399. O ARTISTA, de Michel Hazanavicius.

Não é apenas um bom filme em preto e branco, é o melhor filme do ano, e, como se não bastasse, mudo!
Nota: 9,9

Título Original: The Artist

Direção e Roteiro: Michel Hazanavicius

Elenco: Jean Dujardin, Bérénice Bejo, John Goodman, James Cromwell, Penelope Ann Miller, Missi Pyle, Beth Grant, Ed Lauter, Joel Murray, Bitsie Tulloch, Ken Davitian e Malcolm McDowell.

Produção:Thomas Langmann e Emmanuel Montamat

Duração: 100 minutos

Ano: 2011

Gênero: Drama

CONFIRA O TRAILER DO FILME:

Ambientado em 1927, conta a história de George Valentin (Jean Dujardin), um ator do cinema mudo que precisa se adequar às novas normas do cinema falado, as quais ele resiste firmemente. Em contraposição vemos a bela e jovem Peppy Miller (Bérénice Bejo), esta alcançando o auge de sua carreira sendo solicidada por todos no início dos anos trinta e se consagrando nesse tal cinema falado.

Aqui quem comanda é Michel Hazanavicius, diretor e roteirista, com uma técnica perfeita para inovar com o mais velho possível: preto e branco e mudo. Sim, em pleno século XXI alguém finalmente resolveu realizar uma obra prima no cinema em preto e branco e ainda por cima mudo. Com centenas de referências aos filmes do passado, O Artista nos traz o inesperado: o público adorou. Desde “A Fita Branca”, filme Austríaco e em preto e branco, não vemos alguém arriscar com tanta segurança e acertar de forma tão bela.

Dujardin já ganhou o Globo de Ouro e o premio dos Sindicato dos Atores, agora é o favorito ao Oscar de melhor atuação masculina. Querido por todos na França, onde faz sucesso e é tido como o maior galã nacional, é ele quem se torna a alma desse filme, é espirituoso, bonito, inteligente e nos faz lembrar de dezenas de atores da Era de Ouro de Hollywood, seu pesadelo sobre o fantasma que mais teme, a sonoridade, é fantástico e durante todo o filme ele consegue se expressar de uma forma inigualável. Sua companheira de cena, Bejo, a esposa de Hazanavicius, é bela e com uma graciosidade das grandes estrelas momentâneas dessa época, não possui a classe de Grace Kelly ou de Anouk Aimée, mas nos conquista a cada cena. A cena final, protagonizada por eles, onde eles dançam um simples sapateado com um sincero sorriso no rosto é positiva e animadora, nos deixando loucos para uma segunda rodada.

A trilha sonora de Ludovic Bource é uma personagem a parte, orquestrada e muito bem conduzida é ela quem toma conta de várias cenas, é apaixonante e cativante, também indicada ao Oscar, é mais que apenas a favorita, já é a vencedora. O filme é uma referência magnífica aos filmes de sua época, portanto alguns erros na fotografia ou edição são muito bem vindos e belíssimos.

Não há dúvidas de o que é feito aqui é belo, simples, aconchegante e apaixonante, as sacadas propostas pelo filme são ótimas e o recurso hilariante e apelativo do belo Uggie, que nos proporciona uma das melhores atuações do ano (sim, é ele o cãozinho de nove anos que mais parece ter dois) prendem cada um de nós na constituição dessa obra prima. Provavelmente o sonho de qualquer cineasta, “O Artista” é o melhor filme do ano, ponto. Como disse Meryl Streep agradecendo o Globo de Ouro, “em um mundo onde filmes bons são como aves raras”, O Artista se consagra como um fênix.

Aproveitando a temporada Oscar, eis as categorias em que O Artista está indicado:

Melhor Filme: Thomas Langmann e Emmanuel Montamat;

Melhor Direção e Roteiro Original: Michel Hazanavicius;

Melhor Ator Principal: Jean Dujardin;

Melhor Atriz Coadjuvante: Bérénice Bejo;

Melhor Direção de Arte: Laurence Bennett;

Melhor Fotografia: Guillaume Schiffman;

Melhor Figurino: Mark Bridges;

Melhor Montagem: Anne-Sophie Bion e Michel Hazanavivius
Melhor Trilha Sonora: Ludovic Bource.

Apostaria nas categorias de filme, direção, atuação principal e trilha sonora.

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