Uma excelente distração de sci-fi.
Nota: 8,5
Título Original: Star Trek Into Darkness
Direção: J. J. Abrams
Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Zoe Saldana, Karl
Urban, Simon Pegg, John Cho, Benedict Cumberbatch, Anton Yelchin, Bruce
Greenwood, Peter Weller, Alice Eve, Noel Clarke, Nazneen Contractor, Amanda
Foreman, Jay Scully, Jonathan Dixon, Aisha Hinds, Joseph Gatt, Jeremy Raymond,
Tony Guma, Kimberley Arland, Sean Blakemore
Produção: J. J. Abrams, Bryan Burk, Alex Kurtzman,
Damon Lindelof, Roberto Rci
Roteiro: Roberto Orci, Alex Kurtzman, Damon Lindelof e
Gene Roddenberry (série para televisão)
Ano: 2013
Duração: 132 min.
Gênero: Ação / Aventura / Ficção
Para salvar a vida de seu melhor amigo, Spock, o Capitão
Kirk acaba expondo sua nave, a Enterprise, a uma sociedade que mal descobriu a
roda. Com isso, ao voltar para a Terra, ele perde seu posto como Capitão.
Entretanto, a Frota Estrelar é atacada por John Harrison, um renegado, e muitos
líderes acabam morrendo. Com a fuga de Harrison, Kirk é reconduzido ao posto de
Capitão da Enterprise para capturar o criminoso em um planetoide dentro do
Império Klingon sem que haja nenhuma menção de Guerra. Todavia, Kirk descobrirá
que coisas muito mais complexas e perigosas aconteceram no passado e que a
história de John Harrison está longe de ser apenas sobre um renegado revoltado
com a Frota Estrelar.
Decididamente, filmes de ficção científica estão longe
de ser os meus favoritos. Também não sou um grande fã de filmes de
super-heróis. “Star Trek” é uma mistura de sci-fi com heróis. O Capitão James
Kirk, o Comandante Spock, o dr. Leornard McCoy (Bones), a Tenente Nyota Uhura,
o Tenente Scott e, até mesmo, John Harrison, cada um deles, à sua maneira,
representa um tipo de herói. Seja para sua raça, seja para seus amigos, seja
para a sociedade, ou para o público. Como todo filme do gênero, existe um vilão
também. Aquele que deseja destruir alguma raça, ou humanidade, aquele
homem ou aquela mulher que passa por cima
de tudo e todos por seus ideias ou desejos. Aqui, não é diferente. Não é uma
grande revelação dizer que o vilão da vez, na realidade, é o Almirante Marcus,
que descobriu, anos atrás, que Harrison vinha de uma raça extremamente forte e
inteligente e resolveu usá-lo para adaptar o armamento da Frota Estrelar. Claro
que o plano fugiu do controle do Almirante e, antes de fugir, Harrison deixou
toda sua população à salvo no lugar mais inimaginável da terra. Revelar mais,
aí sim, seria desagradável. Mas é sobre isso que o longa se sustenta e se torna
um filme de ficção científica com “super-heróis” extremamente inteligente e
agradável. Desde o princípio, já conferimos a amizade incomum ente Kirk e
Spock, dois parceiros que não se intimidam em demostrar o que sentem um pelo
outro – na realidade, Spock parece não possuir muitos sentimentos, mas chegará
o momento em que até ele compreenderá a necessidade e beleza deles. Ainda
relacionando-se a Spock, vemos o amor entre ele e a Tenente Uhura, claro que,
um casal muito incomum, mas que prova que mesmo com as diferenças, o amor é
possível. Temos, também, o exemplo de lealdade e humanismo encontrado em
Harrison, uma criatura que arrisca a sua vida para salvar aqueles que ama: sua
família, sua tripulação, sua raça. O Almirante Marcus, nesse contexto, é o
retrato da ganância, da soberba, da luxúria, um homem que não respeita os
limites nem a decência para conseguir o que quer. E, mais que tudo isso, temos
a prova dada por Spock e Kirk, de que existem pessoas que permanecem dignas e
inexpugnáveis frente às chantagens e ameaças.
Chris Pine é um daqueles tipos de atores potencial, ou
seja, sempre vejo nele alguém que está prestes a nos trazer uma interpretação
inacreditável. Aqui, ainda não temos essa atuação, mas ele sustenta com muita
competência um dos personagens mais importantes da ficção científica da
atualidade. Como o Capitão James Kirk, Pine mostra que o personagem é mais que
um rostinho bonito: é um amigo leal, um Capitão justo, um profissional
destemido e um homem digno. Aquele Kirk bon vivant dá espaço a um verdadeiro
Capitão que tem por objetivo completar suas tarefas e fazer o melhor possível
pela humanidade. Spock, é interpretado por Zachary Quinto na melhor atuação do
longa. Quinto não expressa muitos sentimentos enquanto seu persongem passa por
seu momento frio e inexpressivo, entretanto, Quinto muda de feição e muda Spock
por completo quando passa por provações que colocam seus ideias em jogo. Zoe
Saldana e Alice Eve são as mulheres da vez. Saldana é uma Uhura que conhece os
defeitos e as qualidades de quem ela ama e está disposta a fazer os sacrifícios
necessários por seu mundo. Eve vive Carol, a filha do Almirante Marcus, uma
mulher muito mais digna que o pai, que prova, entre tantas boas mesagens, que quem
sai aos seus, com a graça de Deus, pode degenerar. Por fim, Benedict
Cumberbatch, que participa de quatro filmes indicados ao Oscar esse ano, vive
Khan, um ser emblemático e misterioso como somente Cumberbatch pode ser. É
curioso traçar um paralelo entre essa e outras interpretações do ator esse ano:
aqui, ele vive um ser superior, que não se abala com nada, em “12 Anos de
Escravidão”, ele é um bom fazendeiro que não se importa em ajudar os negros, em
‘Álbum de Família”, é um rapaz oprimido pelas louras da mãe, e, em “O Hobbit: A
Desolação de Smaug” faz a voz de um dragão que está trancado há anos em uma
caverna, onde repousa coberto por objetos de ouro.
Muitos cientistas acreditam que muito antes do final
do século, o homem encontrará outros planetas com vida. Alguns supõe que pelo
menos 12 planetas com condições semelhantes às do nosso podem ser descobertos
pelo homem. E os números podem subir a qualquer
momentos. Essas suposições se tornam ainda mais animadoras para os homens e
mulheres quando filmes de ficção científica são conferidos. “Star Trek” é um
desses. Apesar de seres muito diferentes, o filme foca em seres humanos em um
futuro próximo, onde galáxias estão em guerra, onde mundos são descobertos a
todos os momentos. Indicado ao Oscar como melhores
efeitos visuais – perderá para “Gravidade” -, o filme é um belo exemplo do
que acredita-se ser possível no futuro. Apesar de não ser fã de longas que
fazem tantas suposições acerca do amanhã e do que o Espaço reserva ao homem,
confesso que “Além da Escuridão: Star Trek” vai além de um filme sobre o
futuro, é um filme sobre a aceitação e convivência com diferenças, não
importando de que planeta se venha.
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