segunda-feira, 18 de novembro de 2013

047. INCONTROLÁVEL, de Tony Scott

Apesar de ser uma boa distração, acaba sendo uma verdadeira decepção.
Nota: 7,5


Título Original: Unstoppable
Direção: Tony Scott
Elenco: Denzel Washington, Chris Pine, Rosario Dawson, Ethan Suplee, Kevin Dunn, Kevin Chapman, Lew Temple, T. J. Miller, Jessy Schram, David Warshofsky, Andy Umberger, Elizabeth Mathis, Meagan Tandy, Dylan Bruce, Jeff Hochendoner
Produção:
Roteiro: Mark Bomback
Ano: 2010
Duração: 98 min.
Gênero: Ação / Thriller

O jovem Will está começando sua carreira como condutor de trens. O veterano Frank é um maquinista prestes a se aposentar. Quando um comboio sem condutor e portando produtos químicos perigosos acarranca da estação, a dupla terá de conviver com as diferenças e se unir para que o trem seja parado e impedido de destruir uma pequena cidade. Juntos, eles verão que a força e a determinação advindas da juventude de Will e a experiência e a sagacidade adquiridas ao longo da vida de Frank são o suficiente para salvar inúmeras vidas.


Tony Scott é um experiente diretor e produtor, que se especializou em filmes de ação e suspense semelhantes a “Incontrolável”. Com Denzel Washington, o diretor já realizou quatro filmes além desse, e ainda possui uma lista de dezenas de bons atores e atrizes os quais dirigiu. Aqui, o trabalho do diretor parece simples: dar gás a uma história interessante que mistura ação, drama e elementos da vida real. Porém, tal tarefa não é tão fácil. Scott começa o filme de forma inteligente e astuta: apresenta os personagens de forma tranquila, sem muita ação ou sem mostrar muito interesse na vida de ambos. Aos poucos, o filme vai tomando forma e ganhando as características conhecidas dos principais filmes de Scott. Apesar de não ser meu estilo preferido de filme, o gênero particular que Tony Scott desenvolveu é preferido de muitas pessoas e digo mais: nenhum de seus filmes é chato ou repetitivo. Todos os longas, sem exceção são filmes que prendem o espectado do começo ao fim. “Incontrolável” não é diferente de nenhum outro. É claro que o longa possui defeitos e está longe de ser uma obra da Sétima Arte, em alguns momentos, por exemplo, é exagerado e muito previsível, o clímax do filme chega como um déjà vu, como se soubéssemos desde o início o que aconteceria. Entretanto, essa previsão não é o suficiente para comprometer todo o longa. O filme é instigante, excitante e eletrizante. As atuações são pesadas e bem realistas. A trilha sonora só ajuda nessa composição que mistura ação com suspense e com incerteza quanto ao sucesso dos protagonistas.


O nome Denzel Washington já diz, por si só, tudo o que possa ser dito sobre esse ator fantástico. Como de costume, não há nenhuma decepção a cerca do trabalho de Washington. Vivendo Frank ele é verdadeiro e simples, demostrando os anseios e as decepções de um homem que ama o que faz, mas que vê sua vida chegando ao fim por ser dispensado. Além disso, o Frank de Washinton é humano, preocupado, sobretudo, com o bem  estar das pessoas que correm perigo pelo trem quase desgovernado que avança sobre os trilhos. Ao lado de Washington está Chris Pine como Will. O ator, evidentemente, não pode ser comparado a Denzel, por motivos óbvios, o veterano é melhor que o iniciante. Todavia, Pine demonstra que é o típico “ator potencial”, ou seja, em determinadas cenas, sua interpretação supera as expectativas e se torna quase tão grandiosa e bela quanto a de Washinton. Pine, dessa forma, nos mostra que tem potencial para ser mais que um rosto bonito, mas ainda falta um pouco para nos trazer essa certeza.



Will, no contexto da trama, é um jovem promissor que está trabalhando como condutor de trens apenas visando o salário no final do mês, ele não se importa muito com a carga ou com todo o resto além dele mesmo. Frank é um homem que já aprendeu muito com a vida, um funcionário que se dedicou ao seu serviço e aprendeu a amar o que faz, e, diga-se de passagem, faz muito bem. É claro, desde o início da trama, que ambos os personagens possuem qualidades e defeitos. Nesse contexto, ambos terão de lidar com suas qualidade e defeitos para uma boa convivência no trabalho. Entretanto, a emergência de parar o trem faz com que os personagens sejam obrigados a saber usar as habilidades de cada um em prol de um bem maior. As diferenças devem ser deixadas de lado e tudo o que está ao alcance deles deve ser feito. No final das contas, mesmo com toda essa filosofia humana de boa convivência, respeito mútuo e um por todos, todos por um, permanece camuflada em um filme sobre a tentativa de parar um trem. E, mesmo com as boas atuações da dupla ou com a qualidade técnica, é isso que o filme se revela: uma tentativa de para um trem.


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