sexta-feira, 30 de novembro de 2012

167. COM 007 VIVA E DEIXE MORRER, de Guy Hamilton

Roger Moore acaba sendo uma agradável surpresa em seu primeiro filme da série.
Nota: 9,2


Título Original: Live and Let Die
Direção: Guy Hamilton
Elenco: Roger Moore, Yaphet Kotto, Jane Seymour, Clifton James, Julius Harris, Geoffrey Holder, David Hedison, Gloria Hendry, Bernard Lee, Lois Maxwell
Produção: Albert R. Broccoli e Harry Saltzman
Roteiro: Tom Mankiewicz e Ian Fleming (romance)
Ano: 1973
Duração: 121 min.
Gênero: Ação / Crime
+ Música Tema: “Live and Let Die”, composição de Paul McCartney e Linda McCartney e interpretação de Paul MacCartney e Wings

Como de costume, um agente especial morre em meio a uma missão e James Bond é enviado aos Estados Unidos para tentar descobrir o que está acontecendo. Lá, se depara com uma facção criminosa de negros que estão dispostos a tudo para conseguir o que querem, inclusive, recorrer à magia negra. Nesse contexto, o agente 007 conhece a bela Solitaire, uma jovem que possui o dom de prever o futuro e vive em cativeiro na casa de Kananga, um dos chefes dos criminosos. A coisa fica ainda pior quando Bond descobre que Kananga está produzindo heroína, e ainda pior quando Kananga descobre que James sabe de tudo e ainda está de olho em Solitaire.
Mais uma vez temos Guy Hamilton na direção de um filme da Saga de 007 – ele já havia dirigido “007 Contra Goldfinger” (1964), apesar de não estar entre meus favoritos, é um dos mais bem feitos (é considerado o primeiro blockbuster da série), e “007 Os Diamantes são Eternos” (1971), um dos filmes mais lembrados do agente e um dos mais bem realizados. O curioso de “Viva e Deixe Morrer” é que não temos Richard Maibaum como roteirista (dos sete filmes anteriores, ele esteve em seis), nos restando apenas Tom Mankiewicz (que começou no filme anterior e roteirizou o posterior a esse), o trabalho de Mankiewicz é o melhor de todos os filmes realizados até aqui, apesar do claro preconceito colocando negros como os vilões da trama (acrescente a isso, eles praticam magia negra e nenhum deles presta), a criatividade está à solta e ele nos trás um roteiro original, rico e muito divertido, além de possuir uma certa realidade em relação a alguns fatos e uma quase fantasia em relação a outros. Tendo em vista a riqueza do roteiro, resta a Hamilton se virar para transformar tudo em realidade, sendo obrigado a nos trazer dezenas de surpresas, dentre elas a inesquecível perseguição de Jet Ski. Temos também, como sempre, uma ótima trilha sonora de John Barry, dessa vez sem repetições e muito além do satisfatório.


Como disse anteriormente, ao contrário de George Lazemby, Roger Moore chegou a ser um presente, pois, ao sabermos que Connery seria substituído e devido ao fracasso de Lazemby, temos só de pensar no que estará por vir. O fato é que Moore dá conta total do recado, tendo a naturalidade e a sensualidade necessárias para viver Bond, mas jamais perdendo o senso de humor (aliás, o único quesito no qual supera Connery) e nunca deixando de ser um agente concentrado e focado em suas missões. Para viver Solitaire, mais uma Bond Girl pela qual nos apaixonamos (estou chegando a conclusão de que todas serão incríveis e apaixonantes até o fim da série), está Jane Seymour, simples, inocente e singela, mas nem por isso deixa de ser uma mulher provocante, pelo simples motivo de que sua beleza não a deixaria passar despercebida. Yaphet Kotto é o vilão Kananga, quando um ator nos faz odiar o vilão, ou desprezá-lo por completo ou, mais raramente, nos apaixonarmos por ele, é por que ele está no caminho certo, e Kotto nos faz mais do que apenas odiar sua personagem, nós o enojamos e sentimos asco a cada cena em que ele aparece.
O problema na substituição do ator é que tudo acontece no filme como se não tivessem trocado de intérprete, por vezes pensamos que Moore age como se fosse Connery apenas para que as personagens não saibam que o agente foi substituído ou coisas assim, mas, na maior parte do tempo, e isso poderá ser conferido nos outros filmes, Moore e Connery e todos os outros agente são a mesma pessoa. Enfim, seria mais fácil se a primeira opção fosse deixada bem clara. Apesar de Moore estar muito bem no papel, não posso me conter: ninguém poderá substituir Connery, mas não posso negar que a licença para matar esteja em boas mãos.


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