Um filme com Maggie Smith e Judi Dench
tem a obrigação de ser no mínimo ótimo, esse não foge à regra.
Nota: 8,5
Título Original: Ladies in Lavander
Diração: Charles Dance
Elenco: Maggie Smith, Judi Dench, Daniel Brühl, Freddie Jones, Mirriam
Morgolyes, David Warner, Richard Pears, Natascha McElhone, Ian Marshall, Toby
Jones
Produção: Charles Dance, Nicolas Brown, Elizabeth Karlsen, Nik Powell
Roteiro: Charles Dance e William J. Locke
Ano: 2004
Duração: 103 min.
Gênero: Drama / Comédia
1930, Úrsula e Janet são duas velhas
irmãs que moram no interior de um vilarejo litorâneo em Cornish, no Sudoeste da
Inglaterra. Nos dias quentes de verão as irmãs passeiam pela praia, eis que em
um belo dia de sol Úrsula avista algo na beira do mar, Janet e ela correm para
ver o que é e descobrem um belo e jovem rapaz. O garoto é levado à casa delas,
começa a aprender a falar inglês, e ambas nutrem certa afeição pelo moço, que
mais tarde se revelará um exímio violinista, com potencial prestes a ser
descoberto. No entanto, enquanto Janet se acostuma com a presença do rapaz e
deseja que ele melhore, sem deixar de viver sua vida, Úrsula nutre uma espécie
de amor por ele, não sabemos se é um amor materno ou não, o fato é que ela se
tornará obsessiva (não a ponto de enlouquecer) e deixará toda sua vida de lado
para cuidar do rapaz Andrea.
Charles Dance já trabalhou em mais de
100 projetos para cinema e televisão como ator, aqui é sua primeira e única vez
tanto como diretor, roteirista quanto produtor. Atualmente ele dá vida ao ótimo
Tywin Lannister na série “Game of Thrones” (que aliás está cada vez mais
fantástica e a qual recomendo para qualquer um), mas também pode ser visto em
“Anjos da Noite: O Despertar” (2012) e na segunda temporada de “Merlin” (2010),
como Aredian. Em “O Violinista que Veio do Mar” seu trabalho não é grande
coisa, ele tem uma leve e chata mania de fazer cenas em câmera lenta e dar
aqueles closes e congelar a imagem que eu vejo como totalmente desnecessários.
De resto, ele utiliza bem os espaços que tem, a beleza do local onde o filme
foi gravado e, como sempre, parece que atrizes como as que ele possui e pessoas
inteligentes como ele, temos a sensação de que Smith e Dench brincam em cada
cena, dando o melhor de si, mas aparentando estar muito a vontade sendo guiadas
por Dance, ou guiando Dance, que seja, o fato é os três funcionam juntos muito
bem. O bom compositor da trilha sonora do filme é Nigel Hess, oriundo de várias
séries para televisão, dentre elas “Vanity Fair” (1987).
Daniel Brühl é o tal violinista que veio
do mar, pelo fato de assistir ao filme sabendo que ele é espanhol, mas foi
criado falando alemão ou por qualquer outro motivo desconhecido, parece-me que
Dance o escolheu entre alguns atores e o jogou no mar, daí ele foi resgatado e
começou a fazer o filme, o que quero dizer é que ele é tão bom e simples em sua
atuação que realmente parece que ele está nessa confusão de não saber se falar
a língua do país em que está, além de convencer tocando violino. Maggie Smith é
uma das melhores atrizes vivas, provavelmente a melhor inglesa viva, aqui ela é
uma Janet tranqüila, viva, sem muita alegria, mas conformada com a vida que
tem, e sem parecer se impressionar ou preocupar muito com a chegada do jovem
Andrea. Um dos maiores trunfos desse filme é esse duelo entre duas inglesas
maravilhosas, ambas nascidas em dezembro de 1934, Judi Dench fecha essa dupla
fantástica com uma Úrsula alegre, ingênua, possessiva e que parece procurar em
Andrea uma fuga para suas frustrações passadas e presentes.
Smith, Dench e Brühl são três
intérpretes de destaque, a primeira atuou em mais de 70 títulos (incluindo
várias séries e minisséries), a segunda está filmando seu centésimo trabalho, o
último possuí mais de 50 trabalhos, ambas vencedoras do Oscar, era de se
esperar que esse filme fosse conduzido de forma tão bela e bem interpretada.
Apesar de uma direção inferior às grandes atuações aqui presentes, o filme é
algo motivador, simples e muito bonito, ver como as duas velhas estão dispostas
a cuidar do rapaz que veio trazido pelo mar é algo muito tocante, mais
emocionante ainda é ver o garoto se recuperando e voltando a tocar seu amado
violino. “O Violinista do Mar”, não é nenhuma obra da sétima arte, mas é aquele
tipo de diversão que diverte e traz qualidade ao mesmo tempo.
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