domingo, 10 de junho de 2012

283. PIRATAS DO CARIBE – NAVEGANDO EM ÁGUAS MISTERIOSAS, de Robb Marshall

Johnny Depp e Hans Zimmer voltaram em sua melhor performance juntos, e melhor: com todo o resto repaginado.
Nota: 8,5


Título Original: Pirates of the Caribbean – On Stranger Tides
Direção: Robb Marshall
Elenco: Johnny Depp, Penélope Cruz, Geoffrey Rush, Ian McShane, Kevin McNally, Sam Claflin, Astrid Bergès-Frisbey, Keith Richards, Richard Griffiths, Judi Dench, Óscar Jaenada
Produção: Jerry Bruckheimer, Bruce Hendricks, Mike Stenson, Pat Sandson, Chad Oman e Eric Mcleod
Roteiro: Ted Elliott, Terry Rossio, Stuart Beattie e Jay Wolpert
Ano: 2011
Duração: 136 min.
Gênero: Aventura / Fantasia / Comédia

Elizabeth Swann, William Turner, Davy Jones, James  Norrington, Governador Swann, Cutler Beckett, Bootstrap Bill, Tia Dalma, e mais dezenas de personagens dos três primeiros filmes da franquia se foram, simplesmente não aparecem nesse filme. Vocês devem estar se perguntando quem restou do elenco principal, pois é, a lista é pequena: Jack Sparrow, Hector Babossa e Gibbs. Aqui Jack novamente é preso e, após se livrar da cadeia, encontra uma antiga paixão, Angélica. Ela o leva, então, para o navio A Vingança da Rainha Anne, do temido e poderoso Capitão Barba Negra, de quem ela revela ser filha. Ainda é a cora britânica que está atrás de Sparrow, mas da forma mais inusitada possível: o Capitão Hector Barbossa aparentemente virou a casaca e se tornou um oficial da marinha inglesa. O que Jack, Angélica, Barba Negra, Barbossa, o rei da Inglaterra e o da Espanha tem em comum é bem simples: encontrar a Fonte da Juventude. Para tal, é claro, que Sparrow se meterá nos maiores problemas viáveis para um pirata, dentre eles roubar, enfrentar exércitos, caçar sereias e tesouros amaldiçoados.



Como quase tudo mudou, o diretor deixou de ser Gore Verbinski, o que é um alívio. Robb Marshal assume de forma grandiosa e muito bem vinda a franquia daqui para frente, ao menos por enquanto. Conhecido pelos musicais “Chicago” (2002) e “Nine” (2009), o primeiro foi um sucesso de crítica e bilheteria, rendendo-lhe a indicação de melhor diretor no Oscar e vencendo na mesma categoria no Sindicato dos Diretores, já o segundo, apesar de um elenco dos sonhos, foi um fracasso em todos os sentidos; Marshall também dirigiu um dos melhores de 2005, “Memórias de uma Gueixa” onde trabalhou com o compositor John Williams. A fotografia do filme, sua edição, o risco de fazê-lo em 3D (na época o primeiro filme com essa tecnologia gravado fora de um estúdio, ou seja, utilizando-se quase que totalmente da natureza) e efeitos visuais são totalmente maravilhosos e nos surpreendem ao mostrar que o diretor pode fazer esse tipo de filme. 



Essa é, sem dúvida nenhuma, a melhor trilha sonora desde o primeiro filme, Hans Zimmer dá vida ao tema “He’s a Pirate” mais uma vez e nos presenteia com uma trilha criativa, eletrizante, divertida, inquietante e com uma perfeição só sua. A cena em que os piratas comandados por Barba Negra e Angelica são obrigados a caçar as sereias é simplesmente um deleite para nossos olhos e ouvidos, claro que todas as cenas de lutas entre piratas e oficiais são embaladas ao som de músicas excelentes e ainda destaco a música “Angelica”, o tango protagonizado por Penélope Cruz e Johnny Depp é no mínimo memorável. Vale a pena comprar e ouvir essa trilha dezenas de vezes.



Johnny Depp surpreende, ou apenas mostra o que todos já sabíamos, ao encarar mais uma vez Sparrow, dessa vez após quatro anos, e parece que é o Capitão todos os dias de sua vida, sendo perfeito mais uma vez no papel. Ao contrario de outras pessoas que parecem se cansar de sua personagem com o passar do tempo quando encaram algo como isso, Depp parece encarar cada momento como Jack como se fosse o primeiro, como se fosse único, como se fosse um filho, tornando cada momento especial em sua interpretação. Penélope Cruz é Angelica Teach, ambas são sexys, inteligentes, talentosas e destemidas, Cruz nos mostra que pode sim encarar qualquer papel, que essa nova fase de sua vida, que começou em 2006 com “Volver” ela decidiu abraçar o que tiver de vir pela frente e fazê-lo com muita coragem e qualidade. A novidade maior aqui é o excelente Iam McShane, que interpreta o maligno Capitão Barba Negra, um lendário pirata que faz e desfaz nos sete mares com seu misterioso navio, McShane é irônico, esperto e, como a própria personagem diz, mal. Aqui ainda somos presenteados com mais uma atuação de Geoffrey Rush, que, assim, como Depp, parece se divertir muito fazendo o Capitão Barbosa, mas agora com mais sede de vingança e cada vez mais com aquele ar delicioso de sarcasmo em tudo o que fala ou faz.



“Navegando em Águas Misteriosas” é, para mim, o melhor filme dos quatro já feitos na franquia. É diferente, criativo, vivo, engraçado, cheio de cores e sacadas ótimas em todas as cenas. Com atuações superiores a dos outros filmes, técnica mais refinada, um trilha sonora com pouca originalidade por ser bastante baseada no tema tão conhecido e adorado de série, mas que torna esse tema mais marcante e muito mais saboroso, e inova a cada cena. Ver Depp e Cruz atuando lado a lado é algo maravilhoso, ainda ter como suporte Rush e McShane então, é como se não pudesse haver ninguém melhor para assumir cada papel importante da trama. O que nos resta fazer, agora que Depp assinou para mais dois filmes, é esperar por mais diversão e torcer para que Penélope Cruz e Geoffrey Rush voltem em suas respectivas personagens, enquanto isso,podemo assistir incansavelmente aos outros filmes e façamos como os piratas costumam enquanto esperam, ou melhor, como os piratas fazem o tempo todo: bebeis amigos yo ho!



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