As adaptações da Mitologia Grega se
mostram, a partir desse filme, tão interessantes quando as clássicas histórias
de ninar.
Nota: 9,7
Direção e Roteiro: Wilfred Jackson
Elenco (vozes): Kenny Baker e Tudor Williams
Produção: Walt Disney
Ano: 1934
Duração: 9 min.
Gênero: Curta Metragem / Animação /
Drama / Musical
CONFIRA O CURTA:
Persephone vive em seu mundo perfeito: é
a Deusa da Primavera e está sempre acompanhada de incontáveis animais e
plantas. Eis que, em mais um belo dia, Hades, o Deus do Mundo dos Mortos,
conhecido como o Satan, a rapta e a leva para seu mundo para ser sua esposa.
Apesar dele fazer de tudo para que ela seja feliz, a moça só deseja voltar para
seu mundo. Sendo assim, como na própria mitologia grega, Hades faz um acordo
com Persephone e permite que ela volte para seu mundo, com a condição de que
ela volte para o Mundo dos Mortos.
A coletânea homenageada esse mês pelo
blog, conhecida com “Silly Symphony”, foi criada pelo mestre Walt Disney, com o
intuito de testar algumas técnicas para se criar grandes longas de animação. Nesse
filme, o que vemos é exatamente o principal teste para o melhoramento dos
movimentos humanos em animações, movimentos esses que seriam aplicados no
primeiro longa metragem de animação da história do cinema, o inesquecível “Branca
de Neve e os Sete Anões” (1937), também dirigido por Wilfred Jackson. Em “A
Deusa da Primavera”, Jackson continua surpreendendo e inovando de todas as
formas possíveis, além de o filme ser uma prévia para os grandes clássicos
infantis que envolveriam humanos, ele também consegue adaptar uma das histórias
mais fantásticas de mitologia grega para o cinema, em um dos primeiros filmes
que, realmente, envolve humanos na trama. Apesar de vermos claramente alguns defeitos
acerca dos efeitos, eles acabam, em meio a tanta beleza e inovação, sendo
ignorados enquanto aproveitamos a excelência de um dos maiores mestres do
cinema de animação.
Na mitologia original grega, Persephone
é raptada pelo tio, Hades, mas se recusa a se alimentar, sendo assim, ela
começa a definhar. Zeus, por sua vez, faz o acordo com o irmão para que a jovem
possa passar metade do ano com ele e Deméter, mãe da moça, e na outra metade
ela seria a Deusa do Mundo dos Mortos. Segundo os gregos, é dessa forma que se
explica as colheitas anuais, em outras palavras, enquanto a Deusa da Primavera
estava em nosso mundo, era a época das vacas gordas, quando estava com seu
marido, a das magras. Além de o filme ser, portanto, uma adaptação excelente da
história (é bom lembrar que a exclusão de algumas personagens é óbvia: quando,
em “King Neptune” (1932), existiam muitas personagens com feições humanas, a
estética do filme foi um fiasco), é um marco no cinema e, sem sombra de dúvida,
o será para todas as crianças que o assistirem.
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