Apesar de convincente e bem feito, o
enredo poderia se melhor.
Nota: 8,2
Direção: Wilfred Jackson
Elenco (vozes): Ned Norton, Eddie Holden, Pinto Colvig, Alice Ardell e
Marcellite Garner
Produção: Walt Disney
Roteiro: Bill Cottrell
Ano: 1935
Duração: 8 min.
Gênero: Curta Metragem / Animação /
Comédia
CONFIRA O CURTA:
Em um momento épico para a ordem dos
quelônios, a Tartaruga Toby, aceita participar de uma corrida contra a Lebre
Max, a vergonha dos lagomorfos. Apesar de, decididamente, Max ser mais rápida
que Toby, durante a corrida o mamífero resolve contar vantagem e gozar com seu
rival: ele finge estar dormindo e depois perde seu tempo fazendo graças para
pequenas coelhas que acham ele o máximo. O desfecho dessa história é óbvio:
Toby vence de Max por uma cabeça.
Wilfred Jackson adaptou essa, que é uma
das maiores histórias contadas para crianças, para a “Silly Symphony” (para
saber mais sobre a coletânea, acesse as últimas postagens do blog, que está fazendo
uma homenagem a essa série fantástica que completa 83 anos esse ano) de forma
extremamente inteligente: a princípio nos irritamos com a Tartaruga, não por
ela ser lenta, mas por ser uma completa imbecil, posteriormente, entretanto, o
Lebre se torna um ser tão asqueroso que chega a enojar com todo seu narcisismo.
Esse é um dos primeiros filmes da coletânea que a música e a fala possuem
praticamente o mesmo espaço na trama, como de costume, os movimentos das
personagens são acompanhados pela música, mas quando a fala é inserida não há
musicalidade nenhum. Sendo assim, conferimos, cada vez mais, as passagens,
mudanças e evoluções da “Silly Symphony”, o que significa que seu propósito de
melhor a animação está sendo alcançado.
“A Tartaruga e a Lebre” é uma das
histórias que mais acompanham nossa infância, seu propósito é lógico: jamais
devemos contar vantagem antes da hora, bem como, nunca devemos subestimar as
capacidades dos outros, mesmo que esses outros não se esforcem minimamente para
demonstrá-las. Tecnicamente, o filme é excelente, minimalista e extremamente
bem feito, os movimentos das personagens são perfeitos e elas se aproximam,
cada vez mais, do real, o problema está mesmo na enrolação feita durante a
trama.
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