A melhor história do assassino, mas longe de ser o melhor filme.
Nota: 7,0
Título Original: Ripley Under Ground
Direção: Roger Spottiswoode
Elenco: Barry Pepper, Jacinda Barrett,
Ian Hart, Claire Forlani, Alan Cumming, Tom Wilkinson, Froçois Marthuret,
Williem Defoe, Douglas Henshall, Peter Serafinowicz
Produção: Antoine, Marco Mehlitz,
Machael Othoven, Stephen Ujlako, William Vince
Roteiro: W. Blake Herron, Donald E.
Westlake e Patricia Highsmith (romance)
Ano: 2005
Duração: 101 min.
Gênero: Thriller / Drama
Tom Ripley está de volta para tentar
continuar sua vidinha cheia de trapaças e roubos. O pintor Derwatt é um dos
maiores pintores contemporâneos do mundo, suas obras estão começando a vender
feito água e seu futuro é o que há de mais promissor na face da terra. Quando
ele pede sua namorada, Heloise, em casamento e é ignorado, ele resolve se
suicidar: bate o carro e morre. O problema é que ainda não era hora de ele
morrer, dessa forma quatro amigos acabam resolvendo mentir que ele está morto
para que suas obras sejam vendidas e eles fiquem ricos: Heloise, o pintor e
amigo Bernard, o agente Jeff e, claro, Tom Ripley.
Thomas Ripley é obra da escritora
norte-americana Patricia Highsmith, que faz um trabalho maravilhoso na
construção da personalidade da personagem. Mais que isso, a escritora forma uma
personalidade para cada indivíduo de sua história, é como se ela realmente soubesse
o quanto as pessoas podem ser como suas criações. Para a autora, bem como para
Ripley, parece não haver limites para que sua obra seja concluída de forma não
menos que satisfatória. Para mim, desde a primeira vez que assisti ao primeiro
filme de Ripley, a personagem é um das maiores criações em termos de grandes
indivíduos criados pelo entretenimento. Esse pode não ser o melhor resultado
das adaptações da personagem, mas a história como um todo é a mais bem escrita
e a que mais prende o espectador entre todas. Apesar de o filme não ser muito
bem feito, as atuações são convincentes, a montagem nos deixa atônitos no fim
de cada cena e o desfecho é algo quase inacreditável
Dessa vez Ripley é vivido por Barry
Pepper, um ator pouco conhecido que parece, no início do filme, ser um fracasso
na pele do assassino, entretanto, não é bem isso que acontece. Em um ou outro
momento ele é menos do que esperamos para Ripley, mas na grande parte do filme
ele possui o sarcasmo, o deboche e a sensualidade necessários para viver um
homem como Tom; além disso, não deixa a peteca cair quando está prestes a ser
pego pela polícia, permanecendo sádico e carismático o tempo todo. Heloise e
Jeff são interpretados por Jacinda Barrett e Alan Cumming, as personagens são
bem parecidas, por isso temos um parecer idêntico para os dois: medrosos que só
pensam em dinheiro, ambos os intérpretes estão ficando loucos pelo dinheiro,
dispostos a tudo, mas ainda fora do controle. O pintor que se passa por
Derwatt, Bernard Sayles , é vivido por Ian Hart, um homem a beira da loucura
que sabe que o que está fazendo é errado, mas que vive com o fantasma de
Derwatt em seus pensamentos, pois o falecido roubou toda a glória que ele
desejava.
Devo confessar que se existem cenas no
cinema que adoro assistir são aquelas em que Tom Ripley mata alguém, pois cada
assassinato parece estar se tornando mais normal, digo, no primeiro filme do
personagem, ele ainda parecia sofrer um pouco ao matar as pessoas, entretanto,
essa característica não pertence mais a ele, e, ao matar, já não vemos mais o
desespero em sua face, parece-me mais que ele está pensando o que terá de fazer
com o corpo ou o quão pesado será carregar o defunto nos braços. Tom Ripley é
uma personagem sem sentimentos, e é isso que o filme prova. Cada morte cometida
por ele ou cada ato, aparentemente, de loucura nos leva a refletir sobre
quantas pessoas no mundo podem parecer normais aos nossos inocentes olhos, mas
que podem ser verdadeiros assassinos, apenas esperando pela oportunidade, pela
presa certa para se revelarem.
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