domingo, 19 de fevereiro de 2012

386. A ÁRVORE DA VIDA, de Terrence Malick

Fazendo referência a forma belíssima de se usar imagens e trilha sonora, o filme inova seu gênero dramático familiar.
Nota: 9,1



Título Original: The Tree Of Life
Direção e Roteiro: Terrence Malick
Elenco: Brad Pitt, Sean Penn, Fiona Shaw, Jessica Chastain, Kari Matchett, Dalip Singh, Joanna Going, Jackson Hurst, Brenna Roth, Jennifer Sipes, Crystal Mantecon, Lisa Marie Newmyer, Hunter McCracken
Produção: Dede Gardner, Sarah Green, Grant Hill, Brad Pitt, Bill Pohlad
Trilha Sonora: Alexandre Desplat
Duração: 138 min.
Ano: 2011
Gênero: Drama

CONFIRA O TRAILER DO FILME:

Terrence Malick simplesmente resolveu inovar em um filme rico em imagens, com poucas falas e expressões suficientes para dizer-se tudo o que se precisa. Como diretor e roteirista ele não se sai nada mal. Nesse filme a história parece simples: a vida da família O’Brien nos anos cinquenta e as consequências de decisões e perdas que podem mudar tudo, como a morte de um dos três filhos do casal, a forma ríspida com a qual o pai (Brad Pitt) trata os filhos, a posição da mãe como simples dona de casa, a frustração do pai em não ser um pianista.
Poderia ser um filme normal, chato e enjoativo sobre como a nossa vida não é tão ruim quanto pensamos e que nos mostre o quanto devemos agradecer a Deus por estarmos nesse mundo vivendo nossas vidas com tranquilidade, mas não é. Malick tras um trabalho nada convencional quando decide, surpreendentemente, tentar explicar por que todos nós passamos por momentos reflexivos na vida (no filme um dos jovens, interpretado por Sean Penn, já esta quase no século XXI e lembra dos fatos de sua infância) voltando não apenas no passado da personagem, e sim no passado do próprio planeta. Ele demonstra através de imagens e sons (o que nos lembre um pouco do que se fez na antológica abertura do filme 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick, filmado em 1968) como o planeta se formou, depois a passagem dos temíveis dinossauros, as transformações que a Terra sofreu e por fim volta a história com o nascimento de uma criança.
Pitt tem aqui um bom trabalho, forma o caráter e a índole de sua personagem com perfeição e deixa claro que esse ano resolveu realmente ser ótimo. O que surpreende no trabalho do ator é que uma personagem clichê dos anos cinquenta, o pai ríspido com os filhos e que deixa claro a esposa o quão inútil ela é, se torna um real ser humano, ele não força em nada e nos esquecemos completamente daquele homem sorridente cercado por filhos e a esposa Jolie. Ao seu lado esta a também excelente Jessica Chaistain, que interpreta a mãe, além de um elenco de peso que conta também com a participação sem graça de Seann Penn, que tem sua personagem incrivelmente vivida na infância pelo jovem Hunter McCracken.
A Árvore da Vida não é um filme fácil de se compreender ou gostar. Mas é arte da maior qualidade: é belo, bem feito, muito bem interpretado, reúne trilha sonora e imagens de tirar o folego e consegue deixar um drama reflexivo algo mais descontraído, apesar de se for analisado a fundo se torna uma história pesada e cheia de desventuras. Não é um filme que agrade a todos, mas é um grande filme e merece todo o alarde que já se fez em volta dele durante o ano.


Eis as indicações ao Oscar:
Melhor Filme: Sarah Green, Dede Gardner, Bill Pohland, Brad Pitt e Grant Hill
Melhor Direção: Terrence Malick
Melhor Fotografia: Emmanuel Lubezki
Levando em consideração que o Sindicato de Fotografia concedeu o prêmio ao filme, ele possui essa única change.



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