Já diriam Liza Minelli e Joel Grey: “Money makes the world go around”
Nota: 9,0
Direção, Roteiro e Produção: Walt Disney
Elenco (voz): Billy Bletcher
Ano: 1935
Duração: 10 min.
Gênero: Curta Metragem / Animação /
Drama / Comédia
CONFIRA O CURTA:
O ambicioso Rei Midas conhece Dourado, um
pequeno homem que tem como dom transformar tudo o que ele toca em ouro. Sem
poder se conter com tal “virtude”, Midas convence o homenzinho a dar-lhe essa
aptidão. Sem mais delongas, Midas sai transformando tudo o que toca em ouro,
mas, ao perceber que não poderá mais comer nada, beber, ou tocar seus amigos,
ele se desespera e implora para voltar a ser o mais normal possível.
Confesso que esse Midas idealizado no
filme não é nem de longe o Rei que eu imaginava. No filme, Midas é gordo,
extrovertido e totalmente imprudente. Na história original da Mitologia Grega,
o rei tem beleza física e me parecia bem menos imbecil, além disso, era o Deus
do Vinho, Dionísio, que lhe atribuía a habilidade que o tornou tão conhecido
pelo mundo todo, a mesma que chegou a transformar sua filha em uma estátua de
ouro (fator omitido no filme). Vale lembrar que, na realidade, o rei Midas
existiu e era o rei da Frígia, atual Anatólia, Turquia. Para adaptar essa
história incrível, ninguém menos que o próprio mestre da animação: Walt Disney.
Dispensando apresentações do diretor, vamos logo ao único problema do filme,
seu desfecho. No final épico da história grega, Midas implorava para deixar de
tocar nas coisas e elas virarem ouro, sendo assim, aprendia a lição e
tornava-se um homem melhor e mais simples, mas não abdicava de tudo o que tinha
(somente mais tarde ele abandonaria tudo e seguiria Pã, o Deus dos Bosques),
muito menos ganhava como presente por ter aprendido a lição um hambúrguer, sim,
no curta ele recebe um hambúrguer, não preciso dizer que é óbvio que o hambúrguer
com pão, inventado apenas no século XIX, não existia na época em que Midas
esteve vivo.
Apesar dos pequenos defeitos e das
omissões quase necessárias para tornar a adaptação mais fiel e “verídica”, o
filme é uma real lição para crianças, jovens e adultos compreenderem o valor
que o dinheiro não pode comprar: o de uma vida plena e feliz. É claro que o
ouro e o dinheiro são ótimos, mas Aristóteles já apontava que nada deve se ter
em excesso ou em falta. É impossível não concluir essa crítica, de um dos
melhores filmes da coletânea “Silly Symphony” (para saber mais, acesse as
últimas críticas), relembrando o refrão da letra de uma das músicas do clássico
“Cabaret” (1972), de Bob Fosse, pois bem, realmente “Money makes the world go
around!”
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