Uma boa comédia de humor negro.
Nota: 7,0
Título Original: Keeping Mum
Direção: Niall Johnson
Elenco: Rowan Atkinson, Kristin Scott
Thomas, Maggie Smith, Patrick Swayze, Tamsin Egerton, Toby Parkes, Liz Smith,
Emilia Foz, James Booth, Patrick Monckton, Rowley Irlan, Vivianne Moore, Murray
McArthur, Morgan Gower, Alex Macqueen
Produção: Julia Palau, Matthew Payne,
Nigel Wooll
Roteiro: Richard Russo e Niall Johnson
Ano: 2005
Duração: 103 min.
Gênero: Comédia / Crime / Assassinos
Há mais de trinta anos Rosie Jones, uma
mulher grávida, assassinou seu marido e a amante do mesmo. Ela foi internada e
sua filha entregue à adoção. Hoje, Walter Goodfellow é um admirado pastor de
uma pequena cidade. Casado com Gloria, ele é pai de Holly, uma jovem fogosa, e
de Petey, um garoto excluído que sofre bulling na escola. Gloria, desolada pela
falta de atenção do marido, acaba iniciando um romance com seu professor de
golf, o bonitão Lance. Com a chegada da misteriosa governanta, a vida de todos
mudará drasticamente.
Não é preciso ser um gênio para saber
que a governanta Grace e a mulher grávia no início do longa são a mesma pessoa.
Até acho que Emilia Fox, intérprete de Rosie, e Maggie Smith, intérprete de
Grace, possuem suas semelhanças físicas. Até mesmo algumas expressões das
atrizes são parecidas. Somos mais convencidos de tudo isso quando Gloria revela,
durante o longa, que era uma menina órfã. O filme não é algo memorável, mas a
ironia e o sarcasmo presentes para contar toda essa história louca são tão
deliciosos e o roteiro possui diálogos tão bem escritos que todo o longa acaba
nos cativando de alguma forma. “De Bico Calado” é um filme inteligente, não
devemos esperar muitas coisas a respeito dele, mas que é divertido e engraçado,
isso ele é. O trabalho técnico não merece muito destaque, o que merece ser
avaliado é como a criação do ambiente em que essa família vive é explorado. As
fofocas de velhos e os desejos dos jovens, o contraponto entre o
conservadorismo religioso de pequenas cidades e a inovação trazida pelos
adolescentes. Além disso, a cidade é um personagem ímpar, típica do interior
inglês.
Rowan Atkinson ficou famoso por viver o
Mr. Bean na televisão e no cinema, não gosto do personagem, portanto não acho
que a atuação de Atkinson seja grande coisa vivendo Bean. Aqui ele é o confuso Walter, um homem que já deixou de se preocupar com sua esposa e está mais
preocupado com o sermão que deve fazer em uma grande reunião de pastores. O
ator nos apresenta uma boa atuação sobre um homem como qualquer outro: um homem
de meia idade confuso que não sabe como retomar o calor perdido pelos anos de
casamento. Kristen Scott Thomas é a também confusa Gloria, aliás, o casal é uma
excelente representação ao que alguns homens e mulheres estão expostos quando
ficam casados durante muito tempo, ela, ao contrário do marido que encontra consolo
no tal sermão, acaba se interessando por outro homem e tudo piora quando
descobre que a mãe é uma assassina. Os filhos do casal são representados por Tamsin
Egerton e Toby Parkes, respectivamente Holly e Pettey, ela é uma adolescente
típica: interessada em sexo e em experimentar todo o tipo de rapaz possível; o
garoto é um menino que precisa de mais atenção para aumentar sua auto confiança
e deixar de lado as brincadeiras dos colegas. O amante de Gloria, Lance, é
vivido por Patrick Swayze, o perfeito bonitão americano odiado pelos ingleses
conservadores, Swayze é engraçado e ele mesmo satiriza esse perfil. O melhor do
longa é Maggie Smith, o motivo para que eu resolvesse conferir o filme. Como a
assassina Grace, Smith está engraçada e parece muito natural, demonstrando que
verdadeiros loucos não sabem a hora de parar e não ligam para as vidas alheias,
a única coisa que importa é garantir que um grupo seleto, nesse caso sua filha
e a família dela, estejam bem, mesmo que isso signifique matar um ou outro
indivíduo.
O ditado poucas vezes foi pôde ser tão
cruelmente cômico aplicado quando nesse filme: “Tal mãe, tal filha”. Ou ainda, lembro-me de uma frase da insuportável tia Guida no terceiro filme da Saga
Harry Potter: “Se tem alguma coisa errada com a cadela, haverá alguma coisa
errada com o filhote”. Assim como não é preciso ser um gênio para saber que
Grace e Rosie são a mesma pessoa, não precisamos de muito para saber que Gloria
e Holly são assassinas em potencial. Isso tudo, por que as atuaões do longa são
perfeitas para cada pepel, e são exatamente o que sustentam esse filme, que
tinha tudo para ser fraco. Em especial, as mulheres do longa nos trazem personalidades
totalmente diferentes, mas que, em algum momento, se mostrarão muito
semelhantes.
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