sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

388. GUERREIRO, de Gavin O’Connor

Não é digno de celebração e também não é muito bem feito, mas é bom e traz ótimas atuações.
Nota: 7,0 



Título Original: Warrior
Diretor: Gavin O'Connor
Elenco: Joel Edgerton, Tom Hardy, Jennifer Morrison, Nick Nolte, Noah Emmerich, Bryan Callen,Kevin Dunn, Denzel Whitaker, Kurt Angle
Produção: Greg O'Connor
Roteiro: Gavin O'Connor , Anthony Tambakis, Cliff Dorfman
Ano: 2011
Gênero: Ação / Drama

CONFIRA O TRAILER DO FILME:

Existem apenas dois tipos de pessoas que podem gostar desse filme: aqueles que amam luta ou os que amam cinema. Não existe meio termo, se você não for nenhum desses esqueça. Brendan é um professor de física, e Tommy é basicamente um vagabundo, as únicas coisas que eles possuem em comum é a sede de luta e os seus genes. A história é bem simples: Tommy resolve voltar a lutar pesado e Brendan enfrenta as dívidas e faz o mesmo, pouco tempo depois de reiniciarem os treinos os dois acabam no chamado “Super Bowl do MMA”, e é aí que o filme realmente se torna interessante, por que é nesse contexto que os irmãos irão se digladiar dentro e fora da “jaula”.
As semelhanças com “O Lutador” e “O Vencedor” são enormes, não apenas por estes também tratarem do mesmo tema central, mas por que também mostrar as dúvidas e problemas que acometem aqueles que resolvem seguir essa vida. Dentre os dois casos citados no início do texto, confesso que faço parte do segundo, simplesmente não gosto de luta corpo a corpo, mas sou um eterno admirador de bons filmes, e, esse pode não ser ótimo, mas faz sua parte e convence bem. É claro que O’Connor, que não tem muita coisa que preste em seu curriculum, faz bom uso quando decide realizar um filme sobre um esporte que está tanto na mídia como poucas vezes antes visto, e talvez essa seja a chave para esse filme não ser uma desgraça total.


Neste quem realmente merece aplausos é Nick Nolte, ele interpreta o pai alcoólico e pseudo reabilitado dos lutadores, e é ele quem nos proporciona as melhores cenas do filme, dentre elas as que torce enlouquecidamente pelo filho Brendan, que treina Tommy ou revive o passado em uma esperada bebedeira. Tom Hardy interpreta Tommy com convicção, a personagem é simplesmente o problema encarnado, e o ator dá conta do recado, Joel Edgerton vive Brendan, também não faz nada mal, mas sempre poderemos pensar que ambos poderiam ter sido melhores. Por fim, Frank Grillo, interpreta Frank Campana, o treinador de Brendan, e não é que o policial do seriado fracassado “The Gates” me surpreendeu? Não que o elenco seja fantástico, está longe disso, mas é um elenco que faz o que se deve fazer por um filme como este.
A trilha sonora não decepciona, e apensar do uso de câmera de mão (que eu abomino em certos casos) ser exagerado, parece que tudo se encaixa nesse filme, como a própria produção e o contexto, é tudo simples, mas bem conectado, existem falhas sobrando, mas o filme é bonito, inteligente, e consegue nos prender no que mais é necessário que nos prenda: nas sequencia de luta do tal campeonato. O MMA está longe de ser tão aclamado quanto o futebol americano, mas o filme decepciona muito menos que o esperado. Uma pena ser tão pouco aclamado no mundo, aqui foi lançado direto em DVD.
A única, e merecidíssima, indicação ao Oscar coube a Nolte, é difícil dizer se ele possui alguma chance, afinal, Chistopher Plummer já está com os dedos na estatueta, só falta darem a ordem para ele segurá-la e leva-la para casa.


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