Apesar de previsível, não perde quase nada da qualidade desejada pelos fãs.
Nota: 9,0
Título Original: The Spy Who Loved Me
Direção: Lewis Gilbert
Elenco: Roger Morre, Barbara Bach, Curd Jürgens,
Richard Kiel, Caroline Muntro, Walter Gotell, Geoffrey Keen, Bernard Lee,
George Baker, Lois Maxwell
Produção: Albert
R. Broccoli e William P. Cartlidge
Roteiro: Christopher Wood, Richard Maibaum e Ian
Fleming (romance)
Ano: 1977
Duração: 125
min.
Gênero: Ação /
Crime
+Música Tema:
Nobody Does It Beter”, composição de Marvin Hamlisch, Richard Hewson e Carole
Bayer Sager e interpretação de Carly Simon.
James Bond é
orientado para ir até o Egito para investigar um estranho caso: alguém sabe
como rastrear um submarino submerso e está colocando essa tecnologia à venda
para quem pagar melhor. Para piorar a situação, tal tecnologia foi utilizada
contra a Inglaterra e contra a União Soviética (atual Rússia), dessa forma, o
agente 007 terá de trabalhar ao lado da agente XXX, Major Anya Amasova. No
entanto, apesar da grande força que essa dupla representa e das famas que os
acompanham, todos descobrirão que esse novo vilão não é tão fácil de ser
derrotado, e será preciso muito mais que apenas duas pessoas para derrotá-lo e
re-estabelecer a paz e a segurança da Europa.
Lewis Gilbert,
do também filme da franquia “Com 007 Só se Vive Duas Vezes” (1967) e da comédia
“Como Conquistar as Mulheres” (1966), já foi indicado ao Oscar, ao BAFTA, ao
Sindicato dos Diretores, ao Globo de Ouro e nos Festivais de Bruxelas, Cannes e
Moscou, aqui ele volta para sua segunda e última vez na Saga do agente 007.
Nesse filme, ele permanece como em sua direção anterior para a série: ótimo,
realizando um dos melhores longas do agente. Apesar de Richard Maibaum
permanecer como roteirista (só para lembrar, ele foi responsável por 13 filmes
da franquia), Tom Mankiewicz – de “007 Os Diamantes São Eternos” (1971), “Com
007 Viva e Deixa Morrer” (1973) e “007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro”
(1974), filmes que estão no topo da lista dos melhores do agente – nos deixa e
é substituído por Christopher Wood, que ainda participou de “007 Contra o
Foguete da Morte” (1979), o que os dois roteiristas nos trazem é uma história
rica e cheia de detalhes. Apesar das viagens feitas por eles em alguns
momentos, não é isso que deve ganhar relevância na série (até por que há filmes
que fazem viagens bem mais irreais e preferimos fingir que tudo é possível),
afinal, James Bond é como qualquer herói de quadrinho, mas uma tanto mais real
e “palpável” (se é que as mulheres me entendem). Marvin Hamlisché o compositor
que chega na série com todo o fôlego, nos apresentando ótimas músicas,
especialmente as que embalam as épicas aberturas de cada filme, além disso,
suas escolhas para as músicas eruditas do filme são excelentes.
Roger Moore
volta na pele do agente James Bond, e, como mostrou em todos os outros filmes, faz
por merecer estar no lugar de Sean Connery (que, aliás, não esquecerei de dizer
que é o único 007 absolutamente perfeito até os dias de hoje),pois se for para
escolher um que possa ser tão bom quanto ele, apontaria Moore, por simples
motivos: ele é vivo, espontâneo, engraçado e sexy, apesar de ter 50 anos na
época o ator continua parecendo mais jovem, ao menos o suficiente para tornar
seu 007 um homem pelo qual as mulheres se apaixonam exatamente por não ser um
garoto novinho e sem experiência. A atriz ao lado de Moore é Barbara Bach, a
Bond Girl Anya Amasova, dessa vez ela prova que Bond Girls podem ser ótimas
atrizes (na maioria, até esse filme, elas eram excelentes), mostra que as personagens
podem ser tão fortes e espertas quanto o homens que as cercam no filme. O vilão
da vez, Karl Stomberg, é interpretado por Curd Jürgens, mais uma vez, parece
que os inimigos de James Bond estão tomando um jeito bem mais interessante e,
confesso, é um alívio a Spectre estar dando ao menos um tempo em suas tramóias
para que vilões mais interessantes ganhem espaço. Por fim, o engraçadíssimo
Richard Kiel vive Jaws, um coitado que tem dentes de metal e faz todos os
trabalhos sujos para Stormberg, no final das contas, o ator faz com que
simpatizemos com a personagem.
Daqui para
frente começamos a ter esperanças de que todos os filmes do agente 007 sejam
tão bons e eletrizantes quanto esse, e mais, que não percam a sensualidade
exposta por Moore e Bach, afinal, sensuais todos os interpretes de Bond
conseguem ser e uma Bond Girl, sem ser minimamente sexy, é apenas figuração para
o filme. Enfim, o que vemos aqui é aquilo que estamos esperando, talvez esse
seja o maior problema: esperamos por um filme muito bem feito, e temos um filme
de qualidade inquestionável, mas, durante a trama acabamos adivinhando cada
passo ou cada sequência que está por vir. Todavia, apesar de pecar no sentido
de ser um tanto previsível, não é apenas isso que fará desse filme algo menos
que ótimo.
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