quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

382. TODA FORMA DE AMOR, de Mike Mills

As relações no mundo são complexas, mas necessárias, e é nesse contexto que Christopher Plummer é o favortito entre os coadjuvantes nesse ano.
Nota: 8,3






          Título Original: Beginners
          Diretor: Mike Mills
          Elenco: Ewan McGregor, Christopher Plummer, Mélanie Laurent, Goran Visnjic, Kai Lennox, Mary Page Keller, Keegan Boos, China Shavers, Melissa Tang, Amanda Payton
           Produção: Miranda de Pencier, Lars Knudsen, Leslie Urdang, Jay Van Hoy, Dean Vanech
           Roteiro: Mike Mills
           Duração: 105 min.
           Ano: 2010
           Gênero: Comédia Dramática

CONFIRA O TRAILER DO FILME:


          Na vida é precisos que o ser humano leve alguns choques de realidade para viver de verdade e dar valor a nossa existência na Terra, para alguns isso acontece aos vinte, para outros aos trinta, cinquenta, setenta, noventa, ou morre-se sem saber como é possuir sentimentos reais. É disso que esse filme trata, a personagem principal, Oliver Field (Ewan McGregor) precisa conviver com os fatos de a mãe ter morrido e o pai, com 75 anos de idade revelar que foi homossexual a vida toda, para viver sua propria vida e tentar ser feliz da melhor foma possivel.
           Mike Mills não faz nada de muito interessante em sua direção para este filme, é correto do começo ao fim e não há cenas em que nos faça pensar "que m... é essa?". A ediçaõ do filme também é correta, mas o que impressiona é a trilha sonora do trio Roger Neill, Dave Palmer, Brian Reitzell, bem como em "Rango" (mas tão tão bem quanto Hans Zimmer), todas as múscas demonstram a depressão ou a alegria de todas as personagens do filme, o estilo retrô delas nos remete sempre a pensar que todo as dúvias e problemas de Oliver vieram de sua infância nos anos 60 e 70.


            Ewan McGregor tem potencial, vezes para ser péssimo, vezes para ser bom, aqui ele interpreta uma personagem melancólica que volta a dar valor a vida após conhecer um verdadeiro amor, e se questiona se vale a pena largar tudo aquilo em que acreditou ser o casamento durante seus 38 anos de idade para embarcar em algo totalmente incerto, e o faz muito bem. Mas aqui não é McGregor, ou a direção, ou a edição, a trilha ou qualquer outra coisa que chama a atenção, é a maestria com a qual Christopher Plummer vive o pai de Oliver, Plummer sabe que esse filme é sobre a vida da personagem do filho, e não se sobresai a ele em cena alguma, é simples e divertido, e provavelmente está aí o maior trunfo de Plummer, ele sabe o que fazer sempre, e o faz com a grandeza dignida de um rei.
          Toda Forma de Amor trata disso, apesar de o nome original ser "Bigenners", as várias formas de amor, entre pai e filho, mãe e filho, marido e esposa, homem e mulher, homem e homem, homem e animal, enfim, sobre como as relações entre um ser humano e o restante do universo são complexas, mas são essas as relações que mantém a vida como ela é e nos levam a felicidade ou ao desespero da tristeza.
          E é toda essa perfeição de Plummer que indicou o filme a diversos prêmios de Melhor Atuação Coadjuvante, incluindo o Oscar. Ele já levou o Globo de Ouro, o SAG, o BAFTA e outros, o maior prêmio de cinema do mundo já é dele, basta ele comparecer à cerimônia e pegá-lo.


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