segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

035. (ESPECIAL OSCAR 2014) ERNEST E CÉLESTINE, de de Stéphane Aubier, Vincent Patar e Benjamin Renner

Uma animação simples e pura que conquistará a todos os corações.
Nota: 8,9



Título Original: Ernest er Célestine
Direção: Stéphane Aubier, Vincent Patar e Benjamin Renner
Elenco: Lambert Wilson, Pauline Brunner, Anne-Marie Loop, Patrice Melennec, Brigitte Virtudes, Léonard Louf, Dominique Maurin, Yann Lemadic, Féodor Atkine, Vincent Grass, Patrice Dozier, Jacques Ciron, Garance Pauwels
Produção: Didier Brunner, Henr Magalon, Stéphen Roelants e Vincent Tavier
Roteiro: Daniel Pennac e Gabielle Vincent (livro)
Ano: 2012
Duração: 80 min.
Gênero: Animação / Drama / Comédia


Ernest e Célestine são dois amigos que vivem em um mundo onde os grandes e perigosos ursos vivem na terra e os ratos vivem no sub-solo. Não existem humanos ou qualquer outro tipo de animal racional. Apenas ursos e ratos pensam e falam. Nesse contexto, os ratos vivem temendo os ursos pelos roedores serem alimento em potencial para os gigantes peludos; e as mamães ursos vivem com medo dos ratos por serem... ratos. O problema é que Ernest e Célestine são um urso e uma ratinha, e as ordens sociais vigentes são bem claras: ursos em cima, ratos em baixo!


Na realidade, a história não é tão simples. Ernest é um urso falido, um desempregado que ganha a vida pedindo esmola para tentar sustentar seu sonho de ser um músico e contador de histórias. Já Célestine, é uma jovem ratinha que está estagiando para se tornar uma dentista, o sonho de qualquer rato. Entretanto, Célestine quer ser uma desenhista, e não há argumento que a faça mudar de ideia. Assim sendo, podemos concluir que tanto o urso quanto a rata são dois animais improváveis no local onde vivem. Ernest não é um urso correto que segue os sonhos de todos os ursos, e, por fome, acaba roubando doces de um urso ambicioso. É claro que o urso não está fazendo nada correto. É condenável, inclusive para a sociedade humana, o roubo. Enquanto ele luta contra seus problemas, Célestine acaba deixando a coleta de dentes de urso que deve fazer para se tornar uma dentista de lado para desenhar. Certo dia, a pequena volta com apenas um dente e o rato chefe deixa claro que se ela não voltar com 50 dentes, é melhor nem voltar. Para que ela fique de bem com seu povo, Ernest ajuda Célestine a roubar os dentes da loja da esposa do doceiro. Ernest ainda ajuda a ratinha a levar os dentes para o subsolo e acaba sendo descoberto. E é aí que a coisa fica feia.



Como não nos apaixonarmos por Ernest e Célestine? Mas como defendê-los sabendo que eles estão fazendo coisas erradas? Apavoramo-nos a cada instante onde achamos que existe alguma possibilidade de os personagens serem pegos pela polícia. Além disso, não é preciso a trama avançar muito para percebermos que os personagens são deslocados da sociedade em que vivem. E pior: sofrem preconceito por quererem deixar de ser alienados e seguir caminhos diferentes daquilo que a sociedade pré determina. Em uma das falas mais fortes que tenho lembrança de ter assistido nos últimos filmes que vi é dita pelo juiz dos Ursos: “Ninguém questiona os fundamentos de nossa sociedade”. Quantas vezes nós, humanos, sofremos preconceito por questionarmos fundamentos, crenças e morais ultrapassadas? E ao que podemos resumir a história da sociedade se ela não fosse escrita por questionamentos? Nesse contexto, o mais belo que esse longa indicado ao Oscar de melhor animação (e com uma das trilhas sonoras mais belas do ano, composta por Vincent Courtois) faz por qualquer um é mostrar que ainda há a necessidade de rebeliões, revoluções e manifestações, ainda mais se elas forem feitas em prol do avanço social e da amizade.

VENCEDORES DOS PRÊMIOS DOS CRÍTICOS DE FILME DE DENVER
Melhor Filme: Gravidade
Melhor Direção: Alfonso Cuarón, por Gravidade
Melhor Ator: Matthew McConaughey, por Dallas Buyers Club
Melhor Atriz: Cate Blanchett, por Blue Jasmine
Melhor Ator Coadjuvante: Jared Leto, por Clube de Compras Dallas
Melhor Atriz Coadjuvante: Jennifer Lawrence, por Trapaça
Melhor Animação: Frozen
Melhor Filme de Ficção ou Terror: Gravidade
Melhor Comédia: É o Fim
Melhor Roteiro Original: David O. Russell e Eric Singer, por Trapaça
Melhor Roteiro Adaptado: Terence Winter, por O Lobo de Wall Street
Melhor Documentário: The act of Killing
Melhor Canção: Robert Lopez e Kristen Anderson-Lopez, por “Let it Go”, de “Frozen”
Melhor Trilha Sonora: Steven Price, por Gravidade
Melhor Filme Estrangeiro: O Grande Mestre

VENCEDORES DOS PRÊMIOS DA SOCIEDADE NACIONAL DE CRÍTICOS DE FILMES: 
Melhor Filme: Inside Llewyn Davis
Melhor Realizador: Joel Coen e Ethan Coen, por Inside Llewyn Davis
Melhor Ator: Oscar Isaac, por Inside Llewyn Davis
Melhor Atriz: Cate Blanchett, por Blue Jasmine
Melhor Ator Secundário: James Franco, por Spring Breakers
Melhor Atriz Secundária: Jennifer Lawrence, por Trapaça
Melhor Roteiro: Richard Linklater, Ethan Hawke e Julie Delpy, por Antes da Meia Noite
Melhor Filme Estrangeiro: La vie d’Adèle: Chapitres 1 et 2 (França)
Melhor Filme de Não-Ficção: The Act of Killing, de At Berkeley
Melhor Fotografia: Bruno Delbonnel, por Inside Llewyn Davis
Melhor Filme Sem Distribuição nos EUA: Stray Dogs e Hide Your Smiling Faces

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