domingo, 9 de dezembro de 2012

159. 007 PERMISSÃO PARA MATAR, de John Glen

Pode não ser um dos melhores filmes de Bond, mas é satisfatório e a ação é garantida.
 Nota: 8,3


Título Original: Licence to Kill
Direção: John Glen
Elenco: Timothy Dalton, Carey Lowell, Robert Davi, Talisa Soto, Anthony Zerbe, Frank McRae, David Hedison, Benicio Del Toro, Anthony Starke, Desmont Llewelyn e Robert Brown
Produção: Albert R. Broccoli e Michael g. Wilson
Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson e Ian Fleming (romance)
Ano: 1989
Duração: 133 min.
Gênero: Ação / Crime
+ Música Tema: “Licence to Kill”, composição de Naranda Michael Walden, Jeffrey Cohen e Walter Afanasieff e interpretação de Gladys Knight

Tudo parece bem durante o casamento do agente Felix Leiter e sua noiva, apesar de um imprevisto aqui e outro ali, os dois se casam e vão viver felizes. O problema é que durante a lua de mel, os dois sofrem um atentado e ela é assassinada. Devido a insistência de Bond em continuar a investigar o caso, ele é demitido do serviço secreto britânico, mas o agente 007 parece achar que ainda possui sua licença para matar e vai atrás do chefe de uma poderosa organização que trata do contrabando de drogas. Dessa vez, James Bond está atrás de vingança, mas não receber o apoio inglês não significa que ele está sozinho.
O que nos é apresentado nessa sequência é um James Bond mais forte, com raiva do mundo e louco para vingar tudo o que aconteceu com o amigo. Além disso, como é de costume da série delatar problemas sociais e políticos das épocas em que os filmes foram lançados, temos uma denúncia ao descaso do governo para com o contrabando de drogas e a formação de facções criminosas que acabam controlando boa parte do mundo - esse tema voltará a ser visto em “Quantum of Solace” (2008). Aqui também é a despedida de John Glen da direção dos filmes da franquia, aliás, despedem-se, além dele, os atores Timothy Dalton (o agente 007) e Robert Brown (o chefe de Bond, M). Dessa forma, não e difícil imaginar o quanto a série irá ganhar uma cara totalmente diferenciada. Mas voltando a esse filme, é incrível como Glen ainda é capaz de ser original mesmo depois de ter dirigido quatro filmes e esse ser o décimo sexto longa da franquia, transformando aquilo que esperávamos ser péssimo em algo mais do que agradável de se assistir. Outra agradável surpresa é o duplamente indicado ao Oscar Michael Kamen, que substitui Jonh Barry na composição da trilha sonora, apesar de Barry ser inigualável, Kamen já tinha experiência em filmes do gênero de ação e consegue dar conta do recado sem problema algum.


O fato de Bond estar mais agressivo do que nunca, deixa o trabalho para o ator que protagoniza o filme mais fácil ou muito mis difícil, no caso de Dalton, tudo ficou ao seu favor. Apesar de achar que ele não condiz muito com a expectativa de dar continuidade ao trabalho de Sean Connery e Roger Moore, a revolta da personagem fica clara o tempo todo e, dessa vez, não há muitos erros por parte do ator. Carey Lowell é a Bond Girl do filme, uma jovem determinada quando necessário mais um pouco inocente demais para sua personagem, além dela, a bela Talisa Soto interpreta a outra paixão de Bond no filme, essa é um pouco mais inteligente e destemida, mas ainda, apaixonada demais. O vilão é interpretado por Robert Davi, e, como se tornou costume em toda a série, a escolha do ator acaba sendo perfeita para o papel.
Cada vez que um ator deixa a série, parece que tudo muda, entretanto, quando Moore deixou a pele de James Bond para que Dalton vivesse o agente, John Glen continuou na direção da franquia e é aí que este filme se torna um divisor: não teremos mais ninguém conhecido para os próximos filmes (com exceção do cientista Q, interpretado por Desmont Llewelyn), dessa forma, absolutamente tudo irá mudar. Acrescente a isso, o próximo filme seria lançado apenas seis anos após esse, deixando os milhares de fãs desolados e sem nenhuma esperança da volta de Bond. Enfim, a participação de Glen e Dalton na série acaba por aqui, mas ambos jamais seriam esquecidos por qualquer fã de James Bond, afinal, feliz ou infelizmente, todo intérprete de Bond jamais será esquecido.


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