quinta-feira, 21 de junho de 2012

267. AS PONTES DE MADISON, de Clint Eastwood

Um dos maiores romances da década de 1990 no cinema.
Nota: 8,9


Título Original : The Bridges of Madison County
Direção: Clint Eastwood
Elenco: Meryl Streep, Clint Eastwood, Annie Corley, Victor Slezak, Jim Haynie, Sarah Kathryn Schimitt, Christopher Kroon, Phyllis Lyons
Produção: Clint Eastwood, Kathleen Kennedy, Michel Mauer e Tom Rooker
Roteiro: Richard LaGravenese e Robert James Waller (romance)
Ano: 1995
Duração: 135 min.
Gênero: Romance

Francesca vive em uma fazenda no interior de Iowa com seus filhos e marido. Quando os três vão participar de uma exposição, o fotógrafo Richard chega na cidade para fotografar as famosas e belas Pontes cobertas de Madison. Entretanto a chegada desse homem mexerá com os sentimentos de Francesca e, tanto ela quanto ele, perguntarão a si próprios até onde vale a pena seguir seus ideais e sua rotina, ou se não é melhor entregar-se logo ao amor verdadeiro.


Como diretor, o primeiro filme significativo de Clint Eastwood foi “O Estranho Sem Nome” (1973), mas foi apenas em 1992 que ele se firmou nessa área, com “Os Imperdoáveis” vieram inúmeras indicações e prêmios, além da conquista do respeito e da admiração de todos no meio cinematográfico; “Sobre Meninos e Lobos” (2003) foi seu próximo sucesso após “As Pontes de Madison”; em 2005, com “Menina de Ouro” (2004), vieram seus últimos dois Oscars, os primeiros foram conquistados em 1993; “Cartas de Iwo Jima” (2006) provavelmente foi o maior drama da diretor até hoje; dois anos depois veio o fracassado “A Troca”; no mesmo ano o impecavelmente perfeito “Gran Torino”, melhor performance de Eastwood dirigindo e atuando; recentemente “J. Edgar” (2011) foi esnobado por todos e, apesar dos elogios de crítica e público, foi indicado a pouquíssimos prêmios. Apesar de parecer algo fácil dirigir um romance como “As Pontes de Madison” devo discordar, fazer com que a crítica e público se apaixone por uma história tão simples é algo complicadíssimo. Não é preciso dizer que todas as suas cenas são fantásticas e não há um momento sequer no filme que seja chato.


A carreira de Eastwood como ator, entretanto, iniciou-se na televisão em 1955, dez anos depois foi a vez dele atuar em “Por um Punhado de Dólares” e iniciar sua carreira no cinema, daí para frente vieram quase sessenta títulos como ator, nos quais Eastwood sempre é magnífico. Aqui ele é Richard, divorciado, desimpedido, determinado e consciente de que, por viajar muito, é impossível manter um relacionamento sério e duradouro, mas ao encontrar Francesca demonstra que está disposto a mudar tudo em sua vida apenas para tê-la ao seu lado. Mulheres que traem sempre são odiadas pelo público, provavelmente até mais que os homens adúlteros, a simplicidade e a perfeição da atuação de Meryl Streep, entretanto, nos convencem a nos apaixonarmos por essa mulher que está tão confusa em sua vida. O problema de Francesca é que ela chegou em sua zona de conforto, a monotonia tomou conta de seu tempo e o conforto ao lado do marido e filhos a faz ter medo e receito de tudo o que possa ser diferente. Eastwood e Streep nos entregam um dos casais mais apaixonantes da década de 1990, não apenas por seu amor proibido, mas porque eles são pessoas mais vividas, com muito para contar, que tem reais problemas e entendem alguma coisa sobre o amor.


Quando falei sobre “Simplesmente Complicado” (2009) e todos os filmes de Nancy Meyers, ressaltei o fato de eles, em sua maioria, tratarem de sentimentos de pessoas mais velhas. Acredito que apenas essas pessoas estão aptas a falar um pouco sobre o que é o amor verdadeiro, bem diferente dos jovens até seus vinte e poucos anos, que não sabem diferenciar amor de desejo. “As Pontes de Madison” é um filme sobre os sentimentos e problemas humanos, mas mais que isso, retrata fatos reais que podem acontecer com qualquer um, além do mais, quem não se entregaria aos braços de Clint Eastwood? Um de meus filmes preferidos com Meryl Streep.


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