A consolidação de Pierce Brosnan como o
agente 007.
Nota: 8,7
Título Original: Tomorrow Never Dies
Direção: Roger Spottiswoode
Elenco: Pierce Brosnan, Jonathan Pryce,
Michelle Yeoh, Judi Dench, Desmond Lllewelyn, Samantha Bond, Teri Hatcher,
Ricky Jay, Götz Otto, Joe Don Baker, Vincent Schiavelli
Produção: Michael G. Wilson e Barbara
Broccoli
Roteiro: Bruce Feirstein e Ian Fleming
(romance)
Ano: 1997
Duração: 119 min.
Gênero: Ação / Crime
+ Música Tema: “Tomorrow Never Dies”,
composição de Sheryl Crow e Mitchell Froom e interpretação de Sheryl Crow.
O agente do serviço secreto britânico
James Bond é designado para ir até a fronteira russa e descobrir o que está
acontecendo em um bazar de armas, lá ele descobre que o terrorista americano
Henry Gupta comprou um decodificador de GPS. Posteriormente a isso, o agente
007 precisa ir atrás do magnata da mídia Elliot Carver para impedi-lo de
continuar a usar seu poder e o tal GPS para provocar a Terceira Guerra Mundial
entre a Inglaterra e a China. Para isso, Bond terá a ajuda da agente especial
chinesa Wai Lin e, claro, dos produtos criados pelo inesquecível Q.
O diretor Roger Spottiswoode já havia
dirigido vários longas com temas de ação, tanto para televisão, quanto para o
cinema, e tudo isso pode ser verificado em sua participação na franquia do
agente com licença para matar. Aqui, vemos tanto a experiência com esse gênero,
em cenas excitantes de lutas e perseguições, quanto a falta de experiência no
cinema, em alguns defeitos que jamais passariam despercebidos por qualquer um. Os
trunfos que temos acabam sendo o roteiro e a trilha sonora. O roteirista é o inexperiente Bruce Feirstein,
apesar de não ter escrito nada para o cinema além do filme “007 Contra GoldenEye”
(1995), Feirstein não decepciona e nos apresenta um dos melhores roteiros dos
filmes protagonizados por Pierce Brosnan, tornando a história séria e
estimulante. A trilha sonora, por sua vez, é assumida por David Arnold, que
permaneceu na série até 2008, com “007 Quantum of Solace”, apresentando-nos diversos estilos de músicas, desde temas compostos por Beethoven e aqueles
compostos pelo próprio Arnold e pela rainha do pop Madonna.
Voltando na pele do agente 007, temos
Pierce Brosnan, como disse na crítica anterior, Brosnan foi o 007 que fez parte
de minha infância, pelo simples fato de ter protagonizado os filmes de James
Bond que eu vi serem lançados no cinema enquanto era criança, dessa forma, foi
através de Brosnan que me tornei um fã de toda a série. E devo dizer, Brosnan
não decepciona tanto quanto poderia ser esperado, muito pelo contrário, em
diversos momentos ainda consigo ver em sua atuação resquícios do que Sean
Connery e Roger Moore fizeram em seus filmes. Michelle Yeoh vive a Bond Girl,
Wai Lin, no filme, uma mulher que, além de bela e provocante, é muito
inteligente e tão astuta e destemida quanto o próprio agente James Bond. Para
viver o vilão Elliot, Carver, ninguém mais, ninguém menos que o ótimo Jonathan
Pryce – mais conhecido por sua participação na franquia “Piratas do Caribe”
(2003 – 2007) como o Governador Swan -, sem sombra de dúvida, pode-se dizer que
Pryce é perfeito para o papel, conseguindo a façanha de ser detestável e
admirável ao mesmo tempo. Além deles, não posso me privar de falar sobre as
clássicas personagens: Miss Moneypenny é interpretada por Samantha Bond, Q é
vivido por Desmond Llewelyn (sua última participação como único “cientista” do
MI6) e, a insuperável, Judi Dench, que dá vida a M, sobre Dench, repito:
ninguém poderia ser uma escolha melhor que ela, pois Dench consegue passar o
sentimento materno que qualquer mulher possui naturalmente e incorporar o gênio
série e frio que qualquer mulher no poder precisa amadurecer a cada momento.
É necessário destacar, também, o fato de
a série sempre abordar temas importantes para a sociedade. Nesse caso, vemos a
crítica à alienação do ser humano perante a tudo o que a mídia nos apresenta,
além disso, verificamos uma análise profunda de como a sociedade atual deixou-se
levar pelos meios de comunicação e deu a eles plenos poderes para controlar
nossas vidas. Apesar de os filmes de James Bond terem decaído de uma forma
geral, na década de 1990 ele voltou com tudo e deixou claro que, se não é
possível ser ótimo em qualidade técnica, ao menos no quesito diversão e ação, a
franquia do agente 007 garante excelência.
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