domingo, 15 de abril de 2012

334. HARRY POTTER E O ENIGMA DO PRÍNCIPE, de David Yates


O mais romântico dos filmes era para ter sido o mais obscuro por contar a vida de Lord Voldemort e mostrar a morte de uma das personagens mais queridas e importantes da saga.
Nota: 8,5 



Título Original: Harry Potter and the Half-Blood Prince
Direção: David Yates
Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Michael Gambon, Ralph Fiennes, Maggie Smith
Produção: David Heyman, David Barron e John Trehy
Roteiro: Steve Kloves
Ano: 2007
Duração: 153 min.
Gênero: Fantasia / Aventura

O mundo trouxa está cada vez mais propenso às maldades de Voldemort; Dumbledore mostra a Harry algumas de suas lembranças para que o passado do Lorde das Trevas seja revelado; Harry se aproxima de seu novo professor de poções; os corações de todos os jovens em Hogwarts estão enlouquecidos e é chegada a hora de Severus Snape provar sua lealdade ao seu verdadeiro mestre. Em uma dessas lembranças desvendada por Harry e Dumbledore será revelada a forma que Voldemort encontrou para viver tanto tempo, e é somente aqui que poderemos compreender um pouco do que está por vir e de tudo o que Harry deverá se sujeitar a fazer.


A direção ficou a cargo do mesmo diretor do filme anterior, David Yates, no entanto a adaptação desse sexto livro consegue ser pior do que a do quinto. Bem como o quinto filme, esse é repleto de qualidade técnica, tanto visual quanto sonora, a trilha ainda é de Nicholas Hooper, que nos traz um trabalho mediano. Portanto, bem como no quinto filme, o roteiro é fraco e o que salva esse filme da catástrofe são as excelentes cenas compostas pelos excepcionais intérpretes. As poucas lembranças mostradas acabam por nos revelar muito menos do que necessário, dessa forma o filme acaba, de certa forma, se perdendo não agregando absolutamente nada à trama da série como um todo, a pouca fidelidade fica para as últimas cenas onde vemos um dos maiores ídolos da série morrer.


O novo professor de poções, Horácio Slughorn, é vivido pelo sempre ótimo Jim Broadbent que, até então, possuía em seu currículo nomes fortes como “A Jovem Rainha Victoria” (2009); “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” (2008); “As Crônicas de Nárnia” (2005); “Robôs” (2005); “Bridget Jones: No Limite da Razão” (2004); “O Segredo de Vera Drake” (2004); “Gangues de Nova York” (2002); “Iris” (2001); Moulin Rouge – Amor em Vermelho” (2001) e “O Diário de Bridget Jones” (2001), isso tudo apenas na primeira década desse século; em 2002 ele venceu o Oscar e o Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante por “Iris”. Além dele temos a entrada da nada decepcionante Helen McCrory, atriz há apenas vinte anos já possui em seu currículo cinquenta trabalhos, dentre eles “O Conde de Monte Cristo” (2002); a série “Dickens” (2002); “Casanova” (2005); “A Rainha” (2006); “O Fantástico Senhor Raposo” (2009) e, mais recentemente, o incrível “A Invenção de Hugo Cabret” (2011), na série do menino bruxo ela interpreta a mãe do inimigo de escola de Harry, Narcisa Malfoy.


O penúltimo livro da série é um dos melhores por nos revelar um pouco sobre o deprimente passado do Lorde das Trevas, no entanto o filme se perde mostrando apenas os problemas da juventude dos alunos de Hogwarts, não que o filme seja ruim, aliás nenhum dessa série o é, mas poderia ser melhor, muito melhor devido ao enredo criado pela autora dos livros.


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