domingo, 9 de dezembro de 2012

158. 007 CONTRA GOLDENEYE, de Martin Campbell

Um novo começo para a série de James Bond.
Nota: 8,9


Título Original: GoldenEye
Direção: Martin Campbell
Elenco: Pierce Brosnan, Sean Bean, Izabella Scorupco,Judi Dench, Famke Janssen, Joe Don Baker, Robbie Coltrane, alan Cumming, Desmond Llewelyn, Samantha Bond
Produção: Albert R. Broccoli e Michael G. Wilson
Roteiro: Michael France, Jeffrey Caine, Bruce Feirstein e Ian Fleming (romance)
Ano: 1995
Duração: 130 min.
Gênero: Ação / Crime
+ Música Tema: “GoldenEye”, composta por Bono & The Edge, e interpretada por Tina Turner.

Em 1986, James Bond vê seu colega Alex Trevelyan – o agente 006 – ser assassinado pelo Coronel Arkady Ourumov em meio a uma missão. Dez anos depois, Bond é designado por M – pela primeira vez uma mulher, a qual James não aprova – para terminar de cuidar do caso que ficou, de certa forma, pendente. Agora, Bond deve seguir Ourumov (agora General) e Xenia Onatopp. O que o agente 007 não esperava era que, na realidade, mais inimigos estavam a solta, e será preciso mostrar nitidamente a frieza que lhe deu a licença para matar.
Martin Campbell era um diretor de televisão que teve sua carreira um pouco melhorada com “GoldenEye”, não que seus filmes tenham melhorado, mas, a partir daí teve a chance de liderar produções que ficaram bem conhecidas: “A Máscara do Zorro” (1998), “Amor Sem Fronteiras” (2003), “A Lenda do Zorro” (2005), e sua volta à franquia 007, com “007 Cassino Royale” (2006). “GoldenEye” foi, em sua época, a esperança da MGM para trazer de volta, após o término da Guerra Fria, a história do agente James Bond, os dois últimos filmes – “007 Marcado Para a Morte” (1987) e “007 Permissão Para Matar” (1989) – haviam sido dois fracassos, não só pela escolha infeliz de Timothy Dalton (simpático, mas fraco demais), mas pelas histórias parecerem ter pouco nexo e, até mesmo, pela situação de combate ainda existente entre os Estados Unidos da América e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (atual Rússia), maiores potências da época. Além do diretor, os roteiristas também enfrentam seu primeiro trabalho na série: Bruce Feirstein ainda participaria de dois filmes do agente, Michael France trabalharia em filmes de heróis e Jeffrey Caine foi indicado ao Oscar por seu maravilhoso roteiro de “O Jardineiro Fiel” (2005). O compositor da vez é Eric Serra, que nos trás um trabalho mais voltado para a ação e dá várias caras novas ao tema criado por Monty Norman e John Barry.


Cresci, como a grande parcela das pessoas da minha idade, com a imagem de Pierce Brosnan na cabeça como o agente James Bond, talvez por isso ele não me seja tão estranho no papel, o fato é que ele não chega aos pés de Sean Connery ou de Roger Moore, mas é muito superior a George Lazemby e Timothy Dalton, igualando-se, de uma maneira ou outra, a Daniel Craig que viria mais de dez anos depois. Dessa forma, Brosnan é mediano em tudo o que faz: desde seu James engraçado, passando pelo James sedutor, até chegar no James Bond, o agente com licença para matar. Sean Bean é Alec Trevelyn, não tenho como falar sobre sua atuação sem contar que a personagem não morreu e ele se tornará o vilão da história, e, como estamos nos acostumando, um ótimo vilão, aliás, o que falta de competência por parte de Brosnan (que fique claro, nem é tanto assim), sobra por parte de Bean, que pode não ser o melhor vilão da série, mas já é um dos mais agradáveis, e aja fôlego e talento para se tornar um vilão agradável. Izabela Scorupco é Bond Girl da vez, Natalya Simonova, uma jovem nerd que se apaixona por Bond e o ajuda em sua missão. Há aqui duas trocas de intérpretes para personagens bem conhecidos, a primeira é a integração de Samantha Bond como a Srta. Moneypenny, a atriz é mais conhecida por seus trabalhos em televisão, sendo possível vê-la na série “Downton Abbey” (2010-2012), como irmã do protagonista Robert; além dela, a mais importante conquista da produção está em Judi Dench, sem dúvida a melhor pessoa para interpretar M, sendo fria, direta e objetiva do início ao fim, sendo impossível não ver Dench em qualquer outro momento de sua carreira, sem lembrar das feições sérias de M.
Apesar das mudanças e do tempo que James Bond ficou afastado das telas, “GoldenEye”  serviu perfeitamente ao propósito que os produtores desejavam ao realizá-lo: alcançou mais de U$$300 milhões de dólares na época, e trouxe, com todo o gás, as aventura do agente novamente para a telona e para a adoração do público. Claro que, grande parte desse sucesso, é devido ao fato de, em boa parte do filme, Bond deixar claro que ama e faz tudo o que faz pelo Inglaterra (observem que não é nem para a Rainha, e sim, para o próprio país). Além disso, nada no mundo poderia ser mais agradável do que assistir a uma dama totalmente inglesa como Judi Dench integrar o elenco de uma produção que, acima de tudo, parece prestar uma homenagem a Inglaterra, sua Rainha e seu povo, afinal, quem mais pode salvar a Grã-Bretanha que não James Bond?


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