sexta-feira, 19 de junho de 2015

TRILHA SONORA ESPECIAL – DIA DO CINEMA BRASILEIRO


Dia 19 de junho - Dia do Cinema Brasileiro 

No dia 19 de junho de 1898, o italiano Afonso Segreto chegou ao Brasil, era a primeira vez que um cinegrafista colocava os pés no país tropical, filmando "Vista da Baía de Guanabara".
No dia 19 de junho, então, comemora-se o Dia do Cinema Brasileiro. Este ano, o blog lembra dez canções que se popularizaram ao fazerem parte de filme consagrados do cinema nacional. São canções originais (compostas para os respectivos filmes) e canções que já eram bem consagradas e voltaram à boca do povo graças aos filmes. Além disso, a lista foi pensada conforme canções que combinem com os filmes e os contextos sociais das realizações. A lista de músicas está em ordem de lançamento dos filmes. O player se encontra no topo da página, logo abaixo da caixa do endereço virtual.
Da esquerda para a direita estão os botões de “faixa anterior”, “pausar/iniciar” e “próxima faixa”; informações sobre a música: o título da música, seu compositor, o filme do qual a música faz parte da trilha sonora e o ano do filme; site que gera o player (SCM Music Player), tempo decorrido e tempo total da música e os botões de volume e da lista de músicas. Confira!

01. A Felicidade (Vinicius de Moraes e Tom Jobim), Orfeu Negro (1959), de Marcel Gomes
Sinopse: Baseado da peça de Vinicius de Moraes, o filme adapta o mito grego do romance de Orfeu e Eurídice para as favelas do Rio de Janeiro, durente a maior festa do mundo, o carnaval. Aqui, Eurídice é uma nordestina que vem fugida para o sudeste, e Orfeu é o malandro carioca boa gente que se apaixona perdidamente, de forma inocente e pura. Como todo romance, os dois não poderão viver sua paixão sem alguns obstáculos.
  
02. Perseguição: Sertão Vai Virar Mar (Sérgio Ricardo), Deus e o Diabo na Terra do Sol (1963), de Glauber Rocha
Sinopse: Manuel e Rosa são um casal que vive no sertão nordestino trabalhando de sol a sol para garantir seu sustento. Certo dia, Manuel conhece um homem, Sebastião, que já está sendo considerado santo pelo povo da região. Esperançoso, Manuel encontra a esposa a esposa que, indiferente, fingi não ouvir uma palavra do marido. Como de costume, o vaqueiro segue seu rumo e leva pouco mais de uma dezena de vacas até um coronel. Chegando lá, Manuel informa que perdeu alguns bichos no meio do caminho. O coronel lhe nega qualquer pagamento, alegando que os animais que morreram eram os de Manuel. Revoltado, o vaqueiro acaba matando o latifundiário. Desesperado e arrependido deste pecado, Manuel corre até Sebastião, pedindo por clemência.

03. Bye, Bye Brasil (Chico Buarque), Bye, Bye Brasil (1979), de Cacá Diegues
Sinopse: A Caravana Rolidei vai de um lado a outro percorrendo o Brasil. À sua frente, está o Lorde Cigano. Salomé, por sua vez, é uma sexy dançarina que chama a atenção de todos. Em uma parada, eis que um jovem acordeonista se apaixona pela dama e implora para seguir com a Caravana. Apesar da beleza lúdica dos artistas muito talentosos da Caravana, a chegada da televisão os ameaça e eles resolvem adentrar os confins da Amazônia. O Brasil se moderniza, e os artistas procuram a civilização que ainda se encante com seu agonizante espetéculo.  

04. Nois Não Usa Bleque Tais (Adoniram Barbosa), Eles Não Usam Black-Tie (1981), de Leon Hirsman
Sinopse: 1980. Cidade de São Paulo. Apaixonados, um jovem operário, Tião, e sua namorada, Maria, descobrem que ela está grávida e decidem se casar e formar uma família. Paralelamente, um movimento grevista para a empresa onde Tião trabalha. Tião, preocupado com o emprego e o futuro de sua família, fura a greve. A consequência, é o conflito com o pai, Otávio, líder sindical que já luta contra os reflexos da Ditadura Militar há anos.


  
05. Preciso Me Encontrar (Cartola), Central do Brasil (1998), de Walter Salles
Sinopse: Dora é uma professora aposentada que escreve cartas para analfabetos e envia algumas delas para fazer um dinheiro extra. Todavia, sua vida mudará completamente quando Ana e Josué pedem para que envie uma carta ao pai do menino, pois Ana morre e Dora se sente responsável por ajudar Josué a encontrar o pai. Para isso, ela e o garoto atravessam centenas de obstáculos rumo ao nordeste, e o maior deles são as próprias frustrações e medos de cada um a cerca do passado, presente e futuro.

06. Bicho de Sete Cabeças (Zé Ramalho, Geraldo Azevedo e Zeca Baleiro), Bicho de Sete Cabeças (2000), de Laís Bodanzky
Sinopse: Neto é trancafiado pelos pais em um hospital psiquiátrico. O motivo? Cometer pequenas rebeldias tão normais pelos jovens, como pichar muros da cidade, usar brinco e fumar maconha. O que os pais de Neto não percebem é que o problema está na relação confusa e distante de pai e filho, e, onde não há nada, fazem “um bicho de sete cabeças”. Neto, uma vez no hospital, conhecerá emoções e horrores, experimentará uma realidade desumana, inimagináveis anteriormente.

07. Imunização Nacional (Que Beleza) (Tim Maia), Durval Discos (2002), de Anna Muylaert
Sinopse: A era do disco fivou no passado, a nova moda é o CD. Entretanto, Durval e sua mãe idosa, Carmita, insistem em permanecer com sua loja de discos de vinil que fica em uma pequena peça na casa onde moram. Durval contrata uma empregada para ajudar Carmita nos afazeres da casa. Célia traz consigo Kiki, sua pequena filha. Dias depois de chegarem, a empregada vai embora e deixa a menina para trás. Durval e Carmita decidem cuidar da criança, mas descobrem segredos das duas que os deixam apreesivos. Dessa apreenção, surgem, também, segredos de mãe e filho e coisas estranhas começam a acontecer.     

08. Convite ara a Vida (Antônio Pinto, Ed Cortez e Seu Jorge), Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles
Sinopse: O jovem Buscapé é um rapaz sonhador que vive na favela Cidade de Deus e acaba realizando seu desejo de ser um fotógrafo. Mas antes disso, Buscapé vive toda a intensidade da favela onde mora observando tudo o que acontece a sua volta. O garoto relembra sua infância, onde era o irmão mais novo de um dos maiores marginais do local. Revela a história de Dadinho (ou Zé Pequeno) e toda a ascensão do tráfico na favela. Nesse contexto, Buscapé revive os passos que o levaram ao destino de se tornar um fotógrafo e mostra como a vida podia ser dura para os favelados entre as décadas de 1960 e 1980 na tão temida Cidade de Deus.

09. Você não me ensinou a te Esquecer (Caetano Veloso), Lisbela e o Prisioneiro (2003), de Guel Arraes
Sinopse: Lisbela é uma jovem sonhadora que adora ver filmes americanos e divaga com os heróis do cinema e suas histórias maravilhosas. Ela está noiva e tem um pai repressor que cuida todos os seus passos. Na pequena cidade onde Lisbela vive, chega o malandro, aventureiro e sonhador Leléu, por quem ela se apaixona. Com grande influência de personagens do sertão nordestino, os dois tentam viver sua paixão ultrapassando obstáculos familiares, sociais e pessoais. Adaptação da peça de teatro homônima de Osman Lins.
   
10. Faroeste Caboclo (Legião Urbana), Faroeste Caboclo (2013), de René Sampaio
Sinopse: São João de Santo Cristo, quando criança, viveu no meio de bandidos e teve a infância reduzida a momentos de violência, muita sexualidade e inveja. Depois de crescer, “Deixou pra trás todo o marasmo da fazenda, só pra sentir no sangue o ódio que Jesus lhe deu”. Assim, foi para a capital brasileira tentar a vida. Mas João era negro, pobre e não tinha nenhum contato político, e experimentou de todo o inferno que Brasilia pode representar àqueles que não estão preparados para o calor muito particular do Planalto Central. Adaptação da famosa canção do grupo Legião Urbana

Confira o especial do blog com as críticas, as notícias e as outras postagens relacionadas ao Cinema Brasileiro aqui!

ACESSE NOSSA PÁGINA NO YOUTUBE:

quinta-feira, 11 de junho de 2015

DEXTER – Parte III - ESPECIAL “VILÕES”

A cada temporada, algo interessante surge: um assassino em série se torna o principal procurado da Polícia de Miami. Claro que os rituais antes das mortes, a forma como se mata e o destino dado as corpos são os pontos que mais interessam a Dexter. Além disso, cada um deles, não importam os motivos, encaixam-se perfeitamente no Código de Harry, e são alvos em potencial para nosso assassino em série preferido. Acima de tudo, esses personagens ameaçam Dexter, e é isso que faz deles tão odiáveis. Abaixo, confira a lista dos oito principais


Primeira Temporada: Brian Morse (Christian Camargo) lembra Dexter em algo bem particular: o que se faz com o corpo. Assim como Dex, Brian os corta em pedaços, com uma diferença: tira todo o sangue da vítima primeiro. Além disso, fica claro, do começo ao fim, que Morse está provocando Dexter a cada morte realida. Na verdade, ele o faz de forma mais surpreendente do que jamais poderíamos imaginar.
Segunda Temporada: Lila Tournay (Jaime Murray) não se encaixa totalmente no padrão de vilões. Na realida, ela matou apenas duas pessoas (o que já a enquadra no Código), mas o que interessa mesmo é que ela ameaça a vida de Dexter com Rita, e isso não passa despercebido por nenhma pessoa que tenha acompanhado o casal. Para completar, ela torna o protagonista um homem bobo e chato. A interpretação de Murray é enojante e ela fica tão insuportável no personagem que está perfeita.
Terceira Temporada: Miguel Prado, assim como Dexter, possui um passageiro negro dentro de si e ve em Dexter o homem que poderá ensiná-lo a canalizar esses sentidos. Em alguns momento, o personagem nos conquista pelas semelhanças que nos levaram a mar Dexter, entretanto, quando Miguel começa a cometer muitas idiotices e demonstrar que seu passageiro negro toma conta de seu corpo, a ponto de comprometer Dexter, ele se torna insuportável. Smits chegou a ser indicado ao Emmy por sua participação xcelente.
Quarta Temporada: Arhur “Trinity” Mitchell (John Lithgow) também tem algo em comum com Dex: matou dezenas, mas nunca foi pego. E melhor que Dexter: deixa os corpos das pessoas à mostra. Ainda: é um pai de família, um homem trabalhador, honesto, íntegro, um membro da sociedade a cima de qualquer suspeita, mas que amedontra a família, violenta fisicamente o filho, aprisiona a filha no quarto e mata uma pessoa aqui e outra ali. Claro que o personagem tem tudo para ser um demente notório, e um personagem fantástico. O único problema é o fato de ele não ter restrições (justamente a particularidade de Dexter que mais agrada), o que nos faz deixar qualquer remorso de lado. Para completar, Arthut e John também tem algo em comum: ambos são veteranos em seus trabalhos, Arthur matando, John interpretando. E que interpretação magnífica desse homem nada mais que perfeito, vencedor do Globo de Ouro e do Emmy pelo papel.


Quinta Temporada: Jordan Chase (Johnny Lee Miller) é um dos personagem mais bem compostos de toda a série. Um garoto gordinho que sofria bulling que acabou se tornando um grande líder, um homem rico, poderoso e famoso pela venda de livros, CD’s, DVD’s e outras coisas relacionadas a auto-ajuda. Sempre com a mensagem “Take It” (Pegue!), o personagem nos faz ter os piores sentimentos por alguém, pois, além de fazer mal a pessoas (sempre pregando coisas opostas), usa sua lábia para coagir os outros a fazerem o que ele deseja. Miller não é nenhum desses atores premiado ou conhecidos, mas segura muito bem o papel.
Sexta Temporada: Travis Marshall (Colin Hanks) acredita que Deuz lhe deu uma tarefa em nosso mundo: acertar tudo para que o planeta terra tenha um abençado fim dos tempos. Assim sendo, ele mata pessoas seguindo o livro do Apocalipse, como se sua vida, realmente, tivesse sido criada para isso. O esquisofrênico criado por Hanks é um dos personagem mais assutador da série exatamente por estar cutucando as crenças de alguns espectadores e por tratar tudo com muita realidade. Como de costume, o ator escolhido para esse vilão é ótimo.
Sétima Temporada: Isaac Sirko (Ray Stevenson) não é um vilão como os outros conhecidos até aqui. Ele está longe de ser um assassino em série, é bem mais simples que isso: faz parte de uma máfia que não mede esforços para chegar oude deseja.Assim, em momento algum ele é procurado pela polícia. Mas por que então ele figura na lista dos “vilões”? Mais simples ainda: ele quer matar Dexter. O mais surpreendente é que ele deseja fazer isso por vingança, já que Dexter matou seu parceiro, a única pessoa com quem o homem podia ser ele mesmo. Aliado a interpretação de, essa descoberta nos faz sentir afeição pelo personagem, pois ele está em uma situação muito parecida com as que Dexter vem enfrentando desde a morte de Rita até o encontro com Hannah.

Oitava Temporada: Oliver Saxon (Darri Ingolfsson) é um dos assasinos mais discretos de todos. O que interessa, na realidade, é mais a interpretação de Ingolfsson que os fatos acerca do personagem (até por que, se contar muito sobre ele, estragarei as surpresas da trama). O que interessa é que Daniel era um garoto psicótico que acabou matando o irmão e sendo internado pelos pais. Depois de adulto, ele voltou e quer reconcilhação, ou vingança. A forma como Darri apresenta a psicopatia e a frustração relacionada com o abandono dos pais é sublime e os diálogos entre ele e Michael C. Hall fecham essa temporada com dignidade.

As cervejas dos vilões de Dexter
ACESSE NOSSA PÁGINA NO YOUTUBE:

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A PRIMEIRA SESSÃO DE CINEMA NA FAIXA DE GAZA

A Faixa de Gaza recebe o primeiro Festival de cinema ao ar livre do mundo e alerta para as violações dos diretios humanos que seu povo vem sofrendo.


Confira o vídeo sobre o evento.

Território importante no Oriente Médio desde a era Mesopotâmica, a Faixa de Gaza foi dominada pelo Império Otomano até a Primeira Guerra Mundial. Em 1948, a ONU declarou o Estado de Israel e refugiados – que se identificavam como palestinos – passaram a habitar a região. Em 1950, entretanto, passou a ser controlada pelo Egito, que representava os interesses palestinos. Sete anos depois, com a Guerra dos Seis Dias, Israel tomou a Faixa de Gaza e se recusou a devolver o território aos palestinos. Desde então, as guerras na região não cessam e aumentam a cada ano. No ano passado, por exemplo, Hamas e Israel aceitaram um acordo de trégua,  findando uma guerra de 50 dias que teve cerca de 2.230 mortes, sendo 2.157 do lado palestino.
Durante os últimos meses, apesar de a guerra ter acabado, ainda existem bombas espalhadas por toda a região e muitas pessoas continuam desabrigadas, uma vez que os custos para a recuperção são muito altos. Em meio a tantas tragédias e escombros, nos últimos dias, enquanto acontecia o prestigiado Festival de Cannes na França, um grupo também chamou a atenção ao realizar um Festival de Cinema no distrito de Shujaiyeh, na Faixa de Gaza. Devastado pelos conflitos, o distrito recebeu um tapete vermelho simbólico e uma tela foi instalada ao ar livre para que espectadores pudessem conferir as 28 produções apresentadas. O evento durou três dias – sábado (16), domingo (17) e segunda (18) -  e, segundo os organizadores, recebeu milhares de pessoas. 
Segundo Khalil Al-Muzayan, cineasta palestino, “Deixar que o povo, especialmente o que perderam seus lares, caminhe pelo tapete vermelho é um símbolo. Queríamos enviar a mensagem para dizer que os reis e presidentes e as estrelas do cinema não são mais importantes que os pobres residentes que ainda sofrem por estarem deslocados”. Mais que isso, o Festival de Cinema Karama Gaza, como foi denominado, levou ao povo 28 filmes que tinham os direitos humanos como temática e que foram selecionados entre 160 filmes do mundo todo, a maioria de países árabes. Com essa curadoria, o festival lembra que existem pessoas lutando pelos direitos de todos e estimula os palestinos a não desistirem da terra em que vivem.
Além disso, o festival lembra aos palestinos a necessidade de se cobrar as ajudas prometidas por países de todo o globo. Para Al-Muzayan, a importância de se começar o festival em Shujaiyeh, o distrito mais afetado pela guerra, serve “para enviar uma mensagem ao mundo de que chegou o momento de começar o processo de reconstrução prometido pelos doadores internacionais e ajudar dezenas de milhares de mulheres e crianças deslocadas a retornar a seus lares.” O evento foi realizado em paralelo ao Festival Karama de Direitos Humanos de Amã (Jordânia) e pretende “lançar uma mensagem de paz e uma chamada ao fim das violações de direitos humanos na Palestina”, apontou Fayek Jarada, organizador do evento e cineasta.
Para Efe Salah Abdulati, diretor da ONG palestina Corporação Independente pelos Diretos Humanos, “Este festival é o primeiro deste tipo feito em território palestino e representa um laço entre a arte e a realidade”. O evento foi realizado ao ar livre, em meio aos escombros das casas da população e foi elogiado por Abdulati por colocar “um foco sobre o sofrimento do povo de Gaza, especialmente durante a última agressão israelense”. Aproximando a população do evento, Essam al-Hilu foi o encarregado de abrir a cerimônia. Ele perdeu sua casa no distrito e 11 irmãos durante o conflito. O povo palestino recebeu o festival de braços abertos para mostrar ao mundo que permanecem em pé e fortes.
Para realizar o evento, além de ter cuidado com as bombas, os organizadores tiveram que carregar um arsenal de cabos de energia. O tapete pelo qual cada espectador passou foi estendido ao ar livre. Foi ao ar livre, também, que o festival foi realizado, sendo um estreante nesse tipo de evento. Ainda segundo Jarada, “Fazer um festival assim na Faixa de Gaza, que vive sob o bloqueio e a destruição há tantos anos, mostra a parte humana e cultural de Gaza e cria um estado de comunicação com o mundo através da janela do cinema.” Assim, no último final de semana, uma região que já sofreu inúmeras violações dos diretios humanos assiste, novamente, a uma sessão de cinema. A sétima arte volta a uma região que teve seu último cinema fechado na década de 1980 para alertar o mundo das doenças que o planeta sofre.   

ACESSE NOSSA PÁGINA NO YOUTUBE:

quinta-feira, 21 de maio de 2015

A LIBERDADE DE EXPRESSÃO E ESCOLHA NA MOSTRA DE CURTAS DO II SEMPÓSIO DE GÊNERO E SEXUALIDADE

Saiba mais: https://www.facebook.com/levsufms
https://sigesex.wordpress.com/
 Durante os dias 20, 21 e 22, realiza-se, no Anfiteatro do Complexo Multiuso Dercir Pedro Oliveira do Campus de Campo Grande da Universidade do Mato Grosso do Sul, o II Simpósio de Gênero e Sexualidade (Sigesex) – Corpos Vigiados e a Laicidade do Estado. O Sigesex é realizado pelo Laboratório de Estudos de Violência e Sexualidade da UFMS e neste ano conta com as seguintes atividades: conferência de abertura, mesas redondas, grupos de trabalhos, mostra de curtas, atividades culturias e festa de encerramento. O blog, portanto, faz uma análise dos filmes apresentados na mostra de curtas na tarde dessa quinta-feira , relacionando-os com as outras atividades do Simpósio acompanhadas por mim.
O primeiro filme foi Nem te conto, realizado de forma coletiva na cidade de Campinas (SP) e que se apresenta como um vídeo-documentário sobre a criação, produção e divulgação de um material educativo (Zine Nem te Conto) destinado a adolescentes gays e travestis que aborda o uso da camisinha – a proteção sexual contra DST’s – de forma criativa e muito próxima desse público alvo. O filme é mais um informativo, algo que se aproxima de vídeos educacionais apresentados na escola. A diferença – o que faz o filme se destacar – é a forma como esse informativo é abordado: são mostrados os próprios gays e travestis deixando suas criatividades fluirem para a criação desse material educativo feito, dessa vez, por pessoas que compreendem muito bem a cabeça desse público alvo, e não por homens, cis, héteros, brancos que ocupam o congresso de forma absurda, por exemplo.


Nesse contexto, com uma câmera na mão curiosa e ágil, mas, ao mesmo tempo, atenta aos detalhes das criações dos jovens, somos levados ao espaço onde estão esses jovens a fim de compreender a necessidade desse tipo de informação. De forma descontraída, gays e travestis relatam o que já viveram e admitem como o uso da camisinha é necessário. Segundo o professor Tiago Duque, que acompanhou a produção do curta em 2008 e que hoje dá aulas na UFMS, a ideia era descontruir o fascimo acerca do uso da camisinha provocado por entidades governamentais. Para ele, não se deve estrapolar e qualificar o não uso do preservativo como um crime, e sim, mostrar, de forma descontraída, que isso é necessário para que a saúde do jovem seja garatida. O filme é uma ótima pedida para substituir aqueles panfletos repetitivos e sem graça destribuídos pelos orgãos governamentais responsáveis pela saúde da população brasileira.
A apresentação de filmes seguiu com um curta que mais se aproxima de uma coletânea de informações para denunciar o preconceito no Brasil, comparando-o ao preconceito extremista que a Rússia mantem até hoje. Para isso, Ramiro Rodrigues, retoma, em Clareira, a história de duas competidoras russas de atletismo que se beijaram na boca após ganherem um campeonato. O governo logo reagiu dizendo que aquilo era apenas uma forma de comemoração. As atletas tiveram de se manifestar e esclarecer que o governo estava certo, e que as duas não eram companheiras. Paralelamente a esse relato, o filme mostra cenas desgastantes recorrentes nos últimos anos em que políticos como Silas Malafaia e Jair Bolsonaro eram protagonistas e deixavam claro que sua homofobia não tem limites. Clareira é um filme simples, mas uma coletânea importante para alertar ao Brasil que se os ideias não forem repensados, em um futuro próximo seremos tão extremistas e hipócritas quanto a Rússia. No final do curta, um manifesto contra o calar social, onde um ser humano costura a própria boca alertando como a comunidade LGBT vem sendo agredida verbalmente e como ela é forçada a se calar. Quem deveria ficar calado afinal?


O último filme da sessão foi Ana, curta de Breno Benetti Correa, sobre uma jovem que se liberta de suas prisões muito pessoais. Lembrando o cineasta Ingmar Bergman, Ana está vestindo uma máscara – sua persona – durante toda a vida. Como nos filmes do sueco, entretnato, a alma da jovem vem à tona e ela começa a descobrir os prazeres e as verdades sobre seu próprio corpo. Assim, Ana se liberta e se deixa levar pela natureza e pela dança. O filme é construído de forma muito delicada: essas três fases (perturbação, descoberta e libertação) possuem fotografias e sons muito distintos. O filme inicia preto e branco, com uma música simples e que se destaca pouco em comparação aos planos detalhe do corpo desesperado de Ana; com as descobertas, vê-se o inferno particular da protagonista em um espaço interno pouco iluminado e o fogo, em primeiro plano, traz cor e vida ao filme, a música é impactante e muito presente; por fim, durante a libertação, a fotografia é muito bem iluminda, externa e com músicas batucadas que lembram um pouco o Candomblé – que também parece ser referenciado com a presença da água, da terra, do fogo e do ar, os elementos naturais.
Apesar de uma narração em off da protagonista desnecessária – o filme se resolvia apenas com imagens e efeitos sonoros – a narrativa clássica é trabalhada por Breno de forma surrealista e muito lúdica. A câmera, apesar de não se mover e não trazer nenhum tipo de artificio como o zoom in/out ou travelling, apresenta enquadramentos muito estéticos, bem pensados. Críticas aos preconceitos e ao conservadorismo, negação dos padrões, defesa da expressão e da liberdade em qualquer instância, a busca por respostas a recorrentes perguntas do ser humano estão nesse filme, escrachadas ou apresentadas de forma sutil, singela, com cuidado. Ao contrário dos filmes clássicos, onde as expressões faciais diziam tudo sobre o que o personagem sentia, aqui segue-se a proposta de alguns fimes independentes das décadas de 1960 a 1980, onde o corpo ganha grande importância frente à câmera, com seus movimentos e formas.


Defendendo e enaltecendo as lutas e a importância dos direitos humanos e da diversidade – de genero, de cor, de raça, de sexo e qualquer outra – os filmes apresentados pelo II Simpósio de Gênero e Sexualidade são ricos em recursos estilíticos audiovisuais ao passo que atendem às espectativas na tentativa de atingir um certo público alvo com um determinado produto. Um utiliza o recurso de um certo amadorismo, mas de quem sabe como ser um “amador profissional”; outro seleciona produtos já vinculados para comparar dois países; e o último usa da ficção e de uma estética muito bem elaborada para explorar os temas anteriormente citados  Socialmente, os filmes se destacam pela importância dada ao ser humano e, sobretudo, pela importância dada às escolhas de todxs. É a sétima arte servindo, mais uma vez, de meio de expressão de seres humanos muitas vezes calados pela sociedade, mas que insistem em gritar e serem ouvidos.

ACESSE NOSSA PÁGINA NO YOUTUBE:

terça-feira, 19 de maio de 2015

DEXTER – Parte II - PERSONAGENS

O elenco da série Dexter é composto por atores que atingiram a fama graças a essa série. Abaixo, confira quem são os principais personagens e seus intérpretes.   


Dexter Morgan (Michael C. Hall)

Dexter Morgan (Michael C. Hall): O protagonista de série, depois de tudo o que foi dito, dispensa apresentações. Destaco, portanto, apenas a interpretação incrível de Michael C. Hall. Não restam dúvidas quanto às dificuldades que um ator pode encontrar quando se depara com um assassino em série como seu personagem, ainda mais quando se vive esse personagens durante oito anos. Entretanto, C. Hall leva a série nas costas com uma competência inimaginável: é estimulante como o Dexter assassino, cativante como o Dexter pai de família, insuportável como o Dexter que se diexa levar pelos desejos, instigante como o Dexter analista de sangue e curioso como o Dexter psicopata que começa a desenvolver sentimentos.
Debra Morgan (Jennifer Carpenter): Debra e Jennifer tem algo em comum que auxilia na interpretação chamativa da atris: ambas crescem durante a trama. Mais: ao mesmo tempo em que o personagem e a atriz amadurecem, Debra ganha mais espaço e conquista cada vez mais o público, popularizando o trabalho da atriz. A Debra confusa e impulsiva que nos incomodava na primeira temporada, episódio a episódio, passa a ser um dos personagem mais humanos e adoráveis do últimos anos.


Debra Morgan (Jennifer Carpenter)
Rita Bennett (Julie Benz): Rita é a mulher que acompanha Dexter desde o início da trama. Deb a conheceu quando ela ligou para a emergência alegando que havia sido espancada pelo marido. Debra viu que ela e Dexter tinham algo em comum (problemas) e resolveu apresentar um ao outro. Rita é outra personagem que qualquer fã da série se apaixona. Julie Benz é a típica mãe de família bacana, uma mulher que já passou por muitas coisas e hoje é mais sensata, calma e tenta ver o lado positivo da vida. Benz consegue a façanha de não tornar esse tipo de personagem chata e clichê demais.  
Harry Morgan (James Remar): Mais uma vez, existe uma semelhança entre personagens: ambos são veteranos da vida. Enquanto Harry é um veterano da polícia, James é um veterano na televisão, o que contribui para que a interpretação seja arrasadora. Além disso, depois de algumas temporadas, Dexter revela seu lado esquisofrênico e começa a ver e a conversar com o pai que morreu há duas décadas. As raras aparições de Remar fazem de seu personagem uma chave para todo o contexto e não deixam com que ele fique muito chato ou repetitivo em flash backs ótimos, mas que um dia começam a incomodar.
Angel Batista (David Zayas): O personagem é o retrato de um homem normal, pai de família que está passando por um divórcio complicado. Angel ainda se torna alcoólatra, mas mostra que qualquer homem pode ser mais forte que seus vícios. Para completar, o modo carinhoso como o personagem é apresentado e a forma como trata todos seus colegas, torna Angel um dos personagens mais queridos da série. Zayas parece ter se adaptado ao personagem desde o início, sendo raros os momentos de decepção.
Maria LaGuerta (Lauren Vélez): LaGuerta é uma mulher durona que faz de tudo para ter o que deseja. Apesar de não ser a melhor detetive do mundo, deseja crescer dentro da polícia mais que tudo, colocando sua profissao acima de qualquer coisa na vida. Apesar de simpatizar com Vélez, confesso que ela possue altos e baixos durante as temporadas, e o melhor fica a cargo da última em que participa, como momentos de tensão e drama ótimos.


Rita Bennett (Julie Benz) 
Vince Masuka (C. S. Lee): É o especialista forense chefe do departamento. Ele e Dexter trabalham diretamente um com o outro analisando os casos em laboratório e nas cenas dos crimes. Lee é o responsável pelo deboche e pelas gracinhas bobas e inevitáveis em um lugar que respira a morte como a Divisão de Homicídios.
Joseph Quinn (Desmond Harrington): É um ex-policial da Divisão de Narcóticos que acabou se tornando corrupto por ocasião (quantos contrabandistas existem na Flórida dispostos a subornar policiais? Uma resposta que, em números, passaria dos quatro dígitos). Harrington faz a vez do garoto bonitão e conquistador, mas que acaba se apaixonando. Apesar de ser um personagem muito caricato, cai como uma luva desde a terceira temporada.

Hannah McKay (Yvonne Strahovski): Ela começou matando com um antigo namorado, depois matou um homem que a violentava, matou o marido e a dona do lugar onde trabalhava. Sim, ela e Dexter são o par perfeito. Até por que, essa menina má aceita o fato de seu amado ser um assassino em série. Strahovski entra de gaiato na penúltima temporada, deixa os homens loucos e atrai o ódio das mulheres (personagens e espectadores). Com o tempo, aceitamos ela por completo e percebemos que Dexter se apaixonou pela sensação de poder ser ele mesmo ao lado dela, não se apaixonou por ela.

ACESSE NOSSA PÁGINA NO YOUTUBE:
 http://www.youtube.com/user/projeto399filmes

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Representantes do audiovisual brasileiro apresentam sugestões para o setor


Representantes do audiovisual brasileiro entregaram ao ministro da Cultura, Juca Ferreira, na tarde da segunda-feira passada (11), dois documentos apresentando ideias e sugerindo ajustes no setor. Entre as demandas estão fortalecer e fomentar o setor do audiovisual, rever e aprimorar a legislação federal, diminuir a burocracia e aquecer o mercado interno com produções nacionais. 
 O primeiro documento foi assinado pela Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais (Apro), pelo Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São Paulo (Siaesp), pela Associação das Distribuidoras Independentes Brasileiras de Obras Audiovisuais (Adibra) e pela Associação Paulista de Cineastas (Apaci). O segundo, pela Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão (ABPITV) e pelo Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual (Sicav). 
 "O ponto focal da nossa reunião é o aperfeiçoamento do modelo criado a partir de certas leis que na prática vêm sendo boas. A lei do audiovisual está completando 25 anos e sofreu aperfeiçoamento com oito anos. Em 2016, vamos ter artigos que caducam e criarão problemas de recursos", destacou o conselheiro do Sicav, Luiz Carlos Barreto, mais conhecido como Barretão. "Nosso foco é colaborar para mudar o modelo institucional, de maneira que as práticas não fiquem concentradas", completou.
 O presidente da ABPITV, Marco Altberg, ressaltou que o encontro dessa segunda-feira foi o primeiro a reunir "gente expressiva" do cinema, da TV e da publicidade. "Existe uma unanimidade em relação ao fato de termos políticas públicas no setor bem afirmativas. Agora, sobretudo, para assegurar essas políticas, as de fomento para avançar, reunimos no documento pontos que consideramos importantes para avançar em algumas questões", afirmou. 
 Para o ministro Juca Ferreira, é importante reestabelecer esse diálogo. "Eu sinto que a gente amadureceu muito desde minha última gestão. Tivemos muitas concordâncias e discordâncias. Eu me lembro que, quando cheguei ao MinC, eram seis produções ao ano. Agora estamos falando de mais de 120 filmes ao ano. A gente tem que fazer um esforço de avançar. Podemos pensar num novo ciclo, num novo modelo institucional". 
 O secretário de audiovisual (SAv) do MinC, Pola Ribeiro, ressaltou que o audiovisual é um setor sensível, com muitas questões a serem resolvidas."Estamos falando de uma política que funcionou. É preciso renovar e oxigenar o setor. Temos um setor complexo, que tem confrontos. Precisamos de reflexão, observar de maneira crítica e propositiva. O ministério trabalha para a sociedade como um todo e tem a responsabilidade de saber como fazer chegar".
 Também participaram da reunião os representantes da ABPITV, Mauro Garcia, da Apro, Paulo Schmidt e Sonia Piassa, do Siaesp, Débora Ivanov e Paulo Dantas, do Sicav, Silvia Rabello, da Adibra, Bruno Wainer, e da Apaci, Rubens Rewald e Sergio Roizenblit. 


Via: 
http://www.cultura.gov.br/banner-2/-/asset_publisher/0u320bDyUU6Y/content/representantes-do-audiovisual-brasileiro-apresentam-sugestoes-para-o-setor/10883?redirect=http%3A%2F%2Fwww.cultura.gov.br%2Fbanner-2%3Fp_p_id%3D101_INSTANCE_0u320bDyUU6Y&p_p_lifecycle=0&p_p_state=normal&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-2&p_p_col_count=2

ACESSE NOSSA PÁGINA NO YOUTUBE:

Poderá gostar também de: