moustafa. Personagens essenciais para que os mistérios sejam resolvidos e para que o desfecho seja preciso.


Esse filme, entretanto, não destoa dos demais trabalhos do diretor. Como “Os Excêntricos Tenenbaums” (2001), “ A Vida Marinha com Steve Zissou” (2004) e “Moonrise Kingdom” (2012). “O Grande Hotel Budapeste” possui direção de fotografia e de arte deslumbrantes. Cada enquadramento parece uma verdadeira obra de arte, como os quadros feitos por grandes pintores muito clássicos que usam cores muito saturadas e específicas à sua maneira, com personagens muito bem centralizados e equilíbrios em todos os sentidos. Geralmente, a câmera está parada ou apenas acompanha os movimentos dos personagens, caracterizando os movimentos (como bruscos ou suaves) conforme a tensão da câmera exige. Os planos são sempre muito simétricos, com os personagens como elementos centrais e objetos (ou personagens secundários) muito bem posicionados ao seu redor, ou detalhes nas paredes e no teto que tragam essa simetria. A direção de fotografia é de Robert D. Yeoman, fotógrafo de dezenas de filmes impressionantes, trabalhando com Wes Anderson em todos os seus longas metragem em live action desde “Pura Adrenalina” (1996), primeiro longa do cineasta.
O contexto clássico referente à arquitetura do hotel ajuda a preservar tal simetria, entretanto, isso também se deve ao trabalho magnífico da direção de arte assinada por Stephen Gessler e supervisionada por Gerald Sullivan. Apesar de esse ser o primeiro trabalho de Gessler e Anderson (Sullivan trabalhou com o diretor em “Moonrise Kingdom”), as caracteríticas visuais dos demais filmes do cineastas são lembradas aqui. A diferença é que Gessler opta por cores mais vibrantes (como vermelho, o roxo, o azul), contrapondo-as ou relacionando-as o tempo todo. Sobre a simetria, pode-se obervar o posicionamento de objetos de forma muito perfeita. Cada cômodo do hotel (desde o pequeno quarto de Zero Mustafa até o grande salão de jantar) são muito harmônicos, o que pode ser verificado a cada quadro. Além disso, o figurino de Milena Canone é um escândalo. Não é para menos, a figurinista assinou as roupas usadas em clássicos como “Laranja Mecânica” (1971), “O Iluminado” (1982), “Entre Dois Amores” (1985) e “O Poderoso Chefão – Parte III” (1990), sendo indicada ao Oscar oito vezes e vencendo em três delas. Cada roupa usada pelas dezenas de personagens apresentados em “O Grande Hotel Budapeste” casam com suas respectivas personalidades e reagem conforme o espaço onde estão. A movimentação dos personagens também é muito precisa e contribui para a perfeição simétrica dos quadros.


Alguns acreditam que a trilha sonora de um filme só é ideal quando ela se torna “invisível”, ou seja, quando o sonoro complementa o visual, não distanciando o espectador daquilo que ele está vendo. Contudo, a sonoridade também não pode passar despercebida, logo, o espectador deve reconhecê-la, mas não ater-se apenas a ela em detrimento do restante da produção. E vise-e-versa. Poucos filmes que tenha assistido nos últimos anos conseguem isso. Em sua grande maioria, compositores pretenciosos demais querem se mostrar tão gloriosos quanto o filme para o qual estão compondo, em outros casos, compositores fracos demais não dão conta do recado e sua trilha não se relaciona direito com o filme, muitas vezes, atrapalhando o resultado final. Ainda existem os longas prejudicados pela fama do compositor, que deixa todas as suas trilhas sonoras muito características. Ao longo de sua carreira, Alexander Desplat tem mostrado que está no grupo dos grandes compositores que, surpreendentemente, se contentam em usar a trilha sonora para destacar as tensões de um filme, revelar o que se passa no interior dos personagens, aqueles que sabem distinguir filmes onde a trilha sonora deve ser um persongem e filmes em que deve acompanhar a narrativa. Aqui, Desplat não faz diferente e traz uma trilha simples, mas que casa com perfeição com o longa.
Wes Anderson conquistou, ao longo dos anos, não apenas a admiração do público e da crítica, mas dos atores com o qual trabalhou (e dos que nunca trabalhou também). Assim sendo, sem dúvida, o diretor reuniu, para este filme, o elenco mais estrelar e competente visto nos últimos anos, onde até mesmo os coadjuvantes que aparecem pouco mais de um minuto são atores renomados. No elenco central, estão Ralph Fiennes (M. Gustave), Tony Revolori (jovem Zero Moustafa), F. Murray Abraham (Zero Moustafa idoso) e Jude Law (jovem escritor). Fiennes é simples, realista, com expressões faciais e corporais que dizem tudo a respeito de seu personagem. Deve-se apontar, também, a forma como o ator consegue sempre deixar claro que o mulherengo Gustave guarda algum grande segredo, que será revelado durante a trama. Tony Revolori atuou em cerca de uma dezena de produtos televisivos e curtas-metragem antes de encarar o jovem Zero. O personagem apresentando pelo ator é engraçado, divertido e se mostra sempre muito eficiente e um verdadeiro amigo. Talvez a principal caracterísitica das interpretações desse longa seja exatamente isso: a naturalidade em meio à alegoria habitual dos filmes de Wes Anderson. Murray Abraham e Jude Law dão o tom da história, ao passo que apresentam, respectivamente, narrador e ouvinte dessa grandem fábula moderna. Dentre os demais destaques do elenco, estão Willem Dafoe e Adrien Brody, como os vilões da história, Edward Norton, como o policial caricato, e Tilda Swinton, como a misteriosa Madame D.



Os filmes de Wes Anderson nunca foram grandes vencedores da premiação do Oscar, o próprio diretor já foi indicado seis vezes nas categorias de melhor filme, melhor direção e melhor roteiro e nunca venceu nenhum deles. O motivo é simples: Anderson foge do comum, o cineasta propõe mundos diferentes do nosso, histórias singulares e que, na cabeça da maioria dos seres humanos, seriam improváveis (ou até impossíveis de acontecer). “O Grande Hotel Budapeste” não foge desse “realismo fantástico” que tanto fascina. Se a discusão permeia sobre qual filme é o melhor filme do ano, podemos propor que se discuta a importância de tantas histórias e estilos diferenciados serem apresentados em um ano como este. “Boyhood”, “Birdman”, “O Grande Hotel Budapeste”, “O Jogo da Imitação”, “Sniper Americano”, por exemplo, são longas que abordam a juventude, a pisiqué, o “reaslismo fantástico”, a vida de um homem que existiu realmente e a guerra no Iraque, todos com estética muito própria, todos filmes interessantes e de destaque. Mas, não há dúvidas de que “Budapeste” se destaque por toda sua genialidade, pelo uso da imagem e do som com tanta sabedoria, por um roteiro magnífico e interpretações memoráveis. Há que se observar, ainda, como é satisfatório saber que Anderson ainda está entre nós para que seus filmes com características muito próprias ainda possam nos consquistar e nos fazer esperar anciosos por seu próximo trabalho.


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sexta-feira, 19 de junho de 2015

TRILHA SONORA ESPECIAL – DIA DO CINEMA BRASILEIRO


Dia 19 de junho - Dia do Cinema Brasileiro 

No dia 19 de junho de 1898, o italiano Afonso Segreto chegou ao Brasil, era a primeira vez que um cinegrafista colocava os pés no país tropical, filmando "Vista da Baía de Guanabara".
No dia 19 de junho, então, comemora-se o Dia do Cinema Brasileiro. Este ano, o blog lembra dez canções que se popularizaram ao fazerem parte de filme consagrados do cinema nacional. São canções originais (compostas para os respectivos filmes) e canções que já eram bem consagradas e voltaram à boca do povo graças aos filmes. Além disso, a lista foi pensada conforme canções que combinem com os filmes e os contextos sociais das realizações. A lista de músicas está em ordem de lançamento dos filmes. O player se encontra no topo da página, logo abaixo da caixa do endereço virtual.
Da esquerda para a direita estão os botões de “faixa anterior”, “pausar/iniciar” e “próxima faixa”; informações sobre a música: o título da música, seu compositor, o filme do qual a música faz parte da trilha sonora e o ano do filme; site que gera o player (SCM Music Player), tempo decorrido e tempo total da música e os botões de volume e da lista de músicas. Confira!

01. A Felicidade (Vinicius de Moraes e Tom Jobim), Orfeu Negro (1959), de Marcel Gomes
Sinopse: Baseado da peça de Vinicius de Moraes, o filme adapta o mito grego do romance de Orfeu e Eurídice para as favelas do Rio de Janeiro, durente a maior festa do mundo, o carnaval. Aqui, Eurídice é uma nordestina que vem fugida para o sudeste, e Orfeu é o malandro carioca boa gente que se apaixona perdidamente, de forma inocente e pura. Como todo romance, os dois não poderão viver sua paixão sem alguns obstáculos.
  
02. Perseguição: Sertão Vai Virar Mar (Sérgio Ricardo), Deus e o Diabo na Terra do Sol (1963), de Glauber Rocha
Sinopse: Manuel e Rosa são um casal que vive no sertão nordestino trabalhando de sol a sol para garantir seu sustento. Certo dia, Manuel conhece um homem, Sebastião, que já está sendo considerado santo pelo povo da região. Esperançoso, Manuel encontra a esposa a esposa que, indiferente, fingi não ouvir uma palavra do marido. Como de costume, o vaqueiro segue seu rumo e leva pouco mais de uma dezena de vacas até um coronel. Chegando lá, Manuel informa que perdeu alguns bichos no meio do caminho. O coronel lhe nega qualquer pagamento, alegando que os animais que morreram eram os de Manuel. Revoltado, o vaqueiro acaba matando o latifundiário. Desesperado e arrependido deste pecado, Manuel corre até Sebastião, pedindo por clemência.

03. Bye, Bye Brasil (Chico Buarque), Bye, Bye Brasil (1979), de Cacá Diegues
Sinopse: A Caravana Rolidei vai de um lado a outro percorrendo o Brasil. À sua frente, está o Lorde Cigano. Salomé, por sua vez, é uma sexy dançarina que chama a atenção de todos. Em uma parada, eis que um jovem acordeonista se apaixona pela dama e implora para seguir com a Caravana. Apesar da beleza lúdica dos artistas muito talentosos da Caravana, a chegada da televisão os ameaça e eles resolvem adentrar os confins da Amazônia. O Brasil se moderniza, e os artistas procuram a civilização que ainda se encante com seu agonizante espetéculo.  

04. Nois Não Usa Bleque Tais (Adoniram Barbosa), Eles Não Usam Black-Tie (1981), de Leon Hirsman
Sinopse: 1980. Cidade de São Paulo. Apaixonados, um jovem operário, Tião, e sua namorada, Maria, descobrem que ela está grávida e decidem se casar e formar uma família. Paralelamente, um movimento grevista para a empresa onde Tião trabalha. Tião, preocupado com o emprego e o futuro de sua família, fura a greve. A consequência, é o conflito com o pai, Otávio, líder sindical que já luta contra os reflexos da Ditadura Militar há anos.


  
05. Preciso Me Encontrar (Cartola), Central do Brasil (1998), de Walter Salles
Sinopse: Dora é uma professora aposentada que escreve cartas para analfabetos e envia algumas delas para fazer um dinheiro extra. Todavia, sua vida mudará completamente quando Ana e Josué pedem para que envie uma carta ao pai do menino, pois Ana morre e Dora se sente responsável por ajudar Josué a encontrar o pai. Para isso, ela e o garoto atravessam centenas de obstáculos rumo ao nordeste, e o maior deles são as próprias frustrações e medos de cada um a cerca do passado, presente e futuro.

06. Bicho de Sete Cabeças (Zé Ramalho, Geraldo Azevedo e Zeca Baleiro), Bicho de Sete Cabeças (2000), de Laís Bodanzky
Sinopse: Neto é trancafiado pelos pais em um hospital psiquiátrico. O motivo? Cometer pequenas rebeldias tão normais pelos jovens, como pichar muros da cidade, usar brinco e fumar maconha. O que os pais de Neto não percebem é que o problema está na relação confusa e distante de pai e filho, e, onde não há nada, fazem “um bicho de sete cabeças”. Neto, uma vez no hospital, conhecerá emoções e horrores, experimentará uma realidade desumana, inimagináveis anteriormente.

07. Imunização Nacional (Que Beleza) (Tim Maia), Durval Discos (2002), de Anna Muylaert
Sinopse: A era do disco fivou no passado, a nova moda é o CD. Entretanto, Durval e sua mãe idosa, Carmita, insistem em permanecer com sua loja de discos de vinil que fica em uma pequena peça na casa onde moram. Durval contrata uma empregada para ajudar Carmita nos afazeres da casa. Célia traz consigo Kiki, sua pequena filha. Dias depois de chegarem, a empregada vai embora e deixa a menina para trás. Durval e Carmita decidem cuidar da criança, mas descobrem segredos das duas que os deixam apreesivos. Dessa apreenção, surgem, também, segredos de mãe e filho e coisas estranhas começam a acontecer.     

08. Convite ara a Vida (Antônio Pinto, Ed Cortez e Seu Jorge), Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles
Sinopse: O jovem Buscapé é um rapaz sonhador que vive na favela Cidade de Deus e acaba realizando seu desejo de ser um fotógrafo. Mas antes disso, Buscapé vive toda a intensidade da favela onde mora observando tudo o que acontece a sua volta. O garoto relembra sua infância, onde era o irmão mais novo de um dos maiores marginais do local. Revela a história de Dadinho (ou Zé Pequeno) e toda a ascensão do tráfico na favela. Nesse contexto, Buscapé revive os passos que o levaram ao destino de se tornar um fotógrafo e mostra como a vida podia ser dura para os favelados entre as décadas de 1960 e 1980 na tão temida Cidade de Deus.

09. Você não me ensinou a te Esquecer (Caetano Veloso), Lisbela e o Prisioneiro (2003), de Guel Arraes
Sinopse: Lisbela é uma jovem sonhadora que adora ver filmes americanos e divaga com os heróis do cinema e suas histórias maravilhosas. Ela está noiva e tem um pai repressor que cuida todos os seus passos. Na pequena cidade onde Lisbela vive, chega o malandro, aventureiro e sonhador Leléu, por quem ela se apaixona. Com grande influência de personagens do sertão nordestino, os dois tentam viver sua paixão ultrapassando obstáculos familiares, sociais e pessoais. Adaptação da peça de teatro homônima de Osman Lins.
   
10. Faroeste Caboclo (Legião Urbana), Faroeste Caboclo (2013), de René Sampaio
Sinopse: São João de Santo Cristo, quando criança, viveu no meio de bandidos e teve a infância reduzida a momentos de violência, muita sexualidade e inveja. Depois de crescer, “Deixou pra trás todo o marasmo da fazenda, só pra sentir no sangue o ódio que Jesus lhe deu”. Assim, foi para a capital brasileira tentar a vida. Mas João era negro, pobre e não tinha nenhum contato político, e experimentou de todo o inferno que Brasilia pode representar àqueles que não estão preparados para o calor muito particular do Planalto Central. Adaptação da famosa canção do grupo Legião Urbana

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quinta-feira, 11 de junho de 2015

DEXTER – Parte III - ESPECIAL “VILÕES”

A cada temporada, algo interessante surge: um assassino em série se torna o principal procurado da Polícia de Miami. Claro que os rituais antes das mortes, a forma como se mata e o destino dado as corpos são os pontos que mais interessam a Dexter. Além disso, cada um deles, não importam os motivos, encaixam-se perfeitamente no Código de Harry, e são alvos em potencial para nosso assassino em série preferido. Acima de tudo, esses personagens ameaçam Dexter, e é isso que faz deles tão odiáveis. Abaixo, confira a lista dos oito principais


Primeira Temporada: Brian Morse (Christian Camargo) lembra Dexter em algo bem particular: o que se faz com o corpo. Assim como Dex, Brian os corta em pedaços, com uma diferença: tira todo o sangue da vítima primeiro. Além disso, fica claro, do começo ao fim, que Morse está provocando Dexter a cada morte realida. Na verdade, ele o faz de forma mais surpreendente do que jamais poderíamos imaginar.
Segunda Temporada: Lila Tournay (Jaime Murray) não se encaixa totalmente no padrão de vilões. Na realida, ela matou apenas duas pessoas (o que já a enquadra no Código), mas o que interessa mesmo é que ela ameaça a vida de Dexter com Rita, e isso não passa despercebido por nenhma pessoa que tenha acompanhado o casal. Para completar, ela torna o protagonista um homem bobo e chato. A interpretação de Murray é enojante e ela fica tão insuportável no personagem que está perfeita.
Terceira Temporada: Miguel Prado, assim como Dexter, possui um passageiro negro dentro de si e ve em Dexter o homem que poderá ensiná-lo a canalizar esses sentidos. Em alguns momento, o personagem nos conquista pelas semelhanças que nos levaram a mar Dexter, entretanto, quando Miguel começa a cometer muitas idiotices e demonstrar que seu passageiro negro toma conta de seu corpo, a ponto de comprometer Dexter, ele se torna insuportável. Smits chegou a ser indicado ao Emmy por sua participação xcelente.
Quarta Temporada: Arhur “Trinity” Mitchell (John Lithgow) também tem algo em comum com Dex: matou dezenas, mas nunca foi pego. E melhor que Dexter: deixa os corpos das pessoas à mostra. Ainda: é um pai de família, um homem trabalhador, honesto, íntegro, um membro da sociedade a cima de qualquer suspeita, mas que amedontra a família, violenta fisicamente o filho, aprisiona a filha no quarto e mata uma pessoa aqui e outra ali. Claro que o personagem tem tudo para ser um demente notório, e um personagem fantástico. O único problema é o fato de ele não ter restrições (justamente a particularidade de Dexter que mais agrada), o que nos faz deixar qualquer remorso de lado. Para completar, Arthut e John também tem algo em comum: ambos são veteranos em seus trabalhos, Arthur matando, John interpretando. E que interpretação magnífica desse homem nada mais que perfeito, vencedor do Globo de Ouro e do Emmy pelo papel.


Quinta Temporada: Jordan Chase (Johnny Lee Miller) é um dos personagem mais bem compostos de toda a série. Um garoto gordinho que sofria bulling que acabou se tornando um grande líder, um homem rico, poderoso e famoso pela venda de livros, CD’s, DVD’s e outras coisas relacionadas a auto-ajuda. Sempre com a mensagem “Take It” (Pegue!), o personagem nos faz ter os piores sentimentos por alguém, pois, além de fazer mal a pessoas (sempre pregando coisas opostas), usa sua lábia para coagir os outros a fazerem o que ele deseja. Miller não é nenhum desses atores premiado ou conhecidos, mas segura muito bem o papel.
Sexta Temporada: Travis Marshall (Colin Hanks) acredita que Deuz lhe deu uma tarefa em nosso mundo: acertar tudo para que o planeta terra tenha um abençado fim dos tempos. Assim sendo, ele mata pessoas seguindo o livro do Apocalipse, como se sua vida, realmente, tivesse sido criada para isso. O esquisofrênico criado por Hanks é um dos personagem mais assutador da série exatamente por estar cutucando as crenças de alguns espectadores e por tratar tudo com muita realidade. Como de costume, o ator escolhido para esse vilão é ótimo.
Sétima Temporada: Isaac Sirko (Ray Stevenson) não é um vilão como os outros conhecidos até aqui. Ele está longe de ser um assassino em série, é bem mais simples que isso: faz parte de uma máfia que não mede esforços para chegar oude deseja.Assim, em momento algum ele é procurado pela polícia. Mas por que então ele figura na lista dos “vilões”? Mais simples ainda: ele quer matar Dexter. O mais surpreendente é que ele deseja fazer isso por vingança, já que Dexter matou seu parceiro, a única pessoa com quem o homem podia ser ele mesmo. Aliado a interpretação de, essa descoberta nos faz sentir afeição pelo personagem, pois ele está em uma situação muito parecida com as que Dexter vem enfrentando desde a morte de Rita até o encontro com Hannah.

Oitava Temporada: Oliver Saxon (Darri Ingolfsson) é um dos assasinos mais discretos de todos. O que interessa, na realidade, é mais a interpretação de Ingolfsson que os fatos acerca do personagem (até por que, se contar muito sobre ele, estragarei as surpresas da trama). O que interessa é que Daniel era um garoto psicótico que acabou matando o irmão e sendo internado pelos pais. Depois de adulto, ele voltou e quer reconcilhação, ou vingança. A forma como Darri apresenta a psicopatia e a frustração relacionada com o abandono dos pais é sublime e os diálogos entre ele e Michael C. Hall fecham essa temporada com dignidade.

As cervejas dos vilões de Dexter
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