domingo, 8 de abril de 2012

342. GATA EM TETO DE ZINCO QUENTE, de Richard Brooks

Quando temos Elizabeth Taylor e Paul Newman vivendo um casal em crise, nada pode dar errado.
Nota: 9,2



Título Original: Cat on a Hot Tin Roof
Direção: Richard Brooks
Elenco: Elizabeth Taylor, Paul Newman, Burl Ives, Jack Carson, Judith Anderson, Madeleine Sherwood
Produção: Lawrence Weingarten
Roteiro: Richard Brooks, James Poe e Tennessee Williams (romance)
Ano: 1958
Duração: 108 min.
Gênero: Drama

O milionário Harvey Pollitt está completando aniversário, eis que seus dois filhos resolvem passar essa data com ele. Gooper é casado com uma mulher insuportável e tem vários filhinhos mais chatos ainda; Brick tem uma mulher linda e inteligente, pela qual Harvey é apaixonado. No entanto a coisa é bem pior do que se imagina: o velho está doente, Gooper e a esposa estão loucos para herdar o dinheiro dele, Brick é um alcoólatra ex-astro de futebol americano, a esposa de Brick tenta fazer com que ele aproveite ser o preferido do pai e lute pelo dinheiro e Brick e a esposa vivem um casamento falido com discussão incessantes.


Brooks foi diretor de poucos filmes relevantes antes desse, dentre eles: “Terra em Fogo” (1950); “A Hora da Vingança” (1952); “Campo de Batalha” (1953); “The Last Time I Saw Paris” (1954) e “Semente de Violência” (1955). Aqui ele usa o melhor que possuí para tornar o filme tão incrível: seus excelentes atores. Mas também é o responsável pelas felizes escolhas de ângulos e cenários do filme, as batalhas impecáveis entre Taylor e Newman nos deixam eletrizados e são o ponto alto da trama, Brooks sabe exatamente os momentos que deve filmar ela, ou ele e sabe a hora de parar ou deixar que os dois se divirtam tornando as cenas cada vez melhores. Para tanto sarcasmo e ironia é óbvio que a trilha não poderia deixar de corresponder, curiosamente ela foi feita pelo mestre de desenhos infantis Charles Wolcott.


Quando assistimos a batalhas tão empolgantes de interpretes tão completos apenas imaginamos os diretores sentados e saboreando um café um ou vinho enquanto as perfeições atuam em sua frente, é essa a impressão que tenho de Brooks, que ele simplesmente saboreou o fato de ser agraciado com tanto talento dos atores. Paul Newman é o perfeito homem frustrado que poderia ter tudo na vida senão desperdiçasse tudo com seu vício, quando o vemos daquele jeito enfermo de pijamas podemos até sentir pena dele em alguns instantes, mas ele não se safa de rirmos de sua cara e gozarmos com seu sofrimento. Elizabeth Taylor é um nome que fala por si própria em qualquer época de sua vida, nessa época ela era a estrela que todos queriam e esperavam que ela seria, como a doce Meggie ela é infernal, sua beleza jamais some nesse filme, mas é como se estivéssemos de frente para a mulher do demônio considerando a forma como ela inferniza seu marido. Se me pedissem uma cena indicada no filme apenas diria: todas as com Newman e Taylor, esse casal só não forma o melhor casal do cinema por que a melhor fica por conta de Taylor e Richard Burton no filme “Quem Tem Medo de Virginia Woolf” (1966).


Casais em crise interpretados por dois astros perfeitos só não é melhor que casais em crise interpretados por um casal real (que provavelmente está em crise, por que casais famosos de Hollywood viviam em crise bem antes de Brad Pitt ou Angelina Jolie nascerem). Aqui temos o primeiro caso, e ele é bem mais que satisfatório, ele é sublime, encantado e fiel ao que se espera de uma situação dessas. Não como há fazer um desfecho sem elogiar mai uma vez o brilhantismo das atuações de Newman e Taylor, por que o que eles compõe respectivamente para cada uma de suas personagem é surreal, tornado o filme magnífico.

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