segunda-feira, 2 de abril de 2012

344. PIRATAS DO CARIBE: A MALDIÇÃO DO PÉROLA NEGRA, de Gore Verbinski

Johnny Depp dá vida ao pirata mais clichê possível, mas ao mesmo tempo extremamente original.
Nota: 9,0




Título Original: Pirates of the Caribbean: The Curse of the Black Pearl
Direção: Gore Verbinski
Elenco: Johnny Depp, Geoffrey Rush, Keira Knightley, Orlando Bloom, Jack Devenport, Jonathan Pryce, Lee Arenberg, Mackenzie Crook, Damian O'Hare, Giles New, Angus Barnett, David Bailie, Michael Berry J. Isaac C. Singleton Jr., Kevin McNally
Produção: Jerry Bruckheimer
Roteiro: Ted Elliott, Terry Rossio, Stuart Beattie e Jay Wolpert
Ano: 2003
Duração: 143 min.
Gênero: Comédia / Aventura

CONFIRA O TRAILER DO FILME:

          A Inglaterra sofre com a ameaça pirata vinda dos mares, dentre ela está o tão famoso Capitão Jack Sparrow. Apesar de o filme ser sempre de Sparrow , a história é sobre o chatíssimo Will Turner e o amor de sua vida, Elizabeth Swann. Quando Elizabeth resolve usar um colar que pegou de Will há anos atrás quando ele foi salvo pela tripulação do navio em que ela estava e a moça cai no mar com o dito medalhão uma força sobrenatural clama pelos inimigos reais, os piratas. Resumidamente, eles pegam a garota e Will, apaixonado por ela, sai atrás deles com Sparrow, que deseja recuperar seu tão amável navio, o Pérola Negra, sobre o qual recaem maldições e dezenas de crenças.


          A filmografia de Verbinski é bem simples: “Um Ratinho encrenqueiro” (1997), que já passou cem vezes na rede globo; “A Mexicana” (2001) com Brad Pitt e Julia Roberts; “O Chamado” (2002), o terror da década; a trilogia “Piratas dos Caribe” (2003, 2006 e 2007); “O Sol de Cada Manhã” (2005), um filme chato além do suportável com o mais chato ainda Nicolas Cage; e o maravilhosamente bem feito, sem palavras para expressar sua genialidade, “Rango” (2011), vencedor do Oscar de melhor animação desse ano, fala sobre um camaleão com crises de existência (dublado por Depp). Nessa trilogia ele é sempre a mesma coisa: bom. Não é ótimo, mas também não é ruim, no terceiro ainda excede as expectativas, nesse começo ele deixa claro que podemos esperar dos outros algo divertido e bem feito, mas nada sensacional de sua parte. Mas aqui o que merece destaque mesmo é o brilhantismo na composição da inacreditável trilha sonora de Klaus Badelt (mais tarde ele será substituído por Hans Zimmer). “He's a Pirate”, tema de Sparrow, é aquele tipo de música que quem assiste ao filme jamais esquecerá, trazendo toda a jovialidade impressa em Sparrow por Depp, a ganância dos piratas e a diversão atribuída a vida de que vivia no mar roubando os outros no Século XVII. Do restante das músicas, seguem-se, em sua maioria, esse estilo eletrizante do tema tão adorado pelos admiradores da série.


          Johnny Depp é o que há nesse filme, seus trejeitos, a forma de falar, de andar e de se portar são maravilhosas e nos remetem a exatamente aquilo que imaginamos ser um pirata: sedutor (apesar de nojento), com metade dos dentes pretos e a outra metade de ouro, a roupa suja, a essência de um bêbado e a esperteza para se safar de todos os perigos propostos pelo seu dia-a-dia. Simplesmente todas as suas cenas são memoráveis e fazem dessa sua maior personagem, não somente por que é a mais famosa e conhecida, mas por que Depp realiza umas das maiores façanhas ao se atuar uma mesma personagem durante quase dez anos: quando entra em Sparrow ele se torna Sparrow, se assistirmos a sua atuação no primeiro e no último não vemos diferença alguma, Depp cria, assim, uma personagem eterna. Com real força no elenco nos resta ainda apenas Geoffrey Rush, o nome deveria bastar, mas Rush faz o mesmo que Depp em relação a não mudança de sua personagem, em todos os filmes parece que ele se torna o Capitão Hector Barbossa, inimigo declarado de Depp, mas daqueles Tom e Jerry: não se suportam, mas não conseguem viver um sem o outro, nem que seja para se atormentarem constantemente, Rush é tão pirata quanto Depp, e vê-lo pular de Barbossa, para Sir Francis Walsingham (em “Elizabeth: a Era de Ouro”, de 2007), para Lionel Logue (“O Discurso do Rei’, de 2010) e voltar para Barbossa em 2011 como se fosse tão simples é como ver um cameleão mudar de cores: inacreditável, mas uma louvável adaptação de animal tão fantástico. Rush é um camaleão, inesperado, mas incrível. Depois temos as atuações sem graça de Orlando Bloom, como o insuportável Will Turner; e Keira Knightley, sua atuação aparenta ser “menos ruim” por sua personagem ser mais aturável. Depp foi indicado ao Oscar, ao Globo de Ouro e ao BAFTA por sua interpretação, venceu no Sindicato dos Atores na categoria coadjuvante.


Sequências de qualidade sempre foram raras, eis que temos “Harry Potter”, “O Senhor Dos     Aneis” e “Piratas do Caribe”, todos lançados quase que simultaneamente. Isso faz da primeira década uma década para ótimas continuações, o que os três tem em comum além de serem adaptações é que nunca chegam a ser ruins, diferentemente de tipos como “X-Men” ou “O Homem-Aranha”, talvez porque sequências de super-heróis nunca tenham dado certo mesmo, mas as magias com as quais as três citadas sejam simplesmente perfeitas, por que são tão mágicas e arriscadas quanto qualquer outra. “Piratas do Caribe” é o filme que todos gostam, simplesmente por ser algo além do imaginável, ou por que todos sonhamos em ser piratas um dia, ou sonhamos com um amor como o de Elizabeth e Will, ou apenas por que Johnny Depp nos proporciona uma dos criações mais perfeitas dos últimos anos quando resolve interpretar o temido, famoso, odiado, inescrupuloso e amável Capitão Jack Sparrow.  


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