Um dos maiores romances da década de
1990 no cinema.
Nota: 8,9
Título Original : The Bridges of Madison County
Direção: Clint Eastwood
Elenco: Meryl Streep, Clint Eastwood, Annie Corley, Victor Slezak, Jim
Haynie, Sarah Kathryn Schimitt, Christopher Kroon, Phyllis Lyons
Produção: Clint Eastwood, Kathleen Kennedy, Michel Mauer e Tom Rooker
Roteiro: Richard LaGravenese e Robert
James Waller (romance)
Ano: 1995
Duração: 135 min.
Gênero: Romance
Francesca vive em uma fazenda no
interior de Iowa com seus filhos e marido. Quando os três vão participar de uma
exposição, o fotógrafo Richard chega na cidade para fotografar as famosas e
belas Pontes cobertas de Madison. Entretanto a chegada desse homem mexerá com
os sentimentos de Francesca e, tanto ela quanto ele, perguntarão a si próprios
até onde vale a pena seguir seus ideais e sua rotina, ou se não é melhor
entregar-se logo ao amor verdadeiro.
Como diretor, o primeiro filme
significativo de Clint Eastwood foi “O Estranho Sem Nome” (1973), mas foi
apenas em 1992 que ele se firmou nessa área, com “Os Imperdoáveis” vieram
inúmeras indicações e prêmios, além da conquista do respeito e da admiração de
todos no meio cinematográfico; “Sobre Meninos e Lobos” (2003) foi seu próximo
sucesso após “As Pontes de Madison”; em 2005, com “Menina de Ouro” (2004),
vieram seus últimos dois Oscars, os primeiros foram conquistados em 1993;
“Cartas de Iwo Jima” (2006) provavelmente foi o maior drama da diretor até
hoje; dois anos depois veio o fracassado “A Troca”; no mesmo ano o
impecavelmente perfeito “Gran Torino”, melhor performance de Eastwood dirigindo
e atuando; recentemente “J. Edgar” (2011) foi esnobado por todos e, apesar dos
elogios de crítica e público, foi indicado a pouquíssimos prêmios. Apesar de
parecer algo fácil dirigir um romance como “As Pontes de Madison” devo
discordar, fazer com que a crítica e público se apaixone por uma história tão
simples é algo complicadíssimo. Não é preciso dizer que todas as suas cenas são
fantásticas e não há um momento sequer no filme que seja chato.
A carreira de Eastwood como ator,
entretanto, iniciou-se na televisão em 1955, dez anos depois foi a vez dele
atuar em “Por um Punhado de Dólares” e iniciar sua carreira no cinema, daí para
frente vieram quase sessenta títulos como ator, nos quais Eastwood sempre é
magnífico. Aqui ele é Richard, divorciado, desimpedido, determinado e consciente
de que, por viajar muito, é impossível manter um relacionamento sério e
duradouro, mas ao encontrar Francesca demonstra que está disposto a mudar tudo
em sua vida apenas para tê-la ao seu lado. Mulheres que traem sempre são
odiadas pelo público, provavelmente até mais que os homens adúlteros, a
simplicidade e a perfeição da atuação de Meryl Streep, entretanto, nos
convencem a nos apaixonarmos por essa mulher que está tão confusa em sua vida.
O problema de Francesca é que ela chegou em sua zona de conforto, a monotonia
tomou conta de seu tempo e o conforto ao lado do marido e filhos a faz ter medo
e receito de tudo o que possa ser diferente. Eastwood e Streep nos entregam um
dos casais mais apaixonantes da década de 1990, não apenas por seu amor
proibido, mas porque eles são pessoas mais vividas, com muito para contar, que
tem reais problemas e entendem alguma coisa sobre o amor.
Quando falei sobre “Simplesmente
Complicado” (2009) e todos os filmes de Nancy Meyers, ressaltei o fato de eles,
em sua maioria, tratarem de sentimentos de pessoas mais velhas. Acredito que
apenas essas pessoas estão aptas a falar um pouco sobre o que é o amor
verdadeiro, bem diferente dos jovens até seus vinte e poucos anos, que não
sabem diferenciar amor de desejo. “As Pontes de Madison” é um filme sobre os
sentimentos e problemas humanos, mas mais que isso, retrata fatos reais que
podem acontecer com qualquer um, além do mais, quem não se entregaria aos
braços de Clint Eastwood? Um de meus filmes preferidos com Meryl Streep.
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