domingo, 9 de setembro de 2012

200. THE COUNTRY COUSIN, de Dave Hand e Wilfred Jackson


Nada poderia dar errado com a união de Hand e Jackson
Nota: 9,7


Direção: Dave Hand e Wilfred Jackson
Produção: Walt Disney
Roteiro: Bill Cottrell e Dick Rickard
Ano: 1936
Duração: 9 min.
Gênero: Curta Metragem / Animação / Comédia

CONFIRA O CURTA:


O primo do campo é convidado pelo primo da cidade para conhecer o mundo urbano, é claro que o rato do campo fica extremamente animado e aceita do convite. Ele chega feliz, entusiasmado e muito contente e é recebido maravilhosamente bem pelo primo. Entretanto, é óbvio que ao chegar na cidade ele descobrirá que nenhum lugar pode ser realmente perfeito.


Dessa vez a “Silly Symphony” (para saber mais sobre a coletânea que reúne 75 curtas de animação, acesse as últimas postagens do blog) tem a oportunidade de ter um filme dirigido por dois mestres do cinema de animação: Dave Hand e Wilfred Jackson. Em primeiro lugar, devo chamar a atenção para o fato de esse filme ser mudo, digo, a coletânea não fazia um filme assim há um bom tempo, no entanto, com dois diretores como esses, nada se perde durante a trama apenas por não termos falas. O tema abordado no filme pela dupla é bem claro: as dificuldades e diferenças encontradas por alguém que vem do campo para a cidade. As semelhanças com a fábula escrita por Esopo não param por aí. Na fábula, o rato do campo percebe que a fartura é uma característica fundamental na vida do rato da cidade, entretanto, é necessário que sempre se esteja atento para tudo e todos, enquanto no campo pode-se comer a vontade sem ser perturbado. No filme, vemos a diferença das vestimentas de ambos os animais, além disso, a inocência do rato do campo, que jamais vira uma ratoeira ou bebera espumante. O desfecho do filme não se distancia muito da fábula: desesperado com a loucura da cidade, o rato do campo corre de volta para sua terra a fim de voltar à sua vida tranquila.


“O Primo do Campo” vem como uma forma de criticar ambas as sociedades: por um lado o rato do campo, mal trapilho, desajeitado e nada acostumado à vida luxuosa da cidade; por outro lado, o rato da cidade, que precisa sempre driblar várias dificuldades para poder viver, ou seja, a representação da vida urbana corrida e perigosa. Não posso deixar de apontar o número da casa em que o rato da cidade vive: 66, para os críticos de Walt Disney que acreditam que o produtor tinha pactos com o demônio e que seu objetivo na terra era influenciar as crianças, essa é só uma dica. Para aqueles que, como eu, admiram o trabalho feito pela Disney, nada nesse filme poderá ser ruim, tedioso ou decepcionante.


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