Um dos melhores filmes de um dos diretores mais competentes da atualidade.
Título Original: The Social Network
Direção: David Fincher
Elenco:Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Armie Hammer, Justin
Timberlake, Rooney Mara, Bryan Barker, Dustin Fitzsimons, Joseph Mazzello, Patrick Mapel
Produção: Dana Brunetti, Ceán Chaffin,
Michael De Luca, Scott Rudin
Roteiro: Aaron Sorkin e Ben Mezrich (livro)
Ano: 2010
Duração: 120 min.
Gênero: Drama / Biografia
Em 2004 alguns jovens estudantes da
mundialmente conhecida universidade de Harvard resolveram criar uma rede social
que privilegiasse os alunos da tão cultuada instituição. O objetivo era ser
algo restrito, ou seja, apenas os melhores seriam membros e poderiam deixar os
demais morrendo de inveja. O principal criador da rede foi o americano Mark
Elliot Zuckerberg, hoje um dos homens mais ricos do planeta, com mais de vinte
bilhões de dólares em sua conta bancária, considerado a Pessoa do Ano pela
revista Time em 2010, além de um dos filantropos mais influentes no meio.
Zuckerberg está em uma mesa em um bar de
Harvard, ele tenta conquistar uma bela garota, mas acaba se anulando falando
sobre coisas que nenhuma mulher quer ouvir. Aqui vemos um rapaz típicamente
nerd que só pensa em estudar, no desenvolvimento do filme, veremos três momentos
de sua vida: o processo movido por seu antigo melhor amigo, o brasileiro
Eduardo Saverin, que o acusa de ter roubado parte de suas ações para investimentos;
a criação e o desenvolvimento da rede social; e o último é mais um processo
movido pelos gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss, remadores e empreendedores que
afirmam serem os verdadeiros idealizadores. O filme vai e vem focando nessas
histórias mostrando os nuances delas, o problema se centra em o roteiro
condenar nitidamente as atitudes da personagem principal ou mostrá-lo como um
jovem idiota que se deixa ser levado por qualquer homem mais experiente.
David Fincher iniciou sua carreira com
documentários e produções musicais, em 1995 veio seu primeiro filme, “Seven –
Os Sete Pecados Capitais” contava com atuações de Morgan Freeman e Brad Pitt;
mas o filme decisivo para firmar sua carreira veio mesmo em 1999, o cultuado
“Clube da Luta” contava com Edward Norton, Brad Pitt e Helena Bonham Carter;
apenas em 2008 veio sua primeira indicação ao Oscar com a adaptação “O Curioso
Caso de Benjamin Button”, mais uma vez com Brad Bitt o filme foi indicado em
mais doze categorias na premiação da academia; com “A Rede Social” recebeu sua
segunda indicação; recentemente lançou o excelente “Millenium – Os Homens que
não Amavam as Mulheres”, com a indicada ao Oscar Rooney Mara. Em “A Rede
Social” nos proporciona um trabalho impecável ao adaptar a vida desse homem com
tanta coragem e audácia, o conteúdo que tem em aos não é fácil de lidar, afinal
acaba destinando-se a jovens, mas o que ele faz é surpreendentemente maravilhoso.
Aaron Sorkin veio de várias séries de televisão, no cinema roteirizou “Meu
Querido Presidente” (1995) e “Jogos do Poder” (2007), seu trabalho aqui é um
trunfo para Fincher, Sorkin venceu o Oscar na categoria de roteiro adaptado. A
trilha sonora, também vencedora do prêmio da academia, ficou a cargo de Trent
Reznor e Atticus Ross, nenhum tinha algum grande trabalho no currículo, mas seu
trabalho eleva “A Rede Social” a um patamar bem maior do que seria sem eles.
Jesse Eisenberg teve o verdadeiro início
de sua carreira em 2002 com “O Clube do Imperador”, depois vieram mais alguns
títulos, como “A Lula e a Baleia” (2005), mas sua carreira pode ser resumida
como uma penca de filmes catastróficos, sem qualidade e em sua maioria chatos.
Como Zuckerberg ele se torna a surpresa do filme, consegue mostrar o lado
inteligente e confuso do rapaz, bem como nos transmite sua insegurança e falta
de experiência, merecidamente o ator foi indicado ao Oscar de melhor ator.
Andrew Garfield começou ainda mais tarde no cinema, desde 2005 fez algumas
séries para televisão, mas foi apenas em 2007 que apareceu em seu primeiro
grande filme, o político “Leões e Cordeiros” lhe deu a chance de trabalhar com
feras como Meryl Streep e Robert Redford, um ano depois esteve em “A Outra”, em
2009 foi a vez de “O Imaginário Mundo do Doutor Parnassus” e recentemente está
promovendo “O Espetacular Homem-Aranha”, seu Eduardo Saverin é um homem
controlado que, apesar de desejar imensamente fazer parte do clube popular de
Harvard, é inteligente, centrado e sabe o que quer. O também jovem ator oriundo
de seriados para televisão Armie Hammer vive os gêmeos Winklevoss, seu primeiro
trabalho de destaque e ele faz por merecer todos os elogios, demonstra uma
personalidade para cada irmão, um é descontrolado e revoltado, o outro age com a razão e se controla um pouco mais, assim sendo Hammer nos proporciona dois homens ricos e mimados que
não suportam a idéia de perder. Em meio a tantos jovens atores, Justin
Timberlake é quase um veterano, o jovem da Turma do Mickey teve seu primeiro
papel de destaque no bom “Alpha Dog” (2006), aqui ele vive Sean Parker, o
co-fundador do programa de compartilhamento Napster, um homem ambicioso que não
mede esforços para se dar bem na vida, custe o que custar, doa a quem doer, e
não é que o ator não sai tão mal quanto o esperado?
Nenhum comentário:
Postar um comentário