domingo, 8 de abril de 2012

340. ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE, de George Stevens

Filmes sobre as verdades da vida raramente nos inspiram a querer mais do que simplesmente viver, esse é um deles. Como se não bastasse, nos trás o trio perfeito: Dean-Taylor-Hudson.
Nota: 9,8



Título Original:Giant
Direção: George Stevens
Elenco: Elizabeth Taylor, James Dean, Rock Hudson, Carroll Baker, Dennis Hopper, Uncle Bawley
Produção: Henry Ginsberg e George Stevens
Roteiro: Fred Guiol, Ivan Moffat e Edna Ferber (romance)
Ano: 1956
Duração: 201 min.
Gênero: Drama

Leslie é uma mulher mimada que simplesmente resolve que quer se casar com o homem que vai comprar sua égua, sim aparentemente é um pacote: compre a égua de minha filha e leve a donzela consigo. O problema é que a jovem, encantada com os quinhentos mil hectares do marido, chega à sua nova residência e se depara com um Texas pobre, marrom e imundo. A frustração de Leslie se completa quando conhece a cunhada. Para completar o jovem Jett Rink, empregado marrento da fazenda, se apaixona pela garota e ávida de todos vira de cabeça para baixo.


“A Mulher que Soube Amar” (1935) com Katharine Hepburn e Fred Stone; “Ritmo Louco” (1936), com Fred Astaire e Ginger Rogers; “Serenata Prateada” (1941), com Cary Grant e Irene Dunne; “A Vida Continua” (1942), com Cary Grant e Jean Arthur; “A Mulher do Dia” (1942) com Katharine Hepburn e Spencer Tracy; “A Vida de um Sonho” (1948) com Irene Dunne e Oskar Homolka; “Um Lugar ao Sol” (1951), com Montgomery Clift e Elizabeth Taylor; em 1953 veio um de seus maiores títulos, “O Brutos Também Amam”, com um elenco masculino de tirar o fôlego, incluindo Alan Ladd e Jean Arthur, esses são apenas alguns dos títulos mais importantes da carreira de George Stevens, precisa falar mais sobre a genialidade do diretor? Se sim, ele foi indicado a nove Oscars, venceu dois de melhor direção e ainda foi homenageado pela Academia, no Globo de Ouro foram três indicações e no Sindicato dos Diretores foram quatro indicações, das quais venceu duas e ainda foi homenageado pelos colegas em 1960. Em “Assim Caminha a Humanidade” (filme responsável por um dos Oscars e um dos do Sindicato) ele faz arte, inspira-nos a querer viver a vida da melhor forma possível e aproveitá-la tanto quanto os personagens de sua história. A fotografia do filme é belíssima e não se pode deixar de falar da Trilha Sonora indicada ao Oscar de Dimitri Tiomkin, ele foi responsável por mais de cento e vinte composições em apenas quase setenta anos, foi indicado vinte e duas vezes ao Oscar e venceu quatro delas.


Não foram nem dez títulos no cinema, não ganhou nenhum Oscar, nunca foi homenageado na vida, mas é um dos maiores atores da história do cinema, James Dean morreu com apenas 24 anos e ficou conhecido por ser um jovem excêntrico e cheio de problemas, mas também talentoso e um dos homens mais belos que já pisou na terra, como Jett Rick ele é um espanto, nos faz sentir pena e ódio ao mesmo tempo de uma homem frustrado por ter tudo o que o dinheiro pode comprar e não ter conseguido nada na vida. Rock Hudson pode ter atuado mais tempo na vida, mas não conquistou muito mais que Dean, como Benedict, marido de Leslie, ele se saí muito bem e é o típico sertanejo rico da época. Mas aqui temos Elizabeth Taylor, com seus três Oscars e seu assombroso talento exposto em quase 70 filmes em quase 60 anos. Assombrosa também era sua beleza, uma das mais loucas estrelas da época de ouro de Hollywood, ela era uma diaba, casou oito vezes e foi a última verdadeira estrela a deixar de brilhar, aqui ela mostra toda a evolução de sua personagem, de uma garota sonhadora a uma mulher madura e com muita experiência na vida, e o faz melhor que qualquer um.


Existem filmes que não podem ser ruins simplesmente por que não é direito de uma produção com elenco, direção, roteiristas e técnicos tão bons se dar ao luxo da falta de magnificência, este faz parte daqueles que jamais esqueceremos, por serem simplesmente o que queremos ver, e não saírem um dedinho da linha. “Assim Caminha a Humanidade” (apesar de não ser nada parecido com o nome original) mostra exatamente isso: a forma sutil e cansativa (sem ser um filme cansativo) com que a humanidade dá seus passos: lentos, mas contínuos, sem nada de novo. Geração após geração, vivemos a vida, como já diria Belchior, como nosso pais, tentamos, tentamos fazer diferente, mas os ídolos são os mesmos, as vontades as mesmas, as manias as mesma e a mesmíssima forma de sobreviver em um mundo tão cruel.


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