terça-feira, 27 de novembro de 2012

172. 007 CONTRA GOLDFINGER, de Guy Hamilton

Apesar de não ser um dos meus preferidos, conferimos a melhora nos efeitos, o que atribui à série uma seriedade um pouco maior.
Nota: 8,5


Título Original : Goldfinger
Direção : Guy Hamilton
Elenco: Sean Connery, Hanor Blackman, Gert Fröbe, Shirley Eaton, Tania Mallet, Harold Sakata, Bernad Lee, Lois Maxwell
Produção: Albert R. Broccoli, Harry Saltzmen
Roteiro: Richard Maibaum, Paul Dehn e Ian Fleming (romance)
Ano: 1964
Duração: 110 min.
Gênero: Ação / Crime
+ Música Tema: “Goldfinger”, composição de John Barry, Leslie Bricusse e Anthony Newley e interpretação de Shirley Bassey

Desta vez James Bond terá de lidar com o misterioso Sr. Goldfinger, um homem pra lá de suspeito que possui uma estranha fixação pelo ouro, desejando cada objeto que seja feito desse metal. O problema é que o homem é tão maluco quanto se pode imaginar e não tão estúpido quanto Bond acreditava. Dentre os planos de Goldfinger está o roubo ao maior bando dos Estados Unidos, agora o agente 007 terá de agir rápido para impedir que mais pessoas sejam mortas em vão.
Guy Hemilton substitui Terence Young na liderança dessa produção, e, apesar de considerar esse filme o mais chato dos três, começa a dar uma cara mais moderna à franquia. O fato de achar o filme chato é simples: seu enredo tem tudo para este ser um dos melhores filmes de todos, mas a forma como o roteiro é trabalhado e a desnecessária repetição do tema de 007 e de outras músicas durante o filme tornam a trama algo bom, mas nada além disso. Apesar de considerar o roteiro e a trilha um pouco fracos, entretanto, sou obrigado a concordar que o trabalho de Hamilton não possui nada de ruim, muito pelo contrário, tudo o que é feito aqui apenas engrandece a produção e, como já disse, faz com que toda a franquia seja elevada a um patamar cada vez melhor no quesito qualidade técnica. Não posso me dar ao luxo de não lembrar que esse filme possui uma das cenas mais inesquecíveis da história da série: a personagem de Shirley Eaton, deitada em uma cama coberta com uma tinta dourada, morta. Além disso, o chapéu do capanga de Goldfinger é uma das armas mais lembradas de todas as utilizadas por vilões ou heróis.


James Bonda é, pela terceira vez consecutiva, vivido por Sean Connery, e o mais impressionante de tudo é que nunca nos cansamos de ver esse homem na tela. O problema é que na série suas piadas, definitivamente, se tornaram sem graça e ele começa a parecer forçado, talvez pela síndrome de que jamais conseguirá sair da pele do agente 007 (e se era isso que se passava por sua cabeça, ele não estava errado). As belas Tania Mallet e Honor Blackman tão vida, respectivamente, a Tilly Masterson e Pussy Galore; a primeira é irmã da personagem de Shirley Eaton e está disposta a tudo para vingar a morte da irmã, a segunda é piloto de Goldfinger, uma mulher determinada, mas que não será a primeira a se render aos encantos de James Bond. O temido Goldfinger, por sua vez, é interpretado pelo alemão Gert Fröbe, apesar de ser um ator satisfatório, parece que falta alguma coisa em sua atuação, o que deixa o vilão um pouco imbecil e inexperiente demais frente a tudo o que James Bond é capaz de fazer.
“007 Contra Goldfinger” é um dos filmes mais adorados pelos fãs da franquia do agente 007, talvez isso se deva por sua história excelente ou pelo simples fato de Bond estar se fortificando cada vez mais entre os fãs de cinema na época. O fato é que , para mim, esse filme está longe de ser uma das melhores produções protagonizadas pelo agente. Apesar disso, é sempre bom assistir a um filme de James Bond.


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