Uma forma
simples e bela de se mostrar o quanto temos a aprender com os mais velhos e o
quanto erramos em julgá-los.
Nota: 8,7
Título Original: Divine Secrets of the Ya-Ya
Sisterhood
Direção: Callie Khori
Elenco: Sandra Bullock, Ellen Burstyn, Maggie smith,
Fionnula Flanagan, Cherry Jonesm, James Garner, Asheley Judd, Shirley Knight,
Angus MacFadyen
Produção: Hunt Lowry
Roteiro: Callie Khouri, Mark Andrus e Rebecca Wells
(romance)
Ano: 2002
Duração: 116
min.
Gênero: Comédia
Sidda Wlaker é
uma famosa escritora que mora em Nova York e está estreando com sua nova peça
na Broadway. Tudo vai bem, até que uma jornalista da revista Time (uma das de
maior circulação em todo o país) distorce suas confissões a respeito da mãe de
Sidda, Vivi, e de seu passado. Não demora muito e Vivi, com quem, realmente,
Sidda tem uma relação tempestuosa, liga para a filha com sete pedras nas mãos e
não deixa as supostas ofensas baratas. Agora, será papel da irmandade formada
na infância de Vivi, por ela e suas três melhores amigas (hoje, idosas
enlouquecidas), unirem mãe e filha contando os segredos que apenas as Ya-Ya
conhecem.
Callie Khouri
ficou conhecida por roteirizar o filme dirigido por Ridley Scott “Thelma &
Louise” (1991), com o qual venceu o Oscar de melhor roteiro, além disso,
trabalhou com Lasse Hallstrom em “O Poder do Amor” (1995); na direção foram
apenas dois além desse: “Hollis & Rae”(2006), feito para TV, e a comédia
“Loucas Por Amor, Viciadas em Dinheiro” (2008), protagonizada por Diane Keaton,
Queen Latifah e Katie Holmes. Aqui o trabalho de Khori na direção não possui
nada de excepcional, mas é bem feito e merece uma certa gratificação por tê-lo
feito. Entretanto, o roteiro escrito em parceria com Mark Andrus – responsável
por “Melhor é Impossível” (1997) e “Tempo de Recomeçar” (1997) – é algo
excelente, muito bem feito, divertido, e mais que convincente, pois mostra
várias realidades da vida sem ser muito rude ou franco demais, nos
proporcionando uma história original e real. A trilha sonora de David Mansfiel
e T-Bone Burnett é divertida e totalmente propícia para cada cena do filme.
Sandra Bullock está
longe da perfeição e, em 2002, estava mais longe ainda, apesar de divertida e
empolgante, ela convence pouco nesse filme e, surpreendentemente, suas melhores
cenas são as dramáticas, o que nos leva a pedir, mais uma vez, à indústria
hollywoodiana que lhe dêem um papel realmente sério. Entretanto, Bullock está
acompanhada de um quarteto definitivamente fantástico. Ellen Burstyn é Vivi
Abbott, uma mulher que parece esconder dezenas de segredos, mas que ama sua
família acima de tudo, e Burstyn tem uma capacidade inacreditável em demonstrar
como uma velha mulher se sente após tantos anos fazendo coisas que, agora, ela
percebe terem sido massacrantes para as pessoas que ela ama. Fionnula Flanagan
é uma das amigas de infância de Vivi, Teensy Whitman, uma mulher velha que teve
de enfrentar muitas coisas difíceis na vida, mas nem por isso deixou de viver e
aprender com as dores, Flanagan consegue chegar ao extremo da dor e ao extremo
da filosofia carpe dien nos trazendo uma das interpretações mais comoventes do filme.
Shirlery Knight é Necie Kelleher, a mais recatada das quatro amigas, aquele
tipo de pessoa que nos passa uma áurea simples e feliz, a típica mãe de casa,
avó querida e mulher de bem com a vida. Por fim, mas não menos importante,
Maggie Smith, uma das melhores atrizes vivas, é Caro Bennett uma senhora que
anda prá lá e prá cá com seu oxigênio, mas que não perdeu a força de vontade de
viver e jamais deixará o sarcasmo de lado, e ninguém melhor que Smith para
viver uma mulher com esse perfil. Não posso me dar ao luxo de não destacar a
atriz Ashley Judd, que interpreta Vivi quando jovem, em todos os seus problemas
e temperamento forte perante ao marido, aos filhos e a vida que odeia; além dos
atores David Lee Smith e James Garner, que vivem, respectivamente, Shep jovem e
Shep velho, o marido de Vivi, um homem que ama sua família e, sobretudo, sua
esposa, a personagem e os atores nos proporcionam alguns dos momentos mais
belos do filme.
Apesar de não
ser nenhuma grande comédia e não ter atraído muitos críticos ou público, o
filme, com toda sua simplicidade, é uma lição de vida, a qual aprendemos com
aqueles que mais podem ensinar: os mais velhos. E é aí que o filme acerta, não
são apenas homens e mulheres mais velhas tentando ensinar alguma coisa para os
espectadores, são homens e mulheres ensinando coisas a alguma personagem mais
jovem, o que humaniza e deixa o filme todo cada vez mais real. Finalmente,
“Divinos Segredos” é mais um filme repleto de belezas por mostrar, realmente, a
vida como ela é, sendo aquele tipo de produção que costumo chamar de uma
comédia de erros e acertos.
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