Suspense forte e bem articulado, mas com ritmo lento e cenas muito longas.
Nota: 8,7
Nota: 8,7
Titulo Original: Tinker, Tailor, Soldier, Spy
Direção: Tomas Alfredson
Elenco: Gary Oldman, Colin Firth, Tom Hardy,John Hurt, Cumberbatch, Ciarán Hinds, David Dencik, Toby Jones, Philip Martin Brown, Kathy Burke, Mark Strong,Benedict.
Produção:
Roteiro: John Le Carré (Livro), Peter Straughan e Bridget O’Connor
Duração: 127 min.
Ano: 2011
Gênero: Suspense / Drama:
CONFIRA O TRAILER DO FILME:
Nunca foi segredo para ninguém o número de espiões que existiram no mundo todo durante a Guerra Fria, bem como as traições atribuídas a esses homens que tanto faziam, ou desfaziam, por suas nações. Basicamente é disso que se trata esse filme, a trama gira em torno de George Smiley que, supostamente aposentado, é contratado pelos ingleses para descobrir quem é o agente duplo que vem trabalhando há anos para eles e para a URSS.
Não se pode negar que o filme todo é muito bem feito e bem articulado pelo diretor e pelos roteiristas, mas o roteiro acaba sendo um pouco confuso e com algumas pequenas falhas. O diretor não é nenhum novato, e mostra que sabe sim como dirigir um filme, suas tomadas são ora imprevisíveis ora previsíveis até demais. Seu trabalho não é nem uma obra prima, mas ele nos deleita com um filme que, aliado a exuberante trilha sonora de Alberto Iglesias (que aqui faz muito mais do que foi feito em “Volver” e se adapta melhor que em “Tudo Sobre Minha Mãe", ambos de Pedro Almodóvor) e a uma equipe técnica excelente, se torna um trabalho exemplar e digno de ser assistido várias vezes.
Não se pode negar que o filme todo é muito bem feito e bem articulado pelo diretor e pelos roteiristas, mas o roteiro acaba sendo um pouco confuso e com algumas pequenas falhas. O diretor não é nenhum novato, e mostra que sabe sim como dirigir um filme, suas tomadas são ora imprevisíveis ora previsíveis até demais. Seu trabalho não é nem uma obra prima, mas ele nos deleita com um filme que, aliado a exuberante trilha sonora de Alberto Iglesias (que aqui faz muito mais do que foi feito em “Volver” e se adapta melhor que em “Tudo Sobre Minha Mãe", ambos de Pedro Almodóvor) e a uma equipe técnica excelente, se torna um trabalho exemplar e digno de ser assistido várias vezes.
Mas o que prevalece nessa história são as personagens mesmo, ainda mais com atuações tão grandiosas. Se “Histórias Cruzadas” (crítica 397) foi um filme feito totalmente por mulheres, esse é feito por homens, com exceção de Kathy Burke. Colin Firth foi o escolhido para interpretar a personagem mais curiosa e complexa da trama, ele foi uma ótima escolha, apesar de sempre parecer que ele podia ter sido melhor nesse papel; Mark Strong, que veio de uma legião de filmes adorados pelo público, não tem a chance de se mostrar tão bem como poderia, mas cumpre seu papel muito bem; seria difícil apontar um trabalho realmente ruim de John Hurt, mais difícil ainda vendo-o interpretar o agente Control; Tom Hardy é uma ótima surpresa, não sou muito fã desse ator, mas acho que ele foi a escolha perfeita para interpretar Ricki Tarr. Falando em escolha perfeita temos a grande estrela do filme: Gary Oldman se entrega ao máximo para interpretar Smiley, e o faz com uma nobreza inigualável. No início do filme sua personagem simplesmente não está ali, mas está, ele consegue se tornar o que realmente um espião deve ser: invisível. Merece destaque a cena, quase no final, entre Oldman e Firth.
Por fim, apesar de cansativo e difícil, “O Espião que Sabia Demais” é uma excelente pedida naqueles dias em que estamos afim de assistir a um filme daqueles muito bem feitos e com aquela nova classificação “cult”, mas deve-se saber onde se está pisando a cada segundo, pois como na espionagem qualquer interpretação errada ou falta de atenção pode leva-lo a ruína.
As indicações ao Oscar:
Melhor Ator Principal: Gary Oldman;
Melhor Roteiro Adaptado: Bridger O’Connor e Peter Straughan;
Melhor Trilha Sonora: Alberto Iglesias
As chances são poucas nas três categorias, mas são merecidas. Oldman está fantástico, e o roteiro tem alguma chance.
Para compensar o atraso (ontem fiquei sem internet) eis uma lista para os interessados em premiações. No Domingo 12/02 foram anunciados os vencedores do BAFTA, o Oscar inglês, a lista do próprio Oscar não será muito diferente:
Melhor Filme – O Artista
Melhor Filme Britânico – O Espião que Sabia Demais
Melhor Ator – Jean Dujardin, por O Artista
Melhor Atriz – Meryl Streep, por A Dama de Ferro
Melhor Ator Coadjuvante - Christopher Plummer
Melhor Atriz Coadjuvante - Octavia Spencer
Melhor Atriz Coadjuvante - Octavia Spencer
Melhor Diretor – Michel Hazanavicious, por O Artista
Melhor Roteiro Original – O Artista
Melhor Roteiro Adaptado – O Espião que Sabia Demais
Melhor Desenho de Produção – A Invenção de Hugo Cabret
Melhor Fotografia – O Artista
Melhor Montagem – Senna (documentário)
Melhor Figurino – O Artista
Melhor Trilha Musical – O Artista
Melhor Maquiagem – A Dama de Ferro
Melhor Som – A Invenção de Hugo Cabret
Melhores Efeitos Especiais – Harry Potter e as Relíquias de Morte Parte 2
Melhor Filme Estrangeiro – A Pele que eu Habito, de Almodovar
Melhor Animação – Rango
Melhor Documentário – Senna
Melhor Revelação Inglesa – Tyrannosaus
Melhor Revelação – Adam Deacon
Melhor Curta Drama - Pitch Black Heist
Melhor Curta Animação - Morning Stroll
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