Um dos filmes mais ridículos do ano.
Nota: 5,8
Título Original: I Spit on Your Grave
Direção: Steven R. Monroe
Elenco: Sarah Butler, Jeff Branson, Andrew Howard, Daniel Franzese, Rodney
Eastman, Chad Lindberg, Tracey Walter, Mollie Milligan, Saxon Sharbino, Amber
Dawn Landrum e Michelle Tonjes
Produção: Paul Hertzberg
Roteiro: Stuart Morse e Meir Zarchi
(1978)
Ano: 2010
Duração: 108 min.
Gênero: Thriller
Jennifer Hills é uma jovem escritora que
decide passar alguns meses em uma micro cidade para escrever seu romance. Ela
abastece a casa de campo (só para não dizer a casa no meio do mato) com vinho,
comida e claro, um pouco de drogas para sua máxima concentração e inspiração.
Em uma bela noite a bela mulher deixa o celular cair na privada e ela fica
incomunicável. Na mesma noite quatro homens adentram sua casa, a estupram,
filmam toda a violência e ela acaba se atirando no rio perto do local, eles não
conseguem encontrá-la e preferem dá-la como morta. Jennifer agora tem apenas um
objetivo na vida, e não é escrever um romance cheio de amor e carinho, e sim
matar cada um dos homens que a violentou. Até que daria um livro bem
interessante.
Monroe é um diretor de televisão com
pouco, ou nenhum trabalho, no currículo que seja digno de reconhecimento. Seus
filmes são, basicamente, desse estilo ridículo e bem americano de filmes
thrillers que não tem absolutamente nada a dizer. Corey A. Jackson, o
compositor, já trabalhou com o diretor em diversos outros projetos, aqui o que
ele faz não possuí nada de diferente, apesar de uma trilha bem propícia ele se
utiliza de músicas já existentes e não impressiona nenhum pouco. O que no
filme, de modo geral, chama mais a atenção, é como a equipe técnica parece se
preocupar em fazer alguma coisa, é claro que, pelo motivo obvio de o local do
filme não exigir mais nada, além dele próprio, o trabalho da equipe é
facilitado, além de que, como geralmente acontece nesses filmes, o diretor dispõe
de uma quantia relevante de dinheiro para ter boas câmeras e nos apresentar uma
imagem nítida e razoável.
A bela Sarah Butler, oriunda de séries
como “CSI: Miami” (2008) e “CSI: NY” (2009), não possui nada além de um rosto
bonito e um corpo sexy, apesar de convencer como uma mulher que acaba
enlouquecendo pela raiva e mágoa que guarda dos homens que a violentaram, ela é
realmente fraca demais para um papel bom como esse. Se Butler já não é boa, o
que dizer de seu estuprador mais vil e cruel? Jeff Branson é simplesmente
péssimo como esse estilo americano de homens que não são nada, mas acreditam
serem os melhores e mais desejados homens do mundo. Andrew Howard, dos recentes
filmes de 2011 “Sem Limites” e “Se Beber Não Case”, é o policial da cidade, um
homem inescrupuloso, sem limites e que não quer nem saber do resto de sua vida
se tiver a oportunidade de fazer sexo anal com uma mulher como Hills. Destaque
para a aparição mínima de Tracey Walter, grande ator de televisão e com
participações em filmes como: “Batman” (1989), o filme de Tim Burton que
dispensa apresentações; “O Silêncio dos Inocentes” (1991), o filme de Johathan
Demme, vencedor dos Oscar de melhor filme, direção, roteiro adaptado, atriz
(Jodie Foster) e ator (ninguém mais, ninguém menos que Anthony Hopkins); “Filadélfia”
(1993), do mesmo diretor, Demme, com Tom Hanks e Denzel Washington; o vencedor
do Oscar de melhor atriz para Julia Roberts, “Erin Brockovich – Uma Mulher de
Talento” (2000); e a refilmagem “Sob o Domínio do Mal” (2004), com Denzel
Washington, Meryl Streep e Liev Shreiber, também dirigido por Demme.
O enredo desse filme, apesar de algo já
visto em outras produções (ele acaba misturando vários filmes de vários
gêneros) é realmente muito rico, o problema está na construção de seu roteiro,
no diretor, nos atores, na trilha sonora, enfim, na produção como um todo. “Doce
Vingança”, apresenta-nos aquilo que qualquer um gostaria que fosse realidade
quando ouve-se noticias de que alguém foi violentado: uma mulher que, sabe-se
Deus da onde tira forças para fazê-lo, acaba, literalmente, com a vida de
homens nojentos que a estupraram. Um filme apelativo e de muita, mas muita
baixa qualidade para uma boa história.
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