Com originalidade o filme surpreende ao
refletir de forma irônica sobre a vida e suas dificuldades.
Nota: 8,7
Título Original: Sunshine Cleaning
Direção: Christine Jeffs
Elenco: Amy Adams, Emily Blunt, Alan Arkin, Jason Spevack, Steve Zahn,
Mary Lynn Rajskub, Clifton Collins Jr.
Produção:
Roteiro: Megan Holley
Ano: 2008
Duração: 91 min.
Gênero: Comédia / Drama
Rose é uma jovem mãe solteira que faz o
que pode para criar seu filho da maneira mais digna possível. Norah é a irmã
mais nova de Rose, apesar de seus mais de vinte anos, parece que ela não saiu
dos doze. Joe é o pai de Rose e Norah, que teve de criá-las sozinho após a
precoce morte da mãe das garotas. Quando Rose compreende que precisa ganhar
mais dinheiro, aceita o conselho de seu amante, Mac, e começa a trabalhar, ao
lado de Norah, limpando a sujeira de cenas de crimes.
Tenho certeza que poucas pessoas, alguma
vez na vida, se perguntaram quem é que cuida de toda a sujeira das mais diversas
e nojentas cenas de assassinatos que ouvimos falar. Pois bem, é com essa
afirmação que declaro: a idéia de abordar esse assunto se tornou genial. Claro
que tudo o que vemos aqui não é um filme de muita qualidade técnica, mas
verdade seja dita: o roteiro toma nossa mente de uma forma inexplicável.
Durante a trama, problemas cotidianos como relacionamentos e a dificuldade de
se conseguir um emprego ou as tentativas de Joe para conseguir negócios, e
problemas menos normais, como a morte precoce de uma mãe e as consequências
disso para as filhas, são abordados de forma simples e sincera. Além disso,
tanto diretora quanto roteirista, nos proporcionam uma diferenciação muito
inteligente: aqui não temos personagens ricas centrais, e sim pessoas simples
que procuram por uma vida melhor, o que tem se tornado tendência em Hollywood e
tem rendido excelentes trabalhos. A diferenciação desse filme é que tudo é
tratado com grande ironia, fazendo de um drama, uma comédia, e de uma comédia
um drama. Os produtores são oriundos do fantástico “Pequena Miss Sunshine” (2006),
e outros excelentes trabalhos do gênero.
Cada vez que assisto a um filme com Amy
Adams se torna impossível não me apaixonar cada vez mais pela atriz. Indicada
três vezes ao Oscar de melhor atriz coadjuvante, ela já inicia o filme nos
mostrando a que veio: como a irmã mais velha, ela é uma mãe trabalhadora que
procura o melhor para o filho, mas também a típica ex-líder de torcida que
parece não ter deixado completamente seus tempos de “glória” do colégio. Para
completar a dupla, a também maravilhosa Emily Blunt, como Norah, ela demonstra
cada vez mais seu talento, encarando uma personagem confusa e cheia de
problemas e dúvidas devido a triste e inesperada morte da mãe, é de Blunt um
dos momentos mais tocantes do filme, quando sua personagem faz a maior besteira
de sua vida, seu única desejo é se trancar no carro e fugir do mundo, o
desfecho da personagem acaba sendo um alívio. Por fim, temos o sempre
maravilhoso Alan Arkin, lembro-me de começar a me aproximar mais do cinema em
meados de 2005, foi quando assisti a “Pequena Miss Sunshine”, e pude conferir o
trabalho excepcional do veterano e me encantar com sua habilidade, aqui ele é
Joe, um velho que faz o que pode para ver as filhas felizes, mas que sabe que
jamais poderá ser a mãe que elas perderam.
Como puderam perceber no decorrer do
texto, tudo nesse filme gira em torna da catástrofe que foi a morte da
matriarca dessa família, e é por aí que as reflexões começam. Nos perguntamos
se ela era tão infeliz e como poderia ter feito para melhorar sua própria vida,
depois começamos a analisar todas as consequências que Rose e Norah sofreram
com a morte da mãe, as dificuldades que Joe passou para criar as filhas e
manter a família unida e como é necessário, muitas vezes, passarmos por grandes
problemas e provações para vermos o quanto maravilhoso é viver e esquecer o
passado em prol do presente.
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