quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

383. RANGO, de Gore Verbinski

É complicado dizer se existe alguma animação feita para crianças, essa é tão complexa e impecável em seus detalhes que será difícil e reflexiva até para os mais velhos.
Nota: 9,8



Título Original: Rango
Diretor: Gore Verbinski
Elenco (vozes) Johnny Depp, Abigail Breslin, Bill Nighy, Isla Fisher, Claudia Black, Alanna Ubach, Stephen Root, Gil Birmingham, Beth Grant, Kym Whitley, Ian Abercrombie, Maile Flanagan, John Cothran Jr., Hemky Madera, Jordi Caballero.
Produção: John B. Carls, Graham King, Gore Verbinski
Roteiro: James Ward Byrkit , John Logan, Gore Verbinski
Ano: 2011
Gênero: Animação / Drama / Comédia

CONFIRA O TRAILER DO FILME:

Rango é um camaleão, isso é um fato, no entanto se seu nome é realmente Rango não se sabe. Durante uma viajem com sua família humana ele se perde no meio de um deserto nos EUA e agora terá de se virar para sobreviver, como se não bastasse, o camaleão metido a ator vê a chance para provar que é um verdadeiro Clark Gable quando o confundem com um herói em um vilarejo na meio do nada que sofre com a suposta escassez de água.
Gore Verbinski é um homem que não decepciona em momento algum, já dirigiu os três primeiros filmes da franquia Piratas do Caribe, onde trabalhou com Depp e, apesar de o quarto filme ser o melhor de todos, foi ele quem estabeleceu a grandeza de Jack Sparrow ao lado de Johnny Depp. Em Rango ele ainda trabalha na composição de algumas músicas da trilha sonora, produz e roteiriza. Ao seu lado no roteiro não está nem um amador, John Logan, indicado ao Oscar esse ano pelo roteiro de A Invenção de Hugo Cabret, de Martin Scorsese, já esteve lá com O Aviador (também de Scorsese) em 2005 e Gladiador em 2001, além desses também trabalhou em O Último Samurai, Sinbad e Sweeney Todd (também com Depp). A trilha sonora brilha em uma mistura de western e a influência mexicana nos EUA e torna o filme o mais melancólico possível para demonstrar o sofrimento que a personagem principal sente sem saber quem realmente ela é, para finalizar o comentário, ela é composta por Hans Zimmer e, só por isso já deveria valer a pena assistir ao filme.



O fato é que não é somente por Zimmer que se deve assistir a esse filme, ele é maravilhoso, Depp interpreta (por que sim, dublar é interpretar) com tanta classe que nem lembramos que ele também é Todd ou Sparrow, apenas queremos ouvi-lo sendo Rango. As escolhas de cenas do filme também não perdem em nada e são impagáveis os momentos em que o grupo de corujas cantoras aparece e transforma a vida do réptil em uma ópera são uma carta na manga.
Não se sabe o porquê de esse filme ser tão fantástico, talvez seja a magia do cinema, a referência aos faroestes de décadas atrás, as personagens e acontecimentos semelhantes ao nosso dia-a-dia ou o fato de não sabermos realmente se o desfecho é realizado por Rango ou qualquer outra personagem do camaleão, apenas podemos ter a certeza de que a vida é repleta de questionamentos (os quais estão sendo bem representados esse ano no cinema) como o que está acontecendo com o mundo, o que acontecerá com nossas vidas, o que fazemos aqui, por que estamos aqui e para onde vamos, todas essas perguntas podem ser respondidas durante a nossa existência ou após ela, mas será que um dia cada um de nós terá a resposta para a pergunta mais evidente desde que nascemos “Quem eu sou?”?
A indicação ao Oscar limita-se a Melhor Filme de Animação, o prêmio é praticamente dele, apesar de ter perdido o Globo de Ouro para Tintin, venceu o Annie Awards na categoria principal abatendo todos os indicados ao Oscar nessa categoria e mais um pouco, levou o BAFTA de animação e, para completar, levou vários prêmios da Associação de Efeitos Especiais, incluindo melhor personagem para Rango.



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