“Só se vive duas vezes: quando nascemos
e outra quando a morte bate à nossa porta”.
Nota: 9,0
Título Original: You Only Live Twice
Direção: Lewis Gilbert
Elenco: Sean Connery, Akiro Wakabayashi,
Mie Hama, Tetsurô Tanba, Teru Shimada, Karin Dor, Donald Pleasence, Bernad Lee,
Lois Maxwell
Produção: Albert r. Broccoli, Harry Saltzman
Roteiro: Harold Jack Bloom, Roald Dahl e Ian Fleming (romance)
Ano: 1967
Duração: 117 min.
Gênero: Ação / Crime
+ Música Tema: “You Only Live Twice”,
composição de John Barry e Nancy Sinatra e interpretação de Leslie Bricusse.
Sem mais nem menos, James Bond morre.
Sim, iniciamos esse filme desolados pela morte do agente 007, mas tudo não
passa de mais uma tática de M, o chefe do departamento para o qual James
trabalha, o MI6. Tudo isso por um simples motivo: misteriosamente, alguma
sociedade japonesa está tentando provocar uma guerra entre Estados Unidos e a
URSS (atual Rússia). Mas os problemas não acabam por aí, não será preciso muito
tempo para James descobrir que ele enfrentará inimigos mais antigos e perigosos
que qualquer outro.
Antes de entrar para o seleto grupo de
diretores que tiveram a honra de dirigir a franquia 007, Lewis Gilbert ficou
conhecido pelo filme “Como Conquistar as Mulheres”, a história, protagonizada
por Michael Cane (indicado ao Oscar pelo papel), sobre o sedutor Alfie,
todavia, antes mesmo desse, o diretor já havia realizado mais de 25 filmes,
dentre eles: “Os Bons Morrem Cedo” (1954), “O Mordomo e a Dama” (1957) e
“Revolta em Alto Mar” (1962). Outra novidade na produção são os roteiristas
Harold Jack Bloon, conhecido pela aclamada série “Bonanza” (1960), e Roald
Dahl, do filme “A Fantástica Fábrica de Chocolate” (1971), aliás, como apontei
na crítica anterior, as histórias parecem ficar cada vez melhores e esse acaba
sendo uma dos filmes mais criativos até agora. Claro que, agradavelmente,
continuamos com John Barry como compositor da trilha sonora e, apesar da tal
repetição exagerada do tema, até isso está melhorando. Entretanto, não posso
deixar de dizer o quanto foi nada bem vinda a cena em que o vulcão onde
acontecem as tramoias da trama entra em erupção, no entanto, também sou
obrigado a dizer que o restante dos efeitos especiais estão tão bem feitos para
a época que chega a não ser justo reclamar de tal cena.
Antes de nos dar uma folga de um filme,
Sean Connory retorna como James Bond e, mais uma vez, faz seu trabalho
impecavelmente, deixando algumas piadas idiotas de lado e se tornando um pouco
mais maduro em relação aos outros filmes, além disso, não posso me conter em
voltar a dizer: Connory é, simplesmente, perfeito para viver Bond. Akiko
Wakabayashi e Mie Hama são as primeiras mulheres que passam pelo agente durante
o filme, mas é Karin Dor como a Helga Brandt (na real, uma vilã), quem mais
interessa, talvez pelo fato de ser vilã, ela acaba sendo uma das Bond Girls
mais originais de todas as que vimos ou veremos. Finalmente, aqui somos
apresentados, realmente, ao chefe da organização criminosa Spectre: Ernest
Stavro Blofeld é vivido por Donald Pleasence, e não é que o ator acaba por ser
uma surpresa extremamente agradável? Interpretando de forma ríspida e sem
muitos galanteios, apresentando perfeitamente a forma fria com a qual toda a
organização trata a si própria.
Apesar de termos várias mudanças em toda
a produção (direção, roteiro, Bond Girls), a apresentação do grande vilão da
série e, um roteiro bem diferenciado dos demais, o agente continua sendo o
mesmo e o humor negro nunca foi tão evidente e bem vindo. “Com 007 Só se Vive
Duas Vezes”, temos o resultado de tudo aquilo que venho falando em todas as
criticas: nunca estivemos tão perto de chegarmos ao ápice da franquia (sem
dúvida o auge da era Connory em questão de qualidade). O fato é, que, “Só se
vive duas vezes: quando nascemos e quando temos a morte à nossa porta”,
infelizmente, com esse filme, Connory estava vendo seu fim na maior franquia da
história do cinema.
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