As novas princesas Disney nos trazem uma
das melhores animações dos últimos anos!
Nota: DEZ
Título Original: Frozen
Direção: Chris Buck e Jennifer Lee
Elenco: Kristen Bell, Josh Gad, Idina Menzel, Jonathan Groff, Josh Gad,
Santino Fontana, Alan Tudyk, Ciarán Hinds, Chris Williams, Stephen J. Anderson,
Maia Wilson, Edie McClurg, Robert Pine, Maurice LaMarche
Produção: Peter Del Vecho, John Lasseter
e Aimee Sribner
Roteiro: Jennifer Lee, Hans Christian Andersen (conto “A Rainha de
Neve”), Chris Buck e Shane Morris
Ano: 2013
Duração: 102 min.
Gênero: Animação / Musical / Drama /
Comédia / Aventura
Confira a música "Let it Go", indicada ao Oscar de Melhor Canção Original, composição de Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez e interpretação de Idina Menzel
Anna e Elsa são as pequenas princesas de
Arandel. Quando ainda eram crianças, por algum motivo que Anna não recorda,
Elsa deixou de brincar com ela e passou a viver trancada em seu quarto. Três
anos após a morte dos pais das garotas, chega a hora de Elsa ser coroada Rainha
de Arandel. Entretanto, após uma discusão com Anna, que quer casar com o príncipe
Hans, Elsa acaba revelando um dom misterioso: possui o poder de conjurar e
controlar a neve! Deixando todos assustados e um inverno interminável para
trás, Elsa foge para as montanhas, onde poderá viver em paz. Anna, no entanto,
não se conforma com o abandono da irmã e sai em uma jornada em sua busca. No
caminho, Anna conhece Kristoff e, apartir daí, ela descobrirá o significado do
amor.
Jennifer Lee é a roteirista do excelente
“Detona Ralph” (2012), uma das animações mais criativas que já assisti. Chris
Buck foi responsável pelo departamento de animação de alguns filmes que,
particularmente, simpatizo e que possuem qualidade indiscutível: “O Cão e a
Raposa” (1981), “A Pequena Sereia” (1989) e “Nem Que a Vaca Tussa” (2004). No
primeiro filme da dupla, vão além do esperado para dois iniciantes na direção.
Sem dúvida alguma, é uma estreia que merece ser destacada por possuir qualidade
técnica e um roteiro tão bons. A história, é interessante e, pela primeira vez,
o grande vilão em comum da trama não é uma bruxa (ou bruxo) má, e sim o próprio
medo do autoconhecimento que as princesas nutrem. O vilão de Elsa é a repressão
que sofreu a vida toda por seu dom. O vilão de Anna é a exclusão que sofreu a
vida toda da irmã sem saber o por quê. E existem vilões piores que o medo, a
dúvida e a repressão? E é no único herói possível de salvar essas princesas que
a beleza do longa se concentra: no amor. Tecnicamente falando, o filme possui
cores suficientes para entreter as crianças e uma edição de som excelente para
que canções ou diálogos sejam bem desenvolvidos. O departamento de desenho do
longa também dá um show, criando personagens perfeitos (especialmente o querido
boneco de neve Olaf), com feições próprias e personalidades definidas por tais
feições e trejeitos. A trilha sonora de Christophe Beck é forte e possui a
presença necessária.
“Frozen” é indicado como melhor filme de animação no Oscar 2014
e melhor canção original para “Let
it Go”. Como melhor animação, o longa concorre com “Meu Malvado Favorito 2”
(2013), um dos preferidos das crianças e adolescentes, com “Os Croods” (2013),
filme com muitas cores e uma boa história, com “Ernest & Celestine” (2013),
um filme francês simpático e inocente sobre a amizade entre uma ratinha e um
urso, e com “Vidas ao Vento” (2013), longa japonês sobre persistência e amor. Em
canção original, concorre com “Happy”, da animação “Meu Malvado Favorito 2”,
“The Moon Song”, da surpresa do ano, “Ela”, e “Ordinary Love”, do filme
“Manthela: Long Walk to Freedom”. Basta lembrar da inestimável perda recente do
líder Nelson Madela e que a música é interpretada pela banda U2 para saber que
“Ordinary Love” é a favorita do ano. “Let it Go”, entretanto, sai bem na
disputa por ser uma canção que se enquadra com perfeição no contexto do longa e
ainda consegue emocionar a quem a ouve. Além disso, tomou o gosto do público de
forma inacreditável, virando um hit de inverno nos EUA. Não posso fugir do
cometário de dizer uma coisa simples a respeito das indicações do longa e da
qualidade técnica do filme: a Disney é a Disney. E tem mais: qualquer pessoa
pode dizer o que quiser sobre as princesas da Disney, mas que todos as amam,
isso é inquestionável, agora, pense em duas princesas em um filme só! E em um
filme que está prestes a conquistar um bilhão de dólares em bilheterias pelo
mundo todo.
“Frozen” é um dos filmes mais tocantes e
belos dos últimos anos. Poucas produções, animações ou não, tocam tão fundo em
nossa alma como esse filme. Começando pela beleza com que o amor entre Anna e
Elsa é apresentado. Elas são irmãs que passam o tempo juntas e se divertem da
melhor forma possível. Depois, sentimos pena de Anna por Elsa começar a ignorar
sem motivos aparentes. A dor aumenta quando os pais das garotas morrem e, em
uma cena linda, vemos o sofrimento inexplicável que ambas estão sentindo, o que
mostra a união das irmãs, mesmo após tantos anos sem se falarem. A fuga de Elsa
é um daqueles momentos de clímax dos filmes, mas o que mais chama a atenção é o
que está por vir. Em uma cena perfeita, Elsa entoa “Let it Go”, e mostra aos
pequenos que assistirão ao filme vidrados o quanto é importante ser autêntico e
não se importar com o que os outros pensam a respeito de você mesmo. E aí o
filme ganha mais pontos: é uma animação para crianças que consegue lutar contra
o preconceito e levantar a bandeira da aceitação. Ainda existem os momentos que
nos tocam pelo amor que, inevitavelmente, nascerá entre Kristoff e Anna, um
casal improvável e muito bonito. Acho interessante como os filmes da Disney
passaram a trazer personagens fora da realeza para deixar tudo mais real e
aproximar os personagens dos espectadores. Por fim, algo mais inesperado ainda
acontece no desfecho do longa: a magia do amor prova, mais uma vez, que poucos
amores podem ser mais fortes e encantadores que o amor entre irmãos.
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