Apesar de uma bela estética e um elenco
incrível, o filme não passa de uma tentativa frustrada de inovação do gênero.
Nota: 7,0
Título Original: Nine
Direção: Rob Marshall
Elenco: Daniel Day-Lewis, Marion Cotillard, Penélope Cruz, Sophia Loren,
Kate Hudson, Judi Dench, Nicole Kidman, Satcy Ferguson (Fergie)
Produção: Harvey Weinstein, Bob Weinstein, Rob Marshall, Marc Platt,
John DeLuca
Roteiro: Michael Tolkin, Anthony Minghella, Arthur Kopit (musical
teatral), Maury Yeston (musical teatral) e Mario Fratti (musical teatral
italiano)
Ano: 2009
Duração: 118 min.
Gênero: Drama / Musical
Guido Contini é um cineasta italiano que
está tentando terminar de escrever o roteiro de seu próximo grande filme, em
meio a suas tentativas frustradas e seus problemas no trabalho, ele enfrenta
problemas sociais e relembra das mulheres de seu passado e vive com as de seu
presente. No passado temos: sua mãe e a mulher que o iniciou sexualmente,
Saraghina; no presente a amante Carla e a jornalista Stephanie; e as que
fizeram seu passado e fazem seu futuro, provavelmente as mais importantes para
a trama, a atriz e musa Claudia, a excêntrica figurinista de seus filmes Lilli
e sua esposa, que também já foi atriz, Luisa Contini, e com a qual Guido não consegue
deixar de viver por ser a única que o suporta do jeito que ele é. Guido, em
meio a seus pensamentos, terá de tomar decisões sobre o que deseja para seu
futuro e abrir mão de algumas coisas que ele considera de extrema necessidade.
Chega a ser triste dizer que esse elenco
maravilhoso é uma decepção. Daniel Day-Lewis, um dos melhores atores de sua
geração, está chato, aparentemente cansado e sem vida, apesar de transmitir os
anseios de sua personagem, como Guido ele é a maior desilusão do filme. Sophia
Loren, a mãe de Guido, parece mais um boneco de cera, e não há mais nada nela
que chegue perto de uma “tentação morena”. Kate Hudson é a jornalista Stephanie,
a atriz aparece, dá em cima de Guido, faz seu showzinho sem noção e pronto, sem
mais nem menos ela some. Nicole Kidman, a musa Claudia, compete com Loren para
ver quem está mais artificial, apesar de gostar da triz, devo admitir que ela
está terrível no filme. Fergie, o que dizer sobre ela, simplesmente não sei o
que ela está fazendo nesse filme, ela é Saraghina, uma personagem sem muito a
ser revelado, que, bem como Stephanie, aparece, dança, canta e nunca mais
volta. Judi Dench, Lilli, está aqui para tentar salvar o elenco, mas mesmo ela
não está bem em uma personagem que é a sua cara. Penélope Cruz, indicada ao
Oscar, merece nossa atenção, é a amante Guido, Carla, uma mulher apaixonada que
não entende nada da vida, mas que quer Guido a todo custo, o número musical da
atriz é um dos melhores do filme, ela é sexy, provocante e extremamente latina.
Marion Cotillard, é por quem vale a pena assistir ao filme, ela é a esposa de
Guido, Luisa, uma mulher que ama seu marido, mas não suporta mais o fato de ele
viver para seus filmes e para outras mulheres enquanto ela sacrificou tudo o
que mais prezava por ele, Cotillard é a única atriz que tem duas apresentações:
na primeira, “My Husband Makes Movies”, ela é recatada e fala sobre o marido e
seu trabalho, na segunda, “Take It All”, ela joga tudo para cima e mostra ao
marido os seus valores como a bela mulher que ela é.
Esse filme é bonito artisticamente falando e mereceu as 4 indicações ao Oscar: atriz coadjuvante (Penélope Cruz), direção de arte, figurino e canção (“Take It All”), mas posso dizer, com toda a certeza, que esperava mais de toda essa produção. Afinal, junte um elenco feminino perfeito com o ótimo Daniel Day-Lewis, adapte uma peça de teatro baseada na obra de Federico Fellini, torne isso tudo um musical e espera-se algo perfeito. Pelo contrário, “Nine” é um fracasso em todos os sentidos, nem mesmo as belas e talentosas Penélope Cruz e Marion Cotillard puderam tornar esse filme algo digno de nota.
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Esse filme é bonito artisticamente falando e mereceu as 4 indicações ao Oscar: atriz coadjuvante (Penélope Cruz), direção de arte, figurino e canção (“Take It All”), mas posso dizer, com toda a certeza, que esperava mais de toda essa produção. Afinal, junte um elenco feminino perfeito com o ótimo Daniel Day-Lewis, adapte uma peça de teatro baseada na obra de Federico Fellini, torne isso tudo um musical e espera-se algo perfeito. Pelo contrário, “Nine” é um fracasso em todos os sentidos, nem mesmo as belas e talentosas Penélope Cruz e Marion Cotillard puderam tornar esse filme algo digno de nota.
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