Pode não ser um dos melhores filmes de
Bond, mas é satisfatório e a ação é garantida.
Nota: 8,3
Título Original: Licence to Kill
Direção: John Glen
Elenco: Timothy Dalton, Carey Lowell,
Robert Davi, Talisa Soto, Anthony Zerbe, Frank McRae, David Hedison, Benicio
Del Toro, Anthony Starke, Desmont Llewelyn e Robert Brown
Produção: Albert R. Broccoli e Michael
g. Wilson
Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson e Ian Fleming (romance)
Ano: 1989
Duração: 133 min.
Gênero: Ação / Crime
+ Música Tema: “Licence to Kill”,
composição de Naranda Michael Walden, Jeffrey Cohen e Walter Afanasieff e
interpretação de Gladys Knight
Tudo parece bem durante o casamento do
agente Felix Leiter e sua noiva, apesar de um imprevisto aqui e outro ali, os
dois se casam e vão viver felizes. O problema é que durante a lua de mel, os
dois sofrem um atentado e ela é assassinada. Devido a insistência de Bond em
continuar a investigar o caso, ele é demitido do serviço secreto britânico, mas
o agente 007 parece achar que ainda possui sua licença para matar e vai atrás
do chefe de uma poderosa organização que trata do contrabando de drogas. Dessa
vez, James Bond está atrás de vingança, mas não receber o apoio inglês não
significa que ele está sozinho.
O que nos é apresentado nessa sequência
é um James Bond mais forte, com raiva do mundo e louco para vingar tudo o que
aconteceu com o amigo. Além disso, como é de costume da série delatar problemas
sociais e políticos das épocas em que os filmes foram lançados, temos uma
denúncia ao descaso do governo para com o contrabando de drogas e a formação de
facções criminosas que acabam controlando boa parte do mundo - esse tema
voltará a ser visto em “Quantum of Solace” (2008). Aqui também é a despedida de
John Glen da direção dos filmes da franquia, aliás, despedem-se, além dele, os
atores Timothy Dalton (o agente 007) e Robert Brown (o chefe de Bond, M). Dessa
forma, não e difícil imaginar o quanto a série irá ganhar uma cara totalmente
diferenciada. Mas voltando a esse filme, é incrível como Glen ainda é capaz de
ser original mesmo depois de ter dirigido quatro filmes e esse ser o décimo
sexto longa da franquia, transformando aquilo que esperávamos ser péssimo em
algo mais do que agradável de se assistir. Outra agradável surpresa é o
duplamente indicado ao Oscar Michael Kamen, que substitui Jonh Barry na
composição da trilha sonora, apesar de Barry ser inigualável, Kamen já tinha
experiência em filmes do gênero de ação e consegue dar conta do recado sem
problema algum.
O fato de Bond estar mais agressivo do
que nunca, deixa o trabalho para o ator que protagoniza o filme mais fácil ou
muito mis difícil, no caso de Dalton, tudo ficou ao seu favor. Apesar de achar
que ele não condiz muito com a expectativa de dar continuidade ao trabalho de
Sean Connery e Roger Moore, a revolta da personagem fica clara o tempo todo e,
dessa vez, não há muitos erros por parte do ator. Carey Lowell é a Bond Girl do
filme, uma jovem determinada quando necessário mais um pouco inocente demais
para sua personagem, além dela, a bela Talisa Soto interpreta a outra paixão de
Bond no filme, essa é um pouco mais inteligente e destemida, mas ainda,
apaixonada demais. O vilão é interpretado por Robert Davi, e, como se tornou
costume em toda a série, a escolha do ator acaba sendo perfeita para o papel.
Cada vez que um ator deixa a série,
parece que tudo muda, entretanto, quando Moore deixou a pele de James Bond para
que Dalton vivesse o agente, John Glen continuou na direção da franquia e é aí
que este filme se torna um divisor: não teremos mais ninguém conhecido para os
próximos filmes (com exceção do cientista Q, interpretado por Desmont Llewelyn),
dessa forma, absolutamente tudo irá mudar. Acrescente a isso, o próximo filme
seria lançado apenas seis anos após esse, deixando os milhares de fãs desolados
e sem nenhuma esperança da volta de Bond. Enfim, a participação de Glen e
Dalton na série acaba por aqui, mas ambos jamais seriam esquecidos por qualquer
fã de James Bond, afinal, feliz ou infelizmente, todo intérprete de Bond jamais
será esquecido.
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