O menos pior dentre os cinco filmes da
franquia.
Nota: 6,5
Título Original: The Twilight Saga:
Eclipse
Direção: David Slade
Elenco: Kristen Stewart, Robert
Pattinson, Taylor Lautmer, Billy Burke, Xavier Samuel, Jackson Rathbone, Ashley
Greene, Peter Facinelli, Elizabeth Reaser, Kellan Lutz, Nikki Reed, Sarah
Clrke, Bryce Dallas Howard, Kiowa Gordon, Tyson Houseman, Bronson Pelletier,
Alex Meraz, Julia Jones, Tinsel Korey, Chaske Spencer, Gil Birmingham, Alex
Rice, Booboo Stewart
Produção: Wyck Godfrey, Greg Mooradian e Karen Rosenfelt
Roteiro: Melisa Rosenberg e Stephenie
Meyer (romance)
Ano: 2010
Duração: 124 min.
Gênero: Romance / Fantasia
Finalmente, após aquele susto que Edward
deu em sua família de vampiros e em sua amada Bella, o casal está junto
novamente, desse forma, eles começam os preparativos para o casamento e para a transformação de Bella
em vampira – a condição imposta pelos Volturi para que todos ficassem ilesos
foi a de que a garota viraria um deles. Entretanto, o coração de Bella ainda
pulsa em seu peito e está dividido entre o amor carnal e eterno que sente por
Edward e o amor fraternal que sente por Jacob. Como se não bastasse, a louca
Victoria – sim, aquela do primeiro filme que teve o amante “assassinado” pelos
Cullen” – deseja matar Bella, vingar seu amor e provocar a mesma dor que sentiu
em Edward, para isso cria um a legião de vampiros que já está matando
inocentes.
Apesar de a série ser, como um todo,
péssima, esse filme foge um pouco a regra: o enredo é o mais interessante entre
todos, afinal, veremos uma guerra e tanto entre aquilo que aqui chamamos de
vampiros – com a participação de seres que acreditamos serem lobisomens. Além
disso, os efeitos visuais, finalmente, parecem estar melhorando e nos sentimos
um pouco menos estúpidos indo até o cinema assistir ao longa (isso não será
algo permanente, garanto), não que os filmes não mereçam ser vistos, eles
merecem – nem que para ver que chegar ao fundo do poço não é o limite, afinal,
pode-se cavar – mas essa série não chega a ser o tipo que seja necessário ir
até o cinema, vale mais a pena esperar chegar na locadora, juntar uns dez
amigos e locar todos de uma vez para passar por uma tortura em grupo. Enfim, se
uma maratona da “A Saga Crepúsculo” for feita, esse terceiro longa dará um gás
após os dois primeiros tediosos filmes da franquia. É claro que o desfecho da trama
é previsível, mas de, qualquer forma, como um todo é interessante, apesar de
cenas estranhas e desnecessárias, não posso me furtar de lembrar a cena na
barraca na qual mais nos sentimos em Brokback Moutain que em qualquer lugar
próximo a Forks, pois, enquanto Jacob abraça Bella para esquentá-la (está nevando
muito lá fora) e Edward fica olhando, ela acaba adormecendo nos braços nus do
lobo e Edward agradece, feliz, por Jacob estar ali, enfim, sem preconceito
algum, ficou ridícula. Há mais uma coisa aqui que tenho o dever de contar,
acreditem ou não, a interessante trilha sonora é composta por ninguém mais,
ninguém menos que Howard Shore, sim o gênio da Trilogia “O Senhor dos Aneis” e
o compositor favorito de Martin Scorsese – eles já trabalharam no vencedor do
Oscar “Os Infiltrados” e no recente “A Invenção de Hugo Cabret”, por exemplo.
Além dele, temos a canção “Neutron Star Collision (Love is Forever)” da
excelente banda inglesa Muse.
Para falar sobre as atuações do drama
sem me tornar muito repetitivo em relação às críticas anteriores e por serem
muitas personagens nesse filme, vou analisá-los por vários ângulos: O triângulo
amoroso: Stewart pode até estar um pouco mais adulta, mas continua apática, sem
graça e não se vê motivo para tantos homens apaixonados por ela, Pattinson
ainda consegue ser um pouco mais natural, mas ele camufla seus bons momentos
com as insistências em não transformar Bella, alguns apontam Lautner como o
mais talentoso a partir desse filme, não vejo grande coisa, além disso, a
personagem continua insuportável querendo separar os outros dois,. A família
Cullen é composta por Robert Facinelli (Carlisle Cullen), o único ator da série
toda que chama mais a atenção por estar sempre neutro, Elizabeth Reaser (Esme
Cullen), absolutamente todos gostariam de ter uma mãe como essa, e aí vem os filhos,
e, como de costume, os problemas: Ashley Greene (Alice Cullen) consegue deixar
uma das poucas personagens divertidas da série, chata (e ela dá uma deslizada
apenas nesse filme), Jackson Rathbone (Jasper Cullen) compete com Bella para
ver quem é o mais apático e chega no subsolo do poço quando a personagem
recorda seu passado, Nikki Reed e Kellan Lutz são, respectivamente Rosalie Hale
e Emmett Cullen, o casal era para ser o mais sexy e belo do mundo, não chegam
nem perto disso, Billy Burke (Charlie Swan) é simpático, mas não atua tão bem
quanto o esperado. A tribo Quileute (tribo onde Jacob vive) é composta pelo
líder do bando, Chaske Spencer (Sam Uley), pela noiva de Sam Tinsel Korey
(Emily Young), pelo melhor amigo de Jacob Tyson Houseman (Quil Ateara), o
membron instável do bando, Alez Meraz (Paul), e pelos irmãos Clearwater, Julia
Jones (Leah) e Booboo Stewart (Seth), aqui todos são muito simpáticos e gentis
uns com os outros, mas a irmandade deles é algo sem nexo e a história do tal
imprinting faz com que eles se tornem
seres ridículos. Outros vampiros: Bryce Dallas Howard (Victória), jamais
veremos um ser vingativo com as mesmas feições idiotas que as dela, Xavier
Samuel (Riley Biers) um garoto que foi transformado por Victória, outra
decepção, mas que em um pequeno momento ou outro parece que vai se revelar um
ator satisfatório e Jodelle Ferland (Bree Tanner) a vampira que transformou
Jasper, adivinhem, outra decepção completa. Por fim, mas não menos importante,
Os Volturi: Dakota Fanning (Jane) a causadora de dor e representante dos mais
poderosos, jamais, em toda minha vida, vou entender porque Fanning está tão
medíocre na personagem, Cameron Bright (Alec) o irmão gêmeo de Jane, Charlie
Bewley (Demetri), o vampiro que encontra outros seres e Daniel Cudmore (Felix)
violento, forte e revoltado.
Após dois filmes decepcionantes da
série, esperamos assistir a algo catastrófico nessa sequência, mas o que vemos
aqui é menos que isso – o fim do mundo realmente chegaria apenas em 2012 com o
último longa – “Eclipse” acaba sendo apenas mais um filme sem nexo, chato
mesmo, daqueles que vale a pena assistir uma só vez, por um simples motivo,
tanto o segundo quanto o terceiro filmes da série são apenas uma longa e árdua
ponte entre o começo da história de amor entre Bella e Edward e o seu desfecho
épico. E realmente, essa série é épica, até porque, nem tudo o que é épico
precisa ser maravilhoso ou fantástico, afinal, até mesmo os filmes de Ed Wood
tornaram-se épicos.
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