segunda-feira, 12 de março de 2012

366. CLEÓPATRA, de Joseph Mankiewicz

Ela foi uma das mulheres mais famosas da história e é interpretada com toda a pompa e circunstância necessárias por outra dama da história, Elizabeth Taylor.
 Nota: 9,3



Título Original: Cleopatra
Direção: Joseph Mankiewicz
Elenco: Elizabeth Taylor, Richard Burton, Rex Harrison, Hume Cronyn, Kenneth Haigh, Martin Landau, Roddy McDowall
Produção: Walter Wanger
Roteiro: Joseph Mankiewicz, Ranald MacDougall, Sidney Buchman, Carlo Mario Franzero (livro “The Life and Times of Cleopatra”)
Ano: 1963
Duração: 248 min. / 320 min. / 233 min. (depende da versão)
Gênero: Drama / Biografia

CONFIRA O TRAILER DO FILME:


Cleópatra governou o Egito entre 51 a. C. e 30 a. C., ao contrário do que se pensava ela era feia, não era egípcia (era Grega, da dinastia dos “Ptolemeus”), era completamente romântica (teve apenas dois homens em toda a sua vida, apesar de ter casado duas vezes e ter tido dois amantes). Com 17 anos ela e o irmão assumiram o poder do Egito, casaram-se e separaram-se por diversas acusações de traição. Resumidamente Cleópatra consegue tomar o trono do irmão e se tornar a única líder do país quando é ajudada por César, e é aí que o filme inicia. Passando pelo filho que teve com o líder Romano (o qual ele reconheceu como filho, mas não como herdeiro), deixando de lado o fato de ter se casado com outro irmão, chegando na morte de Cesar e no romance com Marco Antônio, com quem teve dois filhos, a derrota de seu exército pelo exército do herdeiro de César e sua misteriosa morte (alguns dizem que foi uma picada de cobra outros que ela tomou um coquetel de venenos.


Bastaria dizer que Mankiewicz dirigiu antes desse filme “A Malvada” (1950) com Bette Davis e um time fantástico no elenco, com o qual venceu o Oscar de melhor direção, mas ele foi responsável também por outros elencos históricos nos cinemas (ele dirigiu apenas 23 filmes), dentre eles: “A Condessa Descalça” (1954), com Humphrey Bogart, Ava Gardner e Edmond O’Brien; “Júlio Cesar” (1953) com Marlon Brando, James Mason, Louis Calhern e Deborah Kerr“Gatinhas e Gatões” (1955), com Marlon Brando, Jean Simmons, Vivin Blaine e Frank Sinatra e “De Repente no Último Verão” (1959), com Elizabeth Taylor, Katharine Hepburn e Montgomery Clift. São poucos os diretores que possuem no currículo nomes tão lendários quanto ele, e é incrível ele não ter sido indicado ao Oscar. Sua direção é maravilhosa, o único problema do filmes esta em querer contar tudo sobre a última rainha do Egito, e enrolar durante longos minutos, sem conseguir contar exatamente tudo sobre ela. Assuntos importantes como seus filhos com Marco Antonio nem são mencionados e forem eles os responsáveis pelo sangue da monarca não se extinguir. Graças a trilha impecável de Alex North o filme se torna totalmente suportável.


Rex Harrison fez um de meus filmes musicais favoritos, “Minha Bela Dama” um ano depois de viver Julio César em “Cleópatra”, em ambos vive personagens ótimas, mas muito diferentes entre si, como César ele é um guerreiro apaixonado com tanta convicção que por vezes parece que ele teve algumas conversinhas com o ditador. Richard Burton era marido de Taylor na época, e seus rompantes ora amando ora odiando a monarca se assemelham muito a vida íntima do casal mais badalado e polêmico de sua época, sua atuação não é tão boa quanto a de Harrison, mas é muito boa. Mas o nome do filme faz referência à líder egípcia, não aos guerreiros romanos, e é ela quem toma conta de todas a as suas cenas durante o filme. Elizabeth Taylor é indiscutivelmente uma das maiores atrizes de todos os tempos, quando morreu foi dito e repetido por muitos que era a última estrela da época de ouro de Hollywood, e ela foi mais que isso, foi uma referência no campo dos direitos femininos e na luta contra a AIDS, ela venceu três prêmios da academia (um deles em honra a suas contribuições humanitárias), como Cleópatra ela é simpática, dominadora, bonita (impossível ela ser feia como a rainha) e amável com seus amantes, sua atuação é realmente o que se espera de uma das maiores divas do cinema.


O filme pode não ser totalmente fiel e cansativo por contar detalhadamente algumas coisas sobre a vida de Cleópatra e resolver detalhar passagens das vidas de César e Marco Antonio, mas vale muito a pena assisti-lo pelo simples motivo de ser algo tão grandioso para a época que se tornou um dos maiores filmes da história, também um dos maiores fracassos de bilheteria. Burton-Taylor-Harrison formam um time superável por poucos em um drama real sobre o que é a vida de que decide viver com o poder ao seu lado.



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