Representantes do
audiovisual brasileiro entregaram ao ministro da Cultura, Juca Ferreira, na
tarde da segunda-feira passada (11), dois documentos apresentando ideias e sugerindo
ajustes no setor. Entre as demandas estão fortalecer e fomentar o setor do
audiovisual, rever e aprimorar a legislação federal, diminuir a burocracia e
aquecer o mercado interno com produções nacionais.
O primeiro
documento foi assinado pela Associação Brasileira da Produção de Obras
Audiovisuais (Apro), pelo Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São
Paulo (Siaesp), pela Associação das Distribuidoras Independentes Brasileiras de
Obras Audiovisuais (Adibra) e pela Associação Paulista de Cineastas (Apaci). O
segundo, pela Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão
(ABPITV) e pelo Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual (Sicav).
"O ponto
focal da nossa reunião é o aperfeiçoamento do modelo criado a partir de certas
leis que na prática vêm sendo boas. A lei do audiovisual está completando 25
anos e sofreu aperfeiçoamento com oito anos. Em 2016, vamos ter artigos que
caducam e criarão problemas de recursos", destacou o conselheiro do Sicav,
Luiz Carlos Barreto, mais conhecido como Barretão. "Nosso foco é colaborar
para mudar o modelo institucional, de maneira que as práticas não fiquem
concentradas", completou.
O presidente da
ABPITV, Marco Altberg, ressaltou que o encontro dessa segunda-feira foi o
primeiro a reunir "gente expressiva" do cinema, da TV e da
publicidade. "Existe uma unanimidade em relação ao fato de termos
políticas públicas no setor bem afirmativas. Agora, sobretudo, para assegurar
essas políticas, as de fomento para avançar, reunimos no documento pontos que
consideramos importantes para avançar em algumas questões", afirmou.
Para o ministro
Juca Ferreira, é importante reestabelecer esse diálogo. "Eu sinto que a
gente amadureceu muito desde minha última gestão. Tivemos muitas concordâncias
e discordâncias. Eu me lembro que, quando cheguei ao MinC, eram seis produções
ao ano. Agora estamos falando de mais de 120 filmes ao ano. A gente tem que
fazer um esforço de avançar. Podemos pensar num novo ciclo, num novo modelo
institucional".
O secretário de
audiovisual (SAv) do MinC, Pola Ribeiro, ressaltou que o audiovisual é um setor
sensível, com muitas questões a serem resolvidas."Estamos falando de uma
política que funcionou. É preciso renovar e oxigenar o setor. Temos um setor
complexo, que tem confrontos. Precisamos de reflexão, observar de maneira
crítica e propositiva. O ministério trabalha para a sociedade como um todo e
tem a responsabilidade de saber como fazer chegar".
Também
participaram da reunião os representantes da ABPITV, Mauro Garcia, da Apro,
Paulo Schmidt e Sonia Piassa, do Siaesp, Débora Ivanov e Paulo Dantas, do Sicav,
Silvia Rabello, da Adibra, Bruno Wainer, e da Apaci, Rubens Rewald e Sergio
Roizenblit.
Via:
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