São poucas as oportunidades de vermos uma realização tão rica em detalhes, essa é uma delas, e deve ser aproveitada ao máximo, em cada um de seus segundos.
Nota: 9,8
Título Original: “The Lord Of The Rings : The Followship of the Ring”
Direção: Peter Jackson
Elenco: Elijah Wood, Sean Bean, Cate Blanchett, Orlando Bloom, Iam Holm, Christopher Lee, Andy Serkins, Viggo Mortensen, Ian Mckellen, John Rhys-Davies, Liv Tyler
Produção: Peter Jackson, Barrie M. Osborne e Fran Walsh
Roteiro: Fran Walsh, Philippa Boyens, Peter Jackson e J. R. R. Tolkien (romance)
Duração: 178 / 208 / 228 min.
Ano: 2001
Gênero: Fantasia/Drama
CONFIRA O TRAILER DO FILME:
Provavelmente entre as grandes produções realizadas nos últimos dez anos, poucas são tão fantásticas quanto a trilogia que se passa em uma suposta Idade Média, “O Senhor dos Aneis”. A história prende o público de forma inigualável e a busca pela destruição de um objeto maligno poucas vezes foi tão bem feita. Nesse primeiro flme, Frodo, um Hobbit (uma criaturazinha tão pequena quanto um anão), é designado pelo mago Gandalf a destruir o Um Anel, para tal tarefa é formada uma sociedade intitulada “Sociedade do Anel”. Ela é composta por Frodo e seus três amigos Hobbits, Gandalf, dois seres humanos, um elfo e um anão. Bom, para compreender melhor a história posso resumir com as primeiras palavras do filme e do livro:
“O Mundo mudou, posso senti-lo na água, posso senti-lo na terra, posso senti-lo no ar. Tudo começou com a forjadura dos grande aneis. Três foram dados aos elfos, imortais e os mais sábios e justos de todos os seres. Sete, aos senhores dos anões, grandes mineradores e artesãos dos saguões das montanhas. E nove, nove aneis foram dados a raça dos homens, que acima de tudo desejava o poder. Pois esses aneis continham a força e vontade para governar cada raça. Mas todos eles foram enganados, pois outro anel foi feito. Na terra de Mordor, no fogo da montanha da perdição, o Senhor do Escuro Sauron, forjou em segredo um anel mestre para controlar todos os outros, e neste anel ele colocou toda a sua crueldade, sua maldade e sua vontade de governar todas as formas de vida [...]Um Anel para a todos governar, Um Anel para encontrá-los, Um Anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los. Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam. [...] E algumas coisas que não deviam ter sido esquecidas se perderam, a historia se tornou lenda, a lenda se tornou mito, e durante dois mil e quinhentos anos o anel ficou totalmente esquecido.”
Peter Jackson nunca fez muitos trabalhos notáveis, mas esse é impecável. Trabalhar como diretor já é difícil, dirigir em um mundo totalmente novo, criá-lo, criar criaturas inexistentes, dirigir um elenco tão grande, multiplicar exércitos monstruosos não é nem um pouco fácil, e vemos isso em toda a produção, mas Jackson faz tudo com tanto zelo e com tantos detalhes técnicos que nos impressiona do começo ao fim, suas escolhas são sempre perfeitas e a forma como ele cria tudo o que Tolkien descreveu em suas obras é impressionante, já li o livro então posso dizer que tudo aquilo que se imagina é traspassado no filme, o livro é um pouco monótono e ele prova que nem sempre um livro assim traz um filme assim, muito pelo contrário, esse filme é descontraído, cheio de clímax e totalmente envolvente. Suas escolhas para o figurino foram perfeitas, é claro que a figurinista tem a ajuda de um técnico ótimo para deixar tudo tão maravilhoso. Os editores, que voltam a trabalhar com esse ano em “O Hobbit” sabem como fazer de cada cena uma cena histórica no cinema.
Poderiam ter escolhido alguém melhor para viver o Hobbit Frodo na adaptação, mas Elijah Wood não é só decepção, em alguns momentos da drama ele até convence de que é o próprio garoto, mas ainda assim falta algo, talvez seja o problema personagem (mesmo problema que acontece com Daniel Radcliffe e seu Harry Potter), ele é chato, burro, inocente demais e muito idiota. Em contra posição temos a mais que brilhante atuação de Sor. Ian McKellen do mago Gandalf, aqui a personagem é fantástica e o ator consegue extrair o melhor dela e se tornar um ser estratégico, calmo, forte, sensato e muito poderoso, além de ser um amigo afetivo e amável. Dentre todo o restante de um elenco imenso e muito bom temos Cate Blanchett como um elfo fêmea, a única mulher a receber um anel; Sean Bean vive um dos seres humanos da sociedade do anel, Doromir; o elfo arqueiro Legolas é vivido por Olando Bloom; Sla Baker é o malvado Sauron; Sean Stin, Billy Boyd e Dominic Monaghan vivem os outros três Hobbits; John Rhys-Davies como o notório anão Gimli; Ian Holm é o tio de Frodo, Bilbo Baggins; Christopher Lee é o poderoso mago Saruman; Viggo Mostensen vive Aragorn, o segundo ser humano da sociedade; por fim temos Andy Serkins que dá vida ao repugnante Gollum, claro que sua interpretação é um pouco relativa, afinal ele faz a metade dela e a aoutra metade fica a cargo dos editores de efeitos especiais. Mas é através de Howard Shore que vem a melhor interpretação entre tudo, não como ator ou atriz, mas sua trilha sonora é simplesmente tudo o que se espera de uma trilha sonora para uma produção de tal qualidade e repercussão, o tema dos Hobbits é lindo e cada um dos outros nos faz esquecer do restou do filme, as cenas de fugas e batalhas são embaladas com músicas (editadas sonoramente pelo responsáveis com tanta grandiosidade quanto necessário) mais que adequadas, tanto e que o diretor venceu o Oscar por ela.
São inúmeras as sagas e sequências que vemos na telona, dentre elas “Harry Potter”, “Guerra nas Estrelas”, “ A ‘Saga’ Crepúsculo”, “007”, “Homem-aranha”, “Batman”, “Homem de Ferro”, “Zorro”, “X-men”, dentre outros, mas esse é o único que o faz de forma tão fantástica em todos os momentos, dentre os três filmes é difícil encontrar defeitos que importem. Jackson fez o inesperado ao adaptar a obra de Tolkien sem pecar em nenhum momento, é claro que o livro e melhor, mas não podemos reclamar. “O Senhor dos Aneis” não representa apenas um livro, o que já seria algo ótimo, representa um verdadeira Saga, representa uma geração, representa um incessante caminho pelo intelectual e pela perfeição (Tolkien chegou a criar línguas inexistentes para seu povos). Assistir a “O Senhor dos Aneis: A Sociedade do Anel” é totalmente maravilhoso, é uma história criativa e bem feita, e é isso o que se pode esperar do filme, algo fantástico em todos os sentidos.
Segue a lista de Oscar (indicação e prêmios) do filme:
Indicações: Ator Coadjuvante (Ian McKellen); Direção de Arte;Figurino; Direção; Edição; Canção Original (May it Be); Som; Roteiro e Filme.
Prêmios: Efeitos Visuais; Maquiagem; Trilha Sonora e Fotografia.
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ok, amo loucamente o universo Tolkien. <3
ResponderExcluirAcho que o que foi feito em Senhor dos Anéis devia ser feito em qualquer outra adaptação. Reunir uma equipe que conhece a obra impecavelmente e que sabe cuidar muito bem do difícil trabalho que é a adaptação.
Adoro épicos, e é muito bom saber que Senhor dos Anéis abriu portas para esse gênero. *-*
beeijos. =*
Na sua lista de atores e personagens, faltou a outra elfo fêmea, Arwen, vivida por Liv Tyler (que por sinal está belíssima no filme).
ResponderExcluirObrigado "Anônimo", já arrumei, realmente Liv está linda no filme, mas não acredito que ela tenha conseguido extrair toda a essência da personagem criada por Tolkien. Mas ela faz parte do elenco...
ExcluirRealmente, essa trilogia é fantástica!
ResponderExcluirE mesmo tendo ganhado mais de 20 Oscar, ainda tenho que brigar para que as pessoas assistam... parece que elas não querem perder tempo assistindo a filmes baseados em uma trilogia com uma história para crianças dormir, porém, essa história de ninar, não é qualquer história. Quisera eu ter podido ouvir uma dessas criadas pelo meu pai, especialmente para mim!