Bem abaixo do esperado.
Nota: 6,0
Nota: 6,0
Título Original: Brideshead Revisited
Direção: Julian Jarrold
Elenco: Mathew Good, Hayley Atwell, Ben Whishaw, Emma Thompson, Michael
Gambon, Ed Stoppard, Anna Madeley, Richard Teverson, Patrick Malahide
Produção: Robert Bernstein, Kevin Loader, Douglas Rae
Roteiro: Andrew Davies, Jeremy Brock e Evelyn Waugh (romance)
Ano: 2008
Duração: 133 min.
Gênero: Drama
Na faculdade o jovem e promissor artista
Charles Ryder conhece o bom vivant Sebastian Flyte, filho do Lorde e de Lady
Marchmain. Após um tempo de convivência o jovem Lorde leva Charles para sua
casa e ele conhece toda a família do rapaz: uma das duas irmãs, Julia, é uma
moça atraente e provocante que inicialmente despreza o pintor, a irmã mais nova,
Cordelia, é uma menina sem noção que não entende nada da vida, o irmão mais
velho, Bridey, é um solteirão que obedece a mãe todo o tempo, já a mãe é uma
mulher católica fervorosa que acredita em sua religião e em Deus e apenas
nisso. Apesar de nenhum demonstrar preconceito por Charles ser ateu, logo ele
verá que em Brideshead ou se está ao lado da toda poderosa Lady Marchmain, e de
seus ideais, ou a permanência ao lado de qualquer membro da família tem seus
dias contados.
Desde 1983 Julian Jarrold dirigiu séries
e filmes para televisão, em 2007 resolveu realizar a cinebiografia de Jane
Austen no fraquíssimo “Amor e Inocência” com Anne Hathaway, James McAvoy, Julie
Walters, James Cromwell e Maggie Smith, com esse elenco ótimo o problema acabou
se centrando mesmo na direção e no roteiro que não fazem jus nenhum a grande
escritora inglesa. O fato é que em “Brideshead” seu trabalho não é diferente,
apesar de uma boa história e locações maravilhosas, ele não consegue extrair
nem o mínimo da essência da sociedade inglesa da época, que, convenhamos, é um
prato cheio para um bom diretor e um bom roteirista. O problema é que nem o
diretor nem os roteiristas são grandes coisas, dessa forma, a história se perde
e apenas nos mostra uma mãe orgulhosa e controladora, seus filhos idiotas e sem
opinião e o rapaz que entra e sai da convivência com a família diversas vezes,
bem como o diretor, eles vieram de séries de televisão, mas devo destacar o
maravilhoso trabalho feito por Jeremy Brock em “O Último Rei da Escócia” (2006).
O que acaba sustentando o filme são
mesmo as atuações. Matthew Good é Charles, um homem que sabe bem o que quer de
sua vida profissional, mas se vê em apuros quanto aos problemas pessoais a
partir do momento em que começa a relacionar-se com a família Flyte e todas as
obsessividades acerca da matriarca da mesma. Goode iniciou sua carreira em 2002
em filmes para televisão, apenas em 2005, com o filme de Woody Allen “Ponto
Final – Match Point”, que ele se lançou no cinema, depois vieram “O Segredo de
Beethoven” (2006) e “Direito de Amar” (2009), com Colin Firth. A também oriunda
da televisão, Hayley Atwell, trabalhou na adaptação do romance de Jane Austen
“Mansfield Park” (2007), no filme com Colin Farrell e Ewan McGragor, “O Sonho
de Cassandra” (2007), a cinebiografia de Georgiana Spencer “A Duquesa” (2008) e
recentemente a adaptação dos quadrinhos “Capitão América: O Primeiro Vingador”
(2011), ela interpreta Julia Flyte, uma garota que sabe o que quer, mas que no
fundo é tão controlada pela mãe quanto qualquer outra pessoa que mora na casa.
Bem Whishaw, o Jean-Baptist da boa adaptação do romance “Perfume – A História
de um Assassino” (2006), é o jovem Sebastian Flyte, outro rapaz perturbado pela
mãe, que se afundou na bebida e na vida boa para esquecer dos problemas da vida
advindos da família.
Esse filme é bem abaixo da média, e não
faz nada além de uma crítica tímida a respeito de crenças exageradas,
especialmente do catolicismo. As atuações são medianas, a trilha sonora segue o
mesmo nível. Enfim, um filme que não merece ser visto por muitos motivos, mas
que é interessante se pensarmos naqueles filmes que analisam a sociedade
inglesa do início do século passado, apesar de estar no fim da lista dos
melhores do gênero.
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