domingo, 8 de abril de 2012

341. O LEITOR, de Stephen Daldry

Com atuações belíssimas, ótima trilha sonora e excelente direção foi um dos melhores filmes de 2008.
Nota: 9,5



Título Original: The Reader
Direção: Stephen Daldry
Elenco: Kate Winslet, David Kross, Ralph Fiennes, Jeanette Hain, Bruno Ganz, Ludwing Blochberger
Produção: Anthony Minhella, Redmond Morris e Donna Gigliotti
Roteiro: David Hare e Bernhard Schlink (romance)
Ano: 2008
Duração: 124 min.
Gênero: Drama

 Michael Berg é um jovem cheio de sonhos e vivacidade, apesar de um pouco tímido. Devido a desventuras ele acaba por conhecer a bela Hanna Schmitz, uma mulher mais velha que lhe desperta mais que apenas desejos carnais. É com ela que ele inicia sua vida sexual, mas essa relação não se resume a apenas isso, o garoto se apaixona e se frustra quando a mulher some. Um tempo depois ele, estudante de direito, vai a um julgamento de ex-nazistas, eis que Schimitz é uma das acusadas da morte de centenas de pessoas, no entanto apenas ela leva a culpa desses assassinatos, tudo por que ela insiste em manter um segredo inimaginável.


Daldry, como comentei na crítica sobre o bom “Tão Forte, Tão Perto”, é o responsável por um dos melhores filmes de 2004, “As Horas”, e pelo maravilhosamente inspirador “Billy Eliot” (2000), o trabalho dele aqui é maravilhoso, aliás o ano de 2009 contava com grandes direções em grandes filmes. Em “O Leitor” ele não supera seu feito em 2004, mas se iguala com certeza, é vívido e não deixa que em momento algum pareça que sua história é banal e idiota, o segredo de Hanna pode parecer ridículo para alguns, mas sua reluta em revelá-lo é totalmente compreensível. Nico Muhly nos proporciona uma boa trilha sonora que deixa o filme ainda mais interessante.


Berg é interpretado por David Kross, novato e sem nada de interessante, na juventude, e pelo magnífico Ralph Fiennes quando mais velho. Aqui Fiennes se revela muito mais do que apenas um homem capaz de interpretar papéis fortes, sarcásticos e com aquele drama  insuperável, ele consegue tornar uma personagem chata e sem graça (do tipo mocinho que todos acham um porre) em alguém por quem nos apaixonamos e compreendemos. No entanto, foi Kate Winslet quem mais se mostrou capaz de fazer o que lhe for dado. Uma atriz que sabe o que quer, hoje (depois de seus trinta anos) é uma das melhores atrizes inglesas vivas, deixou de lado sua atuação e sua personalidade da sua época Rose, e conseguiu fazer com que o mundo esquecesse que um dia ela aceitou viver a nova pobre em “Titanic”. As cenas entre ela e Kross, principalmente as que ela lhe ensina as coisas boas da vida, são muito bem seguradas por ambos, e Fiennes consegue dar o tom necessário para mostrar um homem que deseja, de toda a forma, fazer algo por Hanna quando manda gravações de leituras para ela na prisão. Winslet venceu o Oscar por sua interpretação, apesar de coadjuvante, sou obrigado a lembrar que, no mesmo ano, ela havia feito uma atuação impecável em “Foi Apenas um Sonho”.


É fato que Daldry sempre conseguiu reunir ótimos elencos para seus filmes, e em todos nos surpreendemos com as atuações maravilhosas. Conseguir tirar o melhor de Nicole Kidman (a ponto de lhe render um Oscar merecido) e fazer Sandra Bullock perder sua insuportável arrogância de “Um Sonho Possível” e virar uma verdadeira mãe em “Tão Forte, Tão Perto” não é para qualquer um. Em “O Leitor” não nos deparamos com mais uma história sobre a Segunda Guerra Mundial, e sim com algo sobre a vida e todos os seus propósitos, sobre como o ser humano pode agir diante das mais diversas situações que a vida nos impõe e como elas podem influenciar todo um futuro.

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