Pode não ser a melhor adaptação
da história, mas sem dúvida é a mais bela e tecnicamente bem feita.
Nota: 8,8
Título Original: Alice in
Wonderland
Direção: Tim Burton
Elenco: Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Mia
Wasikowska, Anne Hathaway, Michael Sheen, Alan Rickman, Barbara Windsor, Timoty
Spall, Frances de la Tour, Imelda Sataunton
Produção: Joe Roth, Jennifer Todd, Suzanne
Todd, Richard D. Zanuck
Roteiro: Linda Woolverton,
Lewis Carroll (romance)
Ano: 2010
Duração: 108 min.
Gênero: Fantasia
Após muitos anos Alice, agora
adolescente, volta ao País das Maravilhas, o qual julgava ser um sonho. Lá ela
encontra um mundo totalmente devastado pela loucura da Rainha Vermelha que
insiste em ficar no trono o qual o povo acredita ser de direito de sua irmã, a
Rainha Branca, o Chapeleiro Maluco a espera na companhia da Lebre de Março e
Dormidongo para o chá, Absolem continua a achar uma menina estúpida, TWeedledee
e Tweedledum permanecem inseparáveis e o Gato Risonho ainda ri insolentemente
para tudo e todos. Mas agora Alice não é mais uma criança e tem de lidar com
tarefas destinadas para uma verdadeira heroína a fim salvar toda sua utopia.
Tim Burton é um dos diretores
mais loucos de todos os tempos no cinema. Além de uma lista maravilhosa de oito
filmes com Johnny Depp: “Edward Mão de Tesoura” (1990); “Ed Wood” (1994); “A
Lenda do Cavaleiro sem Cabeça” (1999); “A Fantástica Fábrica de Chocolate”
(2005); “Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet” (2007); “Alice no
País das Maravilhas” (2010) e “Sombras da Noite” (previsto para 2012) ele ainda
tem dois filmes com Helena Bonham Carter “Peixe Grandes E Suas Histórias
Maravilhosas” (2004) e “O Planeta dos Macacos” (2001), nos filmes com Depp após
2005 ela participou de todos. Não tem como Burton ser ruim, mas aqui ele parece
se perder ao tentar inovar uma história tão cultuada, a arte do filme, a
edição, o som, a trilha sonora (apesar de caricata), os efeitos especiais
(incluindo o 3D), o figurino e tudo o mais que compõe a estética do filme são
perfeitas, mas há alguma coisa em seu enredo e na forma que ele é levado por
todos que faz parecer o filme um tanto vazio e nos deixa a leve impressão de
que essa adaptação era algo totalmente desnecessário.
Mas é nessa má impressão que o
filme nos trás um elenco maravilhoso para deixá-lo tão agradável de ver: Mia
Wasikowska é a eterna Alice, uma menina sonhadora que, como qualquer outra
heroína infantil, deseja ser feliz com quem ama; Johnny Depp é o lendário
Chapeleiro Maluco, mais louco do que nunca, mas também triste e desiludido com
a vida; Helena Bonham Carter é a maléfica Rainha Vermelha, má e totalmente
engraçada; Anne Hathway dá vida a uma Rainha Branca bela, gentil e humilde
(para mim uma completa chapada); Michael Sheen é o Coelho Branco, sempre
preocupado com tudo à sua volta; Stephen Fry dá “vida” a uma das criaturas mais
adoradas da literatura inglesa, o Gato Risonho; Alan Rickman a Lagarta mais
reflexiva da história, Absolem; Barbara Windsor empresta a voz a preguiçosa
Dormidongo; Paul Whitehouse a Lebre de Março; Timoty Spall o fiel e amável cão
Bayard; Imelda Staunton surge como as flores do País das Maravilhas; Frances de
La Tour a iludida tia Imogene. Todos aqui parecem brincar com suas personagens
de forma simples e divertida, tornando cada uma delas muito bem-vinda.
A história da menina Alice já
foi vista no cinema, no teatro, na televisão e, originalmente, na literatura.
Em todas as versões vemos Alice em seu suposto mundo dos sonhos, nessa
representação ele é ainda mais real que em qualquer outra, e é isso que torna
esse filme imperdível: quem nunca quis estar em mundo diferente do que vivemos
ou qual criança passou pela mágica fase da infância sem imaginar a utopia de um
mundo colorido repleto de criaturas mágicas e cheias de vida dispostas a nos
proporcionar os mais diversos tipos de sentimentos? Portanto é essa toda a
magia do filme, nos reportar para nossos desejos mais infantis perdidos em
nossas memórias.
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