Um dos filmes mais críticos do agente, portanto, uma das melhores histórias.
Nota: 8,5
Título Original: Moonraker
Direção: Lewis Gilbert
Elenco: Roger Moore, Lois Chiles,
Michael Lonsdale, Richard Kiel, Corinne Cléry, Bernard Lee, Geoffrey Keen, Lois
Maxwell, Desmond Llewelyn
Produção: Albert R. Broccoli
Roteiro: Christopher Wood e Ian Fleming (romance)
Ano: 1979
Duração: 125 min.
Gênero: Ação / Crime
+ Música Tema: “Moonraker”, composição
de John Barry e Hal David e interpretação de Shirley Bassey.
James Bond é designado para investigar o
desaparecimento de um foguete espacial, que era transportado por um avião que
sofre um acidente, mas em seus destroços não há nem sinal do tal foguete. Em
meio a sua investigação, Bond conhecerá a Dra. Holly Goodehead, com a qual
acaba, obviamente tendo um caso, e descobre que o homem que projetou o foguete,
Hugo Drax, deseja exterminar a raça humana para começar uma nova super-raça,
com físico perfeito e psicológico comandado por ele.
Mais uma vez, e pela última vez, temos
Lewis Gilbert no comando dessa produção, lembrando que ele dirigiu “Com 007 Só
se Vive Duas Vezes” (1967) e “007 O Espião que Me Amava” (1977), além da eterna
comédia “Como Conquistar as Mulheres” (1966). Mais uma vez, Gilbert faz um
trabalho incrível, que só não se torna impecável pelas viagem feitas pelo filme
(o que inclui uma falha no roteiro), antes de explicar tais falhas, lembro que
o roteiro é do mesmo de “007 O Espião que me Amava”, Christopher Wood. Voltando
aos exageros da produção, na época “Guerra nas Estrelas” (1977), imperava como
o estilo mais próspero para as próximas décadas, além disso, quase dez anos
antes “2001 – Uma Odisséia no Espaço” reinventou o gênero de ficção científica,
dessa forma, “007 Contra o Foguete da Morte” foi uma tentativa de Broccoli e da
distribuidora MGM de entrarem na onda proposta, inicialmente, por Stanley
Kubrick (também associado com a MGM) e da Lucasfilm em sociedade com a FOX. O
problema é que hoje, aqueles efeitos maravilhosos com a edição de som perfeita
de explosões e tiros a laser no meio do vácuo do espaço sideral são efeitos que,
hoje, beiram ao ridículo, sendo impossível ver alguma seriedade no último
quarto do filme. Mas isso, como disse, só é percebido hoje, para a época, foi
mais um avanço e mais uma produção eletrizante sobre o espaço. Em contraponto,
para nosso consolo, temos John Barry cada vez melhor em todas as produções de
James Bond. Além disso, boa parte do filme é ambientada no Rio de Janeiro, aqui
mesmo, em nossa país, e, agradavelmente, não somos apresentados a uma terra de
vagabundos sem lei, e sim ao uma terra alegre (Bond chega aqui em pleno
Carnaval) e bastante evoluída, dessa forma, o filme acaba sendo ótimo para a
imagem dos brasileiros, afinal, apesar de o país não ser muito levado a sério
pelas festas, ao menos não somos interpretados como o clássico país do
sacanagem.
Roger Moore é, pela quarta vez de sete,
o agente James Bond, e, pela quarta vez repito: Moore é fantástico no papel,
sendo a melhor opção inimaginável para substituir o eterno 007, Sean Connery; o
maior dos problemas para ele nessas alturas poderia ser ele ficar muito
repetitivo, mas é exatamente ao contrário, ele cativa cada vez mais e fica cada
vez melhor, bom para nós, ruim para ele, pois tanto ele (por ter encarado viver
Bond 7 vezes durante quase 15 anos), quanto Connery (por ter sido o primeiro),
quanto Pierce Brosnan (por ter sido o último a abandonar a personagem), quanto
Daniel Craig (por estar vivendo agora o agente), serão lembrados para sempre
como os agentes 007. Como Bond Girls foram escolhidas Corine Cléry, que dá vida
a Corinne Dufour, uma personagem que morre cedo e acaba sendo uma decepção,
pois parecia que a triz possuía um potencial imenso; e Lois Chiles, a Dra. Holly
Goodhead, finalmente, uma companheira a altura de nosso protagonista: sexy,
esperta, experiente e, acima de tudo, muito inteligente, Chiles está não
somente linda no papel, mas em momento algum parece artificial ou forçada, como
muitas atrizes da época.Entretanto, apesar de o elenco do filme ser quase que
totalmente favorável, é seu papel também fazer a despedida de Bernard Lee como
o chefe de Inteligência M, apesar de outros tentarem, ninguém jamais conseguiu
ser tão original quanto ele, a não ser quando, em 1995, seríamos presenteados
com Judi Dench como M, mas isso é assunto para outras críticas.
Após a Segunda Guerra Mundial e no
período da Guerra Fria - caracterizado, por exemplo, pela corrida espacial
entre Estados Unidos da América e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(atual Rússia), as duas maiores potências da época – incontáveis filme
criticaram dois fatores pertinentes: a tentativa maluca e, com sorte,
frustrante de Hitler de exterminar as raças não arianas da face da Terra, e a
obsessão, tanto dos EUA quanto da antiga URSS, em ser uma melhor que a outra.
Diferentemente do que se possa pensar, “007 Contra o Foguete da Morte” não é um
filme divertido e debochado sobre a ideia do que seria o espaço, e sim, mais
uma crítica inteligente a projetos que mataram muitas pessoas, aliás, toda a
série protagonizada por James Bond nos faz uma crítica sobre o mundo perigoso e
duvidoso que vivemos, e o pior é que algumas pessoas ainda não vêem claramente
tais fatos.
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