Nada poderia dar errado com a união de
Hand e Jackson
Nota: 9,7
Direção: Dave Hand e Wilfred Jackson
Produção: Walt Disney
Roteiro: Bill Cottrell e Dick Rickard
Ano: 1936
Duração: 9 min.
Gênero: Curta Metragem / Animação /
Comédia
CONFIRA O CURTA:
O primo do campo é convidado pelo primo
da cidade para conhecer o mundo urbano, é claro que o rato do campo fica
extremamente animado e aceita do convite. Ele chega feliz, entusiasmado e muito
contente e é recebido maravilhosamente bem pelo primo. Entretanto, é óbvio que
ao chegar na cidade ele descobrirá que nenhum lugar pode ser realmente
perfeito.
Dessa vez a “Silly Symphony” (para saber
mais sobre a coletânea que reúne 75 curtas de animação, acesse as últimas
postagens do blog) tem a oportunidade de ter um filme dirigido por dois mestres
do cinema de animação: Dave Hand e Wilfred Jackson. Em primeiro lugar, devo
chamar a atenção para o fato de esse filme ser mudo, digo, a coletânea não
fazia um filme assim há um bom tempo, no entanto, com dois diretores como
esses, nada se perde durante a trama apenas por não termos falas. O tema
abordado no filme pela dupla é bem claro: as dificuldades e diferenças
encontradas por alguém que vem do campo para a cidade. As semelhanças com a fábula
escrita por Esopo não param por aí. Na fábula, o rato do campo percebe que a
fartura é uma característica fundamental na vida do rato da cidade, entretanto,
é necessário que sempre se esteja atento para tudo e todos, enquanto no campo
pode-se comer a vontade sem ser perturbado. No filme, vemos a diferença das
vestimentas de ambos os animais, além disso, a inocência do rato do campo, que
jamais vira uma ratoeira ou bebera espumante. O desfecho do filme não se
distancia muito da fábula: desesperado com a loucura da cidade, o rato do campo
corre de volta para sua terra a fim de voltar à sua vida tranquila.
“O Primo do Campo” vem como uma forma de
criticar ambas as sociedades: por um lado o rato do campo, mal trapilho,
desajeitado e nada acostumado à vida luxuosa da cidade; por outro lado, o rato
da cidade, que precisa sempre driblar várias dificuldades para poder viver, ou
seja, a representação da vida urbana corrida e perigosa. Não posso deixar de apontar
o número da casa em que o rato da cidade vive: 66, para os críticos de Walt
Disney que acreditam que o produtor tinha pactos com o demônio e que seu
objetivo na terra era influenciar as crianças, essa é só uma dica. Para aqueles
que, como eu, admiram o trabalho feito pela Disney, nada nesse filme poderá ser
ruim, tedioso ou decepcionante.
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